sábado, 28 de dezembro de 2013

Faxina de fim de ano

Seguindo os ensinamentos do Feng-shui e o hábito de todo fim de ano fazer uma mega blaster faxina nos armários, iniciei minha cruzada assim que o recesso para as festas começou. Eu estava verdadeiramente exausta após um semestre particularmente difícil; entretanto, a vontade de me desfazer de certas coisas e de organizar os armários da casa falou mais alto.
Com um paninho e um lustra móveis em punho, iniciei a batalha pelo quarto mais difícil – o da minha filha.  Ela foi capaz de juntar tanta quinquilharia que até Deus duvida! Olhei para dentro do quarto, hesitei, mas venci meus temores e, principalmente minha preguiça e, seguindo os ensinamentos gerais, iniciei pela tarefa mais difícil.  Foi um achado!!O quarto e os armários pareciam mais uma  cápsula do tempo ou um museu. Pensando melhor, talvez um sítio arqueológico. Encontramos vários objetos que havia muito tempo estavam desaparecidos, sem mencionar os papeis de balas esquecidos nas bolsas. A felicidade foi tanta que nem demos três pulinhos pra São Longuinho, pois após tanto tempo desaparecidos, acreditamos que o santo já nem se lembrava mais dos pedidos.
Após uma pausa para tratar das alergias geradas pelos ácaros, parti para o segundo quarto mais difícil – o do meu filho. Lá até que a tarefa armário e roupas não estava tão difícil; todavia, o móvel com os jogos e as prateleiras foram um capítulo à parte. Dentre inúmeros cabinhos para amarras, cantis, sacos de dormir, mochilas, canivetes, facas ( sim, facas e canivetes -quarto de escoteiro é assim)fios, carregadores, CDs, jogos, cartas e um sem número de soldadinhos, havia o material escolar, folhas de fichário e muito papel!!
Ufa!!! Após sacolas e mais sacolas serem retiradas de meu apartamento, o apartamento parecia até mais leve.
Meu quarto foi tarefa fácil porque estou sempre selecionando e organizando coisas. Até meus cremes e perfumes no gabinete do banheiro pareceram não oferecer grande resistência.
O escritório, bem devo admitir que meu nariz e olhos reclamaram muito da colônia de ácaros que foram obrigados a suportar e desalojar; entretanto, firme e forte galopei para esta última batalha como grande amazona guerreira e venci a guerra.
Finalmente, feliz com o sucesso da operação e realizada pela satisfação de estar com toda a casa bem organizada e limpa, tomei um longo e repousante banho e dirigi-me  ao supermercado próximo a fim de  repor o estoque de lustra-móveis e outros produtos bélicos usados nesta missão.
Ao retornar para casa, qual não foi minha surpresa ao descobrir que o quarto da minha filha é auto-bagunçador. Incrível!!Deparei-me com roupas e outros objetos que, como Fênix, ressurgiram das cinzas ou ressuscitaram e pasmem, estavam espalhados pelo tapete do quarto e pela cama. Assustador!!!  Conclusão:Operação casa  organizada e limpa reiniciada!



terça-feira, 24 de dezembro de 2013

É Natal!


Dia de Natal, hora do almoço, todos reunidos na sala cercados pelos presentes e muita conversa rolando, quando meu filho indaga em voz de alta:”Mãe, a Rosana não está com a família dela!” Ao olhar para a TV, vejo nossa amiga Rosana fazendo uma matéria ao vivo sobre o almoço de Natal e uma reunião de família agregando várias gerações. Todos pararam para ver a reportagem  ao mesmo tempo em que pensávamos  no questionamento de meu filho, na época com uns sete anos.
Naquele momento, paramos para conversar sobre todas aquelas pessoas que trabalham durante as festas, deixando suas famílias em prol da segurança, saúde ou entretenimento da população. As crianças, com seus questionamentos, costumam  propiciar estes momentos de   revisitar nossas  crenças e valores, ao mesmo tempo em que geram estas situações de discussão, aprendizado e ouso dizer filosofia.
A partir daquele ano, sempre fazemos uma prece, não só pelos que estão desamparados, mas, também, agradecendo por todos os que  estão trabalhando nesses dias de festas. Mesmo num mundo onde a vida não para, podemos nos dar ao luxo de dedicar ao menos um pensamento de agradecimento  por todos os que estão trabalhando.
Obrigada a todos os profissionais que  abdicam de seus momentos de confraternização por todos nós!

sábado, 30 de novembro de 2013

Competitividade

Imagem da época negócios
Completamente apanhada de surpresa, vejo meu irmão ( 40 anos) competindo com os filhos ( 8 e 2 anos) para descobrir  quem  vai apertar o botão do elevador primeiro. O surpreendente da situação foi que ele ganhou e comemorou aos pulos enquanto os filhos choravam e reclamavam com a mãe ( imagine o calvário que minha cunhada enfrenta diuturnamente com uma família tão competitiva!)
Neste momento, lembrei-me quando recebi uma ligação de meu irmão, alguns anos antes,  comunicando-me que acabava de concluir seu segundo curso superior. O que me surpreendeu foi a declaração que se sucedeu a esta afirmativa: “Assim, como você, mana,  terminei minha segunda faculdade!” Naquele instante, fiquei pasmada e indaguei se ele competia comigo. Ele nem hesitou, ao contrário, confirmou sinceramente minha indagação. Limitei-me a sorrir!
Esta semana conversando com alguns amigos empresários, eles me contavam que algumas semanas antes resolveram participar de uma licitação e como o tempo era exíguo chamaram dois dos seus  colaboradores  mais competitivos e começaram a explicar o processo. Primeiramente, eles comentaram preocupados que o tempo era insuficiente para ganhar a tal concorrência. Todavia, assim que tomaram conhecimento que outra empresa já tinha apresentado uma proposta maravilhosa e estava anunciando a vitória, a adrenalina assumiu total controle sobre eles. Os olhos brilharam  e eles se predispuseram a vencer. Pasmem: venceram!
Com estas histórias em minha bagagem, comecei a filosofar sobre a competitividade. Muitas vezes, categorizada como um sentimento negativo, começo a pensar em reclassificá-la. Ser competitivo garantiu  a existência do ser humano até hoje propiciando que matasse, fugisse ou se preparasse melhor para os embates. Por isso, revejo meus conceitos. A competitividade é saudável e nos impulsiona especialmente em termos profissionais e acadêmicos; entretanto, há que saber  racionalizar e segurar o ímpeto nas questões mais prosaicas.
Esta semana, por exemplo, testemunhei duas amigas se digladiando pela atenção de uma terceira e dois funcionários discutindo sobre qual dos dois é mais pontual.
Acredito que podemos nos poupar mais e não permitir que a competitividade se torne a tônica de nossa personalidade.

Patrocínio:




sábado, 16 de novembro de 2013

Teses e pesquisas

Estudar, pesquisar, aplicar a teoria, errar, tentar novamente...todos os verbos elencados são etapas da aprendizagem e do processo de pesquisa. É um trabalho árduo que exige tempo, humildade para recomeçar e vencer os obstáculos. Porém, é recompensador! O contrário deste processo é a estagnação, pois parar é retroceder. 
Qualquer pessoa que já se dedicou à pesquisa seja para uma monografia ou uma tese, sabe bem do desânimo que se abate sobre nós durante o longo  processo de  pesquisa, criação e redação. Porém, ver seu trabalho sendo usado como referência, não tem preço e te leva a buscar e a  querer pesquisar com mais afinco. É um banho de motivação que vai no contra turno da inveja. Ao invés de ficar pensando como o outro tem sorte ou é feliz, faz você vencer a inércia e dar mais alguns passos.
Assim, ao deparar-me com um dos meus artigos sendo usado como referência, fiquei imensamente feliz e acreditando que fui capaz de  fazer a diferença.  Só por saber que meu artigo  motivou outras pessoas espalhadas pelo mundo a aplicar algumas de minhas sugestões e que colaborei  para despertar  em alguns professores a vontade de  inovar, já valeu todo o trabalho e todas as horas dedicadas a ele. Acredito que fiz a diferença, um pouquinho que seja e  compartilho com vocês  minha alegria:

References
Jago, C. (2000). With rigor for all. Portsmouth, NH: Heinemann.

Silva, A. (2012, June 19). Using technology to improve writing activities. Oxford University Press – English Language Teaching Global Blog @OUPELTGlobal. Retrieved July 15, 2012, from http://oupeltglobalblog.com/2012/06/19/using-technology-to-improve-writing-activities/

Ou os meus artigos publicados pela Oxford em:

domingo, 10 de novembro de 2013

Abraços e elogios

Receber um abraço apertado e sincero, não só faz bem ao coração como também à alma.Porém, se este abraço vem acompanhado do elogio: “Como você está linda!”, o espírito exulta, a auto-estima chega a níveis inimagináveis e  a alegria se instala.
Se eu achava que ser convidada para a outorga da medalha já tinha sido uma honra, receber este abraço foi além das expectativas.Como bem definiu um amigo  em comum:“Ela é sensacional!”  De fato, amiga, Rosana Valle, vc é mesmo sensacional, competente, carinhosa, inteligente e uma grande amiga!
Isto posto, eu não poderia deixar de ir além e refletir sobre o elogio. Em uma de suas colunas, Luiz ALCA de Sant´Anna defende que “Elogiar  é reconhecer. E reconhecer é uma das atitudes mais bonitas e amplas do comportamento humano em qualquer tempo. E muito inteligente.” Ainda segundo Alca, “Há quem jamais reconheça por medo de estar dando ponto a mais para o outro...é um ensaio de inveja, uma total lástima!”
Felizes são aqueles cuja grandeza de espírito e bondade no coração elogiam como minha amiga faz constantemente. Ela é realmente  bonita, inteligente e consciente disso, com a auto-estima bem cuidada,  não hesita em elogiar nem mesmo num momento em que os elogios deveriam ser só para ela, um exemplo a ser seguido!

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Slackline e educação

Vencer não é competir com o outro. É derrotar seus inimigos interiores.
Roberto Shinyashiki
Há alguns anos atrás,  recebi , na agenda de minha filha, que ainda estava no maternal, o seguinte recado na agenda:”Mamãe, a Mari caiu hoje do escorregador, chorou um pouco, higienizamos o  local ferido e  ela continuou o resto da tarde bem.”  Após verificar o que havia acontecido pelas palavras da minha própria filha, respondi na agenda; “ Cair faz parte do processo de aprendizagem, pois só assim aprendemos a levantar e, de preferência, rapidamente. Obrigada pela atenção!”
Contei esta historinha para ilustrar a importância das aulas de slackline na escola. Primeiramente, acredito que precisamos  sair do ponto comum que é jogar futebol ou a clássica atitude dos professores de educação física que se limitam a entregar uma bola e permitir que os alunos vão para a quadra, sem aquecimento, e muitas vezes sem qualquer instrução.
Nas aulas de educação  física, configura-se o ambiente perfeito para jogos cooperativos e outros tipos de atividades que propiciam o desenvolvimento do trabalho em equipe e a cooperação entre os amigos.
Assistindo  uma aula de slackline e lendo a revista Nova Escola deste mês, pude visualizar como as aulas deste esporte podem auxiliar os alunos a praticar equilíbrio e força. Alguns temem correr riscos, morrem de medo de não conseguir e  de passar vergonha ou serem “zoados” pelos amigos. Porém, ao perceber que é difícil para todos, começam a aventurar-se e ousam experimentar o novo esporte. Com treino, todos vão conseguindo algum progresso.
Sair do ponto comum e inovar é a chave do sucesso

sábado, 26 de outubro de 2013

Sócrates e as redações

Estava super feliz por ter acabado de fazer uma nova postagem em meu blog e expressei isto em voz alta:”Feliz  feliz com meu novo texto!!!" Então, meu filho perguntou o porquê  e eu expliquei que fico feliz quando tenho ideias para  colocar no blog. Ele, sem tirar os olhos do teclado, explica-me   que Sócrates acreditava que o conhecimento está inato em todos os seres humanos, por isso ao colocar minhas ideias no papel,
eu estava  feliz pois estava parindo ideias.E ainda acrescentou, “é como se mais um irmão meu estivesse nascendo, por isso essa sua felicidade.”
Surpresa com a constatação de meu filho de quinze anos, fiquei feliz por reconhecer que meu investimento financeiro na escola tem sido bem utilizado pois é capaz de pensar, filosofar, fazer citações,expor suas ideias, concordar ou discordar com propriedade. Enfim, há  um jovem com conteúdo por baixo daquele ar irreverente que adora fazer de conta que nada sabe, pois ser inteligente é um MICO.
Este fato levou-me a indagar porque nossos jovens que passam tanto tempo teclando, não sentem o mesmo prazer com as atividades de redação propostas pela escola.
Cabe ao professor ser criativo, conhecer bem os alunos e iniciar por uma pesquisa, seguida de um ampla discussão com muitas perguntas para, por último concluir com a redação. A maiêutica socrática consiste em inquirir com  o objetivo de  conhecer a forma de pensar dos indivíduos, respeitá-la e provocar  o nascimento de uma nova ideia com base neste questionamento. Para Sócrates o conhecimento está latente, mas faz-se necessário fazê-lo vir à superfície.
Nesta busca, vale aliar-se à arma poderosa   constituída pelos recursos que a tecnologia disponibiliza como blogs, mini-blogs, Facebook ou twitter para desenvolver o hábito de uma escrita  guiada e acadêmica*.Quanto mais escrevemos, mais fácil vai ficando escrever, é uma questão de criar o hábito tão salutar e tão fundamental como ler e escrever.

domingo, 20 de outubro de 2013

Capoeira e ensino de línguas

A capoeira é um processo dinâmico, coreografado, desenvolvido por dois parceiros. Caracteriza-se pela associação de movimentos rituais, regidos pelo toque do berimbau, simulando intenções de ataque, defesa e esquiva, ao mesmo tempo em que exibe habilidade, força e autoconfiança, em colaboração com o parceiro do jogo. A coreografia desenvolve-se a partir de um movimento básico denominado  gingado que, embora  proporcione  liberdade de criação,  conserva a estrita obediência aos rituais, a preservação das tradições, o culto aos antepassados e o respeito aos “mais velhos”..( Visualizado em 20/10/2013 às 15h em: http://www.pime.org.br/mundoemissao/indigenascapoe.htm)
Você deve estar se perguntando porque estou falando em capoeira num blog sobre educação. Bem, não bastasse a questão de ser  jogada em círculo proporcionando uma maior socialização e ajudando no desenvolvimento do trabalho em equipe, traz também à luz a oportunidade de conversar sobre nossa cultura e as origens de nossa população miscigenada. Não obstante, o motivo principal de defendê-la aqui é o ritmo e a coreografia. De forma lúdica, as crianças aprendem a obedecer ritmos sem perder a criatividade, qualidades fundamentais para quem aprende uma segunda língua.
O  lúdico, o gingado, o ritmo, os exercícios, a roda e a música são componentes que a tornam essencial na educação das crianças e jovens. Numa era em que os computadores estão aprisionando as crianças em pequenas telas e onde escolas bilíngues estão desenvolvendo várias propostas, a prática da capoeira deveria ser relida como uma atividade fundamental também nas escolas.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Aromas e viagens


O Olfato é dos sentidos que se fixam no cérebro humano por um período mais duradouro, pois são armazenados no sistema límbico sob forma de emoções ligadas à pessoa. Ao  sentir novamente o aroma,  a pessoa revive aquele momento vivenciado anteriormente com toda a gama de emoções despertada por ele.
Assim, passeava sozinha pelo Gonzaga quando senti o aroma de churros e, então, comecei  viajar pelos aromas, pulando de um para outro numa viagem colorida e perfumada:
Aroma de churros no ar, transponho-me imediatamente para a fonte do sapo. Quantas e quantas tardes passei com meus filhos e amigos, andando de bicicleta, patins ou patinetes. Você sabia que um churros com recheio de chocolate tem 550 calorias?? Mas, qual o problema, quando se passa toda uma tarde correndo atrás de crianças em suas rodas?  Nenhum. Tardes de domingo, fonte do sapo e um delicioso churros.
Deste aroma, iniciei minha viagem pela aromaterapia, recordando-me de outros aromas que também me transportam:

Nova York tem aroma de Light Blue for men/DG- quando fui a Nova York, este perfume estava sendo lançado e pude apreciá-lo em cada perfumaria,cada department store, até nas ruas e outros tipos de lojas. Para mim, definitivamente Nova York cheira a Dolce Gabbanna Light blue for men.


Café. Quem não gosta de café? Bem, aroma inebriante de café no ar com direito a doce de café e passeio de bonde. Viagem a um passado que não me pertenceu, mas cujas histórias, ouvi muitas vezes dos lábios de meus pais. Assim, com paralelepípedos, café e bonde, estávamos prontos para o embarque.

Barulhinho de chuva, cheirinho de chuva, o que falta?? Já que temos o ingrediente principal, é só fazer os bolinhos de chuva. Oh, farra gostosa!

Cheirinho de carro novo – uma mistura de vinil, plástico e borracha.Não há como não sentir, não há como não comentar e, claro, desejar.

Chocolate, por último  deixei o melhor, anti-stress e calmante. Quente para proteger contra o frio, esquenta e vai delicadamente tomando conta de cada parte do corpo enquanto é absorvido. Uma paixão!

Sentei-me num café, para continuar minha jornada mais confortavelmente, e senti o aroma da pipoca. Hum, cinema, fonte do sapo de novo, parques, zoológico, monte de amigos e jogo de futebol!

Há muitos meios de viajar! Gosto de todos! Por isso, por que não incrementar suas aulas com aromas: pipoca, chocolate, perfumes, flores? Traga a  realidade para a sala  e depois volte a sonhar. 


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Dia das crianças chegando...já comprou os presentes?

     Dia das crianças chegando, correria dentro das escolas com mil atividades  diferentes e muito doce. Nas lojas, pais, tios e familiares procurando desesperados pelo presente mais atraente para seus pequenos. Porém, nem tudo são flores,às vezes, está em falta aquele brinquedo escolhido e aí, uma empreitada difícil tem início. Aquele momento que deveria ser prazeroso, torna-se um calvário a cada não recebido pelos donos das lojas. Já passei por isso com minha sobrinha há muito tempo. Eu já tinha não só resolvido, como comprado o presente quando minha cunhada me pede para encontrar um bendito castelo que ela não conseguia achar. Depois de uma longa peregrinação,  consegui achá-lo  porém, como levá-lo no avião sem quebrar ou danificar o lindo castelo de diamante. Desnecessário dizer que briguei com meio mundo, mas consegui levar o enorme castelo – claro que um castelo tinha que ser enormeeeeeeee -  grudado comigo no avião.Ninguém ousaria tirá-lo de uma madrinha em missão quase impossível!!!
Hoje lembro até com carinho e orgulho deste momento, mas foi um perrengue indescritível!
Hoje, entretanto, minha postagem tem outro cunho. É uma postagem de lamento e pesar. No telejornal da hora do almoço, a repórter sugeria uma gama de brinquedos dos mais variados valores  e para diferentes faixas etárias, todavia, em nenhum momento foi mencionado presentear com brinquedos educacionais ou livros. Entristeci-me – fato raro- em minha vida.
Por isso, ainda em tempo, sugiro LIVROS. Absolutamente nada contra  brinquedos, como  já deixei bem claro no meu relato no início desta postagem, mas entre os presentes, porque não incluir livros. Para os bebês, há os livros  de banho que são uma ótima e divertida opção.Para os mais velhos a literatura infantil e infanto-juvenil é bem rica e variada. Ao invés de correr às lojas de brinquedos que estão super lotadas, vá até uma livraria! Maquiagem para adolescentes?? Elas já têm muitas, compre um livro! Incentive, mostre, compartilhe, inove!
Meu filho- ele adora quando é mencionado em minhas postagens-  acabou  de receber dos padrinhos dois livros e o sorriso de felicidade dele foi impagável!!! Tão lindo e largo como na ocasião que ganhou uma prancha de surf ou um tablet. Não estou fazendo apologia aos livros, mas lembrando que são uma opção! Não basta reclamar da educação, faça  algo todos os dias!!

Um oferecimento:
   


                                                                                                   

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Dicas para ajudar na escolha da escola.

Em que escola coloco  meu filho?Uma questão que atormenta muito os pais. Há tantas possibilidades e, ao mesmo tempo, é uma escolha tão importante.
Costumo aconselhar aos pais que observem bem seus filhos e respeitem o perfil de cada um. Por exemplo: minha filha desde pequena adorava pintar, dançar e outras formas de expressão artística, por isso escolhi uma escola que tinha um ateliê de artes imenso e efetivamente fazia uso dele. Com o passar do tempo, minha filha demonstrou ter uma facilidade maior para a área de exatas, porém não abandonou o gosto pelas artes e, ao escolher, uma escola para o ensino médio, escolheu uma excelente escola com ênfase para as exatas, mas que tem aulas de arte/música nos três anos do ensino médio. Ela, inclusive participou de um concurso de contos incentivada pela escola e obteve o segundo lugar conquistando inclusive a publicação numa revista.
Por outro lado, meu filho desde pequeno demonstrou uma grande preocupação com as pessoas mais carentes e uma tendência para obter melhores resultados na área de  cálculos. Ele foi para uma escola onde a preocupação tanto com inclusão social como com a ajuda aos menos favorecidos seja em comunidades ou instituições tem um papel relevante, e concomitantemente, propicia participação em olimpíadas de astronomia, física, matemática e cursos de games.
Na verdade, meu objetivo é elucidar que cada pessoa tem um perfil e que  este precisa ser respeitado na hora de escolher a escola. Nossos filhos não são uma extensão de nós mesmos nem tampouco vieram ao mundo para realizar nossas  frustrações ou desejos.
Eu sugiro que visitem as escolas sem as crianças/adolescentes primeiramente para averiguar questões práticas como locomoção, valores e métodos, para só posteriormente levar as crianças até a escola e, nesse momento,  observem atentamente seus filhos:
- O que ele gosta de fazer? Desenhar? Pintar? Colorir? Ler?
- Ou é mais voltado para os exercícios físicos e atividades ao ar livre?
- Levanta bem humorado ou precisa dormir até tarde?
- Faz amigos com facilidade? Ou é mais tímido?
- Quais os valores da escola?
-Quando são mais velhos: costumam cumprir com as tarefas escolares, como são as notas, qual a área de preferência? Precisam de supervisão nos estudos?
Todos estes aspectos da personalidade ajudam a traçar  um roteiro do ambiente e método que irá ser mais adequado para que seu filho possa se desenvolver intelectualmente e se adaptar à escola. Boa sorte na empreitada!


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Alunos ansiosos - como lidar?

capa do gibi
Nove horas da manhã, antes de um bom dia, chega aquele sorriso gostoso me metralhando de perguntas: Vai ter jogo hoje?  Vamos ver algum filme? Vamos pra sala de ICT? Vai ter  cooking class? Os novos alunos virão? Você poderá pensar que é um aluno hiperativo, porém é diferente, é um aluno extremamente ansioso.
O hiperativo, já chegou correndo  muito antes e aos  saltos batendo no batente superior das portas e dançando ao mesmo tempo em que me cumprimenta.
Você acha que parou por aí, nada disso. Ainda faltam os que estão morrendo de sono e no automático, praticamente nem saíram da cama ainda. Um mundo bem colorido  que exige um olhar especial sobre cada um.
Hoje, dissertarei sobre  no meu aluno ansioso. Será que as mães de antigamente não criavam seus filhos já na ansiedade? Elas tinham várias preocupações: o sexo do bebê, a saúde, o enxoval, o dia a dia  da casa.  Atualmente, as crianças são geradas por mães com preocupações muito mais diversas e medo. A angústia já permeia os nove meses de gestação com questões sobre  dívidas, emprego, violência, como educar, insegurança e medo.
Além disso, aprendemos pelo exemplo, portanto comportamentos ansiosos também são imitados: será que comeu o suficiente?, está fazendo atividades físicas?, a escola é boa?, está triste?, computador de mais ou de menos?, estará preparado para a vida e a competição?, tem amigos?
As crianças roem unhas,arrancam os cabelos, comem em demasia,pulam de uma atividade para outra sem  completá-las e estão sempre pensando no depois. Estes são apenas alguns sinais da ansiedade já instalada, na verdade desde antes do berço.
Com meu sorridente e ansioso aluno, ensino a esperar. Sorrio e respondo  vou receber seus amigos e depois vou explicar nosso cronograma. É importante   baixar a ansiedade respondendo suas perguntas, porém ensinando-o a esperar e mantendo-o ocupado antes que roa não só as unhas mas todos os dedos. Após receber a todos, inicio o ritmo normal: abrir livros e cadernos, pegar o estojo e escrever a data. Só então, após esta etapa que transmite segurança porque sabem todo o processo que se seguirá, explico o que está planejado e peço a colaboração de todos ou teremos que deixar de fazer algo.

Ao longo da aula, outros momentos de ansiedade voltarão, então ensinei-os a acalmar a ansiedade respirando fundo várias vezes e contando até cinco. Organizo a aula entre momentos de aprendizagem, de trabalhos manuais,de exercícios físicos e jogos cooperativos ao ar livre, pois esta alternância de atividades ajuda a manter a ansiedade reduzida. E, antes de terminar, vale lembrar que controlar minha própria ansiedade é um ponto fundamental.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Não tenho tempo



Andando pela rua calmamente, ouço pedaços de conversas aqui e ali. Uma frase é constante: Não tenho tempo ou Não tive tempo ou ainda, Acho que não vai dar tempo. O tempo encolheu?? Preciso perguntar para minha amiga Física e talvez, consiga uma resposta adequada e coerente.
Por enquanto, limito-me a recordar de uma frase que meu irmão me disse há alguns anos atrás: Tempo é uma questão de opção.
Primeiramente, podemos pensar que é uma inverdade, pois investimos muito tempo trabalhando e/ou estudando e que não somos donos de nosso tempo ou agendas pois os compromissos se avolumam a cada dia mais e mais.
Por outro lado, sempre conseguimos um tempo para inserir algo a  mais na agenda. A questão resume-se a estabelecer  o que é prioridade em nossa vida. Os finais de semana deveriam ser devotados ao lazer e à família, porém sempre há uma reunião, um ponto para ser estudado ou a internet consumindo mais do que deveria.
Ao tomar as rédeas do nosso tempo, começamos a ficar mais seletivos e ao mesmo tempo mais conscientes. Comece a mensurar o tempo gasto com a internet, o papo com quem não te acrescenta nada, analise as prioridades que mudaram. Como me recordou minha amiga, se  tempo é igual a velocidade dividida pelo espaço, então trabalhe  melhor a velocidade e o espaço e melhore o seu tempo. Entenda que não é falta de tempo, é escolher fazer outra coisa com o  seu tempo. 
Tempo é questão de opção. Faça suas escolhas!


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Resiliência na educação


A resiliência é um conceito emprestado da Física para definir a competência  que o indivíduo tem ou desenvolve para enfrentar situações difíceis de estresse ou pressão sem entrar em surto psicótico. Ainda segundo definições da psicologia, a resiliência é uma combinação de fatores  que propiciam ao ser humano, tomar decisões, aprender com as dificuldades e enfrentar as adversidades.Todos temos essa possibilidade de aprendizado,faz-se necessário desenvolver o auto-conhecimento, entrando em contato com sua história e sua essência.
A empresária Elisangela Ransi, consultora e palestrante na área de vendas, declara no seu livro recém-lançado Eu posso! 7 saltos para a realização: “Procuro incentivar as pessoas a acreditar na sua capacidade de vencer obstáculos e não desanimar. Ter uma atitude saltadora, que é a corajosa decisão de alcançar seus sonhos, enfrentar seus medos e, dessa forma, mostrar se sabe ou não lidar com pressão.”
Eu, particularmente,gosto muito de trabalhar com crianças porque elas têm o impulso de agir e vão resolvendo as tarefas e desafios que lhes proponho sem medo, erram e recomeçam, pois de outra maneira, não aprenderiam sequer a falar com medo de  errar. Não se inibem perante o “eu fazi” ou  “eu truxe”quando corrigido, pelo contrário, continuam a brincar com a linguagem seguindo os padrões que aparentemente se formam e não se assustam diante das exceções.
É natural titubear pois todo aprendizado tem um lado doloroso como decidir entre “escrever chocolate ou xocolate?”,  e é um tal de apaga e escreve de novo. Quem pode dizer que não há sofrimento em tentar, aparentemente em vão, decifrar um caça-palavras recheado de letras aos seis anos?
Com o tempo, o condicionamento para não só  ser avesso a mudanças, mas também, temê-las vai se instalando. Para vencer esta letargia, é preciso coragem para enfrentar os medos. Mas, você pode! Todos podem pois todos têm medo, a diferença é que alguns tem coragem para enfrentá-los. Não permita que o monstro embaixo da cama continue te perseguindo por toda a vida. Ele é apenas fruto da sua imaginação. Acenda a luz, saia da cama e permita-se errar, cair e levantar. Resgate a criança que aprendeu a andar, ler e escrever que mora dentro de você. Lembre-se de quando você caiu no playground, levou um tombo da bicicleta, esfolou o joelho andando de patins, cortou-se, tirou uma nota  abaixo da média.São todas experiências de vida.
A vida nos foi dada para grandes coisas, não se furte esse direito!


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Missão cumprida?

Ao comentar com uma amiga que eu achava que minha missão já estava cumprida neste plano, ela, indignada, me afirmou que eu ainda tenho muito trabalho a fazer e com muitos alunos pela frente.


Na verdade, este meu sentimento, vem de um orgulho que sinto pela constatação de um trabalho muito bem feito que realizei na educação de meus filhos. Tenho observado como meus filhos estão independentes, resolvendo tudo com autonomia e coerência, ou seja , sem mim!

Porém, a colocação com a qual abri esta postagem, concretizou-se ser verdadeira quando, subitamente, recebo em uma das minhas classes, caindo de pára-quedas, praticamente do NADA, dois alunos recém-chegados da Eslováquia. Um com nove anos e outro com sete sem falar inglês, muito menos português.

Recebi-os, acalentei o coração angustiado da mãe, e fui para minha sala com eles. Arredios, tímidos e ressabiados – perfeitamente normal- à princípio, integraram-se vagarosamente à classe. Antes da aula, ajoelhei-me ( porque a gente tem que falar com criança na altura deles) perto de cada aluno e pedi que colaborassem comigo na tarefa que nos esperava. Eles foram super receptivos e me ajudaram muito.

No final da aula, os novos alunos estavam correndo pelo pátio, rindo e completamente à vontade! Recebi-os de uma mãe temerosa e reticente e devolvi-os para uma mãe confortada e sorridente. Ela, assim como eu, leu nos olhares deles que eles tinham curtido muito a aula.

À noite, ao chegar num encontro com algumas amigas para um cappuccino, fui logo disparando;”Estou tão feliz!! Algo maravilhoso está me acontecendo!” E, então, muito entusiasmada relatei com pormenores não exaustivos, espero!!! Perdoem-me se o fiz!- juro que tentei não me alongar- o desafio que tenho pela frente.

Uma das perguntas feitas por elas foi como eu consegui me comunicar com as crianças. Bem, expliquei que uma delas consegue entender algumas palavras, no demais com muitos gestos, olhar e amor! Como elas vão aprender inglês? Do mesmo jeito que eu aprendi português e elas aprenderam eslovaco, ouvindo, tentando, errando e acertando.

Estou adorando o desafio!! Você tem razão amiga, ainda tenho muito que fazer por aqui! Pra começar, neste fim de semana, tenho que estudar muito sobre a Eslováquia. Deseje-me sucesso!



sábado, 14 de setembro de 2013

Caminhos do Gato de Cheshire

Falando em  Alice no País das Maravilhas, impossível não lembrar  deste diálogo:

“Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
Preocupa-me pouco aonde ir - disse Alice.
Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas - replicou o gato.
Lewis Carroll


Assim, é preocupante ver jovens sem ambição, sonhos ou planos. Preferível vê-los entre sonhos bizarros a vê-los sem objetivos na vida.
Quando eu era pequena, lembro-me de ter amigos que sonhavam ser  astronautas, soldados,cientistas, médicos, mecânicos. Hoje vejo muito jovens perdidos levando um dia após o outro naquele ritmo escola, computador, sono, escola , computador, sono, um dia atrás do outro sem rumo, totalmente a deriva.
A escola e os pais têm que se indignar, municiar o jovem com conhecimento que desperte interesse e  provocar debates, leituras, atitudes  retirando-os da letargia em que se encontram.Pode não ser só mais uma fase.
O mesmo digo para os profissionais que não há possibilidade de estar bem estabelecido pois há sempre algo novo no front! Reflita, estabeleça metas e vá atrás de seu pote de ouro no fim do arco-íris. Procure  a pós graduação, o MBA, o mestrado, o curso de idiomas enfim: ACORDE!

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Eu laudei, tu laudaste, nós laudamos..

Sempre ouvi dizer que de médico, poeta e louco todo mundo tem um pouco e foi assim que saímos nos sentindo após três dias em um Congresso Internacional sobre dificuldades de aprendizagem e inclusão.
A cada palestra, a cada mesa redonda, a cada conferência saíamos com mais e mais certezas e dúvidas sobre nós mesmas e todos os que nos cercam. Começamos por nos auto-analisar e, claro, impossível não lembrar dos amigos e dos familiares. Entre nós, já começamos a nos diagnosticar: somos duas com TDAH, outra com transtorno obsessivo por compras, outra com alguma TEA indefinida – porque todo mundo tem alguma característica   de TEA  leve - e outra com síndrome de ansiedade crônica. Resumindo, todas fazem parte da inclusão no ambiente de trabalho!
Na verdade, brincadeiras à parte, o objetivo desta postagem hoje é salientar que, como afirmou Julio Furtado em sua palestra, criamos o típico para justificar o anormal e assim, formar-se a contradição, mas o que é típico?
O indivíduo padrão típico, filho da modernidade, é objetivo, cumpre regras, esforça-se para progredir e se assim é alcança seus objetivos. Todavia, o que dizer daquele aluno que aparentemente não presta atenção, não faz lição, porém é capaz de responder tudo?
Além disso,é anormal esquecer objetos, recados , reuniões ou perder-se com facilidade? É típico memorizar tudo assim  que nos é apresentado e saber localizar-se?
Os parâmetros servem para nos ajudar a traçar uma linha de conduta ou estratégia, mas precisamos tomar cuidado para não categorizar, julgar e punir indiscriminadamente.
A escola de hoje é fruto de séculos de políticas e esforços homogeneizantes com o firme propósito de tornar todo mundo  igual: mesmas roupas, mesmas ideias, mesmos sonhos, mesmas facilidades.Entretanto, as diferenças são a base da experiência e da possibilidade pois geram pontos de vista diferentes e soluções surpreendentes.
Alguns professores ainda mantém o sonho de uma classe homogênea, mas como pode existir tal turma se cada ser humano é um ser único?
Michel Serres afirma que “ Antes de ensinar qualquer coisa a alguém, é preciso, conhecer esse alguém.” E para tanto, precisamos observar atentamente  que “ sem que percebêssemos, nasceu um novo ser durante um curto intervalo, aquele que nos separa da Segunda Guerra Mundial. Ele ou ela não tem mais o mesmo corpo, a mesma esperança de vida, não habita mais o mesmo mundo exterior, não vive mais na natureza,nascido sob peridural e com parto programado não teme mais  a mesma morte com efeitos paliativos.” ( Michel Serres, 2011) . Vale lembrar que um novo ser demanda uma aproximação diferente.


Obs. Laudar é um verbo inexistente nos léxicos da língua portuguesa, assim como o seu particípio laudado em função adjetiva.visualizado em 9/09/13: http://usuarios.cultura.com.br/jmrezende/laudar.htm

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Fases de um aula inclusiva

Às vezes, pensamos que não estamos preparados para lidar com as diferentes dificuldades de aprendizagem que surgem em nossas salas de aula; entretanto, o que os alunos precisam é de clareza, consistência, compreensão e uma abordagem  com técnicas e estratégias diferentes.
Neste Congresso, Júlio Furtado compartilhou conosco sua experiência elencando dicas e os passos de uma aula inclusiva:

1- ajudar o aluno a construir sentido: não basta teorizar e trazer tudo pronto, o aluno tem que encontrar um significado  naquele conteúdo. Por exemplo, ao invés de sequenciar o alfabeto, os números ou listas de verbos, crie uma história que o ajude a  encontrar no cérebro um lugar para arquivar aquele conhecimento;
2-aproveitar o conhecimento do aluno para que o significado seja adquirido, por exemplo antes de iniciar a explicação sobre campo magnético, deixar que o aluno explique o que é campo para ele. Provavelmente, ele mencionará e descreverá um campo de futebol, daí você começa a construir um novo conhecimento.
3-apresentar o novo conteúdo permitindo que o aluno construa o conceito;não é recomendável economizar o cérebro. O professor tende a  poupar o trabalho do aluno apresentando as respostas prontas e mastigadas. Por exemplo, nosso cérebro tende a categorizar tudo naturalmente, então apresente os animais e permita que os alunos os classifiquem por semelhança primeiramente para só depois apresentar os nomes das categorias e chamar atenção para as exceções;
4-verificar se houve aprendizagem: há muitas maneiras de verificar aprendizagem sem as tradicionais provas escritas: jogos, histórias,  fotos, figuras, músicas e toda uma gama de instrumentos tecnológicos que possibilitam essa verificação;
Além disso, há alguns pontos estratégicos para alcançar todos os alunos:
- seja claro nas instruções, conciso, dê um exemplo e peça um exemplo;
-use expressões positivas, ou seja, diga o que eles têm que fazer e não o devem parar de fazer. Por exemplo, “Olhe para mim” ao invés de “Não olhe para a porta”;
- use recursos visuais.
Na verdade, todos os alunos se beneficiam desta aprendizagem, então, na verdade, o encontro das diferenças pode produzir belezas inimagináveis, como bem afirmou  o palestrante Júlio Furtado.E encarar a diversidade  de  alunos é, também, aceitar os alunos falando por mensagem, what´s up, FB  e utilizar esses instrumentos como meio de construir conhecimento.



Texto baseado em palestra de Júlio Furtado

Pedagogo, Psicólogo, Professor de Geografia. Mestre em Educação pela UFRJ. Diplomado em Psicopedagogia pela Universidade de Havana, Cuba. Doutor em Ciências da Educação pela Universidade de Havana, Cuba. Reitor da UNIABEU-RJ. Autor de vários livros.

domingo, 1 de setembro de 2013

TDAH - sinal dos tempos modernos?

Participei de um Congresso Internacional esta semana cujo foco foi dificuldades de aprendizagem  e inclusão. Foram dias de muito aprendizado, confraternização, discussão e constatações. Uma das palestras que gostei muito tratava sobre mitos e verdades do transtorno supra-citado.
O Dr. Guilherme Polanczyk  começou apresentando que em 1854, o médico alemão Heinrich Hoffmann já descrevia um comportamento atípico em crianças com as características nítidas de TDAH e em 1902 um pediatra inglês , também apresentou relatos de crianças com hiperatividade e déficit de atenção. 
Em 1937, tratamentos com base em Benzedrina já começaram a ser utilizados, portanto, não é uma novidade dos tempos modernos nem tampouco causada pela TV ou pelo computador..
Hoje em dia, já se sabe que 5% da população mundial tem a comunicação entre as partes do cérebro prejudicada e que este fato independe do local de nascimento ou da maneira como são  criadas.
Por outro lado, sabe-se que além de haver  uma carga genética, alguns fatores como nascimento prematuro e exposição a tabaco, drogas e álcool  também podem desencadear o transtorno.
O volume cerebral é menor  nos portadores de TDAH e a velocidade de comunicação e a  realização das sinapses é diferente causando uma imaturidade de 2 ou 3 anos em relação às outras crianças.
Com o avanço da idade, há uma involução dos sintomas, porém o prejuízo é cumulativo e é a 3ª principal causa de limitação nos EUA.
Nas crianças em idade pré-escolar nota-se  a impulsividade,  a agitação marcada, difícil organização de tempo e falta de noção de perigo.
Infelizmente, A TDAH ainda é subdiagnosticada e subtratada porque os sintomas podem não ser evidentes  e a existência de comorbidades costuma também  dificultar o diagnóstico.Antes de julgar e condenar a criança, seria bom avaliar.


Guilherme Vanoni PolanczykMédico pela UFRGS, Psiquiatra e Psiquiatra da Infância e Adolescência pelo HCPA-UFRGS. Mestre e Doutor em Psiquiatria pela UFRGS. Pós-Doutorado no Social, Genetic and Developmental Psychiatry Centre, Instituto de Psiquiatria de Londres e na Duke University. Atualmente é Professor de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Departamento de Psiquiatria da FMUSP, Coordenador do Programa de Diagnóstico e Intervenção Precoce e do Programa de Psicofarmacologia do Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Instituto de Psiquiatria, HC-FMUSP e Diretor do Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento (INPD). 

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Fim da temporada de cruzeiros


Hoje entendo o que minha mãe queria dizer com tem que saber fazer para poder mandar. Deparo-me todos os dias com jovens acostumados de tal forma a só receber tudo pronto que estão crescendo achando que o mundo existe para servi-los.
Içami Tiba defende o ponto de que o jovem precisa ter obrigações dentro de casa para sentir-se membro integrado da família. Então, preocupo-me com jovens que nunca fizeram suas camas, não foram ao supermercado nem sabem onde ficam as coisas nos armários.
Aconselho aos senhores pais que encerrem a temporada de cruzeiros  dentro de seus próprios lares  onde após o banho larga-se a toalha no chão, a cama surge  feita, o quarto materializa-se arrumado, toalhas limpas brotam no banheiro e garçons sorridentes estão sempre prontos para servi-los.
Está mais do que na hora de guardar suas próprias coisas, preparar lanche para toda a família, lavar louça e servir.
Para enxergar como vive a maioria dos brasileiros, é preciso ir até eles e, nesse quesito, um trabalho voluntário mesmo que imposto é primordial.
Como disse Mário Sérgio Cortella em recente palestra, nossos jovens precisam entender que vaca não dá leite. É preciso madrugar e ordenhá-la. nada vem de graça e sem esforço.
Sempre é tempo de aprender. Não é preciso esperar que  a vida ensine.

sábado, 24 de agosto de 2013

Considerações sobre a educação: Ciclos

Considerações sobre a educação: Ciclos:  Após o falecimento da minha mãe, parece que houve o encerramento de um ciclo e, obviamente, o início de outro. Veja a continuação clicando sobre o título.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

No mundo de Alice...

Sociólogos afirmam que nossa sociedade institucionaliza todos aqueles que não agem de acordo com os parâmetros pré-estabelecidos. Assim, temos:
-pessoas infratoras são segregadas em penitenciárias;
-pessoas doentes ou senis são internadas em hospitais;
-crianças e adolescentes são mantidos em escolas.
Nesta linha, o que dizer das crianças especais? À título de socializar e integrar essas crianças à sociedade, elas são entregues a escolas regulares cuja estrutura e corpo docente nem sempre se encontram preparados para recebê-los e atendê-los efetivamente.
A legislação determina que a criança deve ser matriculada em escola comum e tem o direito de ser atendida no contra turno em uma classe ou instituição de forma a  promover um melhor desempenho e facilitar a construção dos conteúdos pretendidos. Entretanto, nem sempre é possível atendê-los  na própria unidade escolar e, nesse caso, as escolas especiais desempenham papel fundamental no que se refere ao apoio didático-pedagógico necessário.
Infelizmente, este cenário irá mudar pois o novo plano de educação prevê o fim das APAEs ( Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) até 2016 quando o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Especial (FUNDEB) deixará de ser repassado.
No mundo de Alice no País das Maravilhas, as crianças especiais teriam toda a atenção e recursos necessários ao seu pleno desenvolvimento oferecidos pela escola regular seja nas escolas públicas ou particulares.
Como estamos no Brasil, tememos pela falta de assistência total a essas crianças resultando em abandono mascarado pela aprovação automática.
Vamos ficar em estado de alerta e defender os interesses da população.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Não? Sim!!

Eu andava macambúzia pensando se haveria ou não de aceitar uma proposta que recebera. Fui ao cinema no fim de semana para me distrair, mas a questão insistia em voltar à cena constantemente. Saindo do cinema, entrei numa livraria e ao abrir um livro de crônicas, deparo-me com o seguinte título:  Diga sempre sim.
Daquele dia em diante, estas passaram a ser minhas palavras de ordem. Primeiramente digo SIM, depois como dizia minha mãe: Deus dirá o que há de ser. Quando o depois chegar, se chegar,resolvo como farei. Você facilmente concluirá que  tive diversos problemas, mas com certeza problemas reais e resolvíveis e não apenas fruto de minha mente aterrorizante e medrosa.
Hoje em dia, deixo que o Universo se encarregue de encaminhar certos assuntos. Nunca me  arrependi, pois enquanto coisas muito boas aconteceram, outros  projetos foram canceladas naturalmente.
Nossa sociedade é criada debaixo de nãos: NÃO mexa aqui, NÃO suba ali, NÃO faça isso. Lembro bem que meu pai dizia sempre Não a tudo que pedíamos, levei um tempo para entender que, quando minha mãe não sabia se havia de permitir ou não, mandava falar com meu pai que, por sua vez, para evitar trabalho, limitava-se a negar.
Mude os paradigmas um pouco.Diga sim e deixe fluir.

domingo, 18 de agosto de 2013

Tentando ser entendida pelos homens. Será possível?


Muito tem sido dito e escrito sobre a diferença  entre homens e mulheres, porém quanto mais leio e estudo menos entendo ou melhor mais observo as diferenças não só na maneira de agir, mas também de falar.
Esta semana disse para meu ex-marido:
- Estou pensando em encomendar uma cesta de café da manhã para o nosso filho em comemoração ao aniversário dele.
Bem, entretido ele estava  mexendo no celular e assim continuou. Mudo, sem resposta.
Então, alguns dias depois encomendei a cesta e simplesmente comuniquei-o da compra sem esperar nada em troca. A intenção era apenas comunicar o fato para que ele não fosse apanhado de surpresa quando nosso filho comentasse sobre o presente.
Nesse momento para minha surpresa ela respondeu genuinamente feliz:
- Que bom!! Ele vai curtir muito. Me passa o valor que eu deposito na sua conta.
Apanhada de surpresa, eu respondi que eu havia mencionado meu plano e ele não manifestara qualquer reação muito menos anuência. A resposta embasbacou-me mais ainda:
-Eu pensei: se eu disser que a ideia é boa, ela vai dizer que eu sou perdulário e se eu disser que não acho uma boa ideia porque já demos uma viagem de presente, ela vai me chamar de muquirana. Melhor ficar quieto.
Diante dessa resposta, lembrei-me dos livros  Homens são de Marte e  mulheres são de Vênus, de Jonh GrayPor que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor, de Allan e Barbara Pease. Em ambos os livros, as diferenças entre o que as mulheres falam e  que os homens realmente entendem são escaneadas e explicadas.
No segundo livro mencionado, os autores inclusive aconselham os homens sobre como responder quando uma mulher pergunta com que vestido ela deve sair. A lição para não sair mal na resposta e arruinar a noite é devolver a pergunta questionando qual ela preferiria e com que acessórios usaria. Só aí exclamar: -Então, vai assim. Vai ficar ótimo!! Ainda segundo os mesmos autores, ao perguntar a mulher  já sabia o que vestir e procurava apenas anuência do parceiro.
Concluindo minha  pequena história, eu realmente queria comprar a cesta porque afinal ele estava completando quinze anos e, apesar de já  ter usufruído de seu presente, eu gostaria de celebrar o DIA. E só perguntei porque sabia que perdulário com ele é,  ele concordaria. Ou seja, os autores estão certos. A mulher  já sabe a resposta, cabe aos homens descobrir qual é e dar a resposta esperada sob pena de confusão extrema.
E só para finalizar, sabe quem pagou pela cesta de café da manhã? Está curioso? Tente adivinhar..
Claro  que foi o pai -  o perdulário!!! Afinal, eu tive a idéia, fiz a compra,  acordei às 6 da matina pra aguardar a cesta chegar e levá-la até a cama. Trabalho em equipe!

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Você lê pensamentos?

Estava dirigindo meu carro sob uma forte chuva, quando meu filho ainda pequeno, sentado no banco de trás do carro, pergunta-me: “ Por que você está furiosa, mãe?” A pergunta  me deixou estupefata e, sem conter um sorriso respondi que não estava furiosa, apenas muito séria pois estava concentrada no trânsito.
Ao mesmo tempo, fiquei feliz porque percebi que meu filho estava tentando ler meus sentimentos, analisando minha expressão facial pelo espelho.
Este tipo de leitura é o que podemos chamar de inteligência social ou emocional voltada para os relacionamentos  e, ser capaz de ler e interpretar os próprios  sentimentos  e os alheios, ajuda muito na interação com o meio e com nossos pares. Por exemplo, o bom leitor saberá discernir  entre:
·         o momento adequado para pedir a sonhada promoção ou simplesmente sumir do campo de visão do chefe!
·         contar para o pai a arte feita ou aguardar um momento mais propício.
·         estar junto com os amigos ou isolar-se um pouco até que esteja mais calmo.
·         pedir um prazo maior para entregar a tarefa pedida pela professora ou prometer ficar depois da aula e terminá-la ainda no mesmo dia.
Este conhecimento tão importante para a sobrevivência em sociedade, pode e deve ser transmitido e treinado desde a infância com atividades simples como analisar as feições dos personagens dos desenhos infantis, filmes e fotos em família.
Observemos a clássica história da Branca de Neve e os sete  anões. Cada anão  representa um sentimento que aparece, simbolicamente, caracterizado pelo nome e pela expressão facial e comportamental:
  • Zangado, sempre muito ranzinza e do contra com aquela expressão pesada e carregada
  • Dengoso, um contraponto, sorridente, engraçado e cheio de carinho
  • Feliz, outro contraponto, esbanjando positivismo com sua expressão tranqüila
  • Atchim, um tanto irritado com alergia, mas de natureza leve
  • Mestre, autoritário, sério, pensativo, mas amigável
  • Dunga, tímido, ingênuo  e meigo
  • Soneca, de olhinhos apertados, cansado e sempre moroso e preguiçoso

Em casa, quando um de nós está exacerbado em seus sentimentos, espalhando flechas de raiva para todos os lados e contra todos, repetimos a frase de Bela para a Fera: - Você precisa aprender a controlar seu gênio, Fera!

Todos têm momentos de Fera e de Bela e aprender a reconhecê-los em nós mesmos e nos outros pode ser a chave para Viver Bem.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Os três macaquinhos


Os macaquinhos deram cria!!!! Lembra da história dos três macaquinhos que nada ouvem, nada falam e nada veem? Bem, em tempos de tecnologia, precisamos acrescentar mais um: nada escreve.
Você poderá achar que me refiro àquelas pessoas que bisbilhotam nas redes sociais, mas  nunca curtem, comentam, compartilham ou respondem a qualquer questionamento. Porém, o assunto é muito mais sério. Remeto-me ao sábio ditado que diz que a palavra é de prata e o silêncio é de ouro. Às vezes, comentar uma postagem ou responder a um e-mail pessimista ou agressivo, apenas fornece mais oxigênio para combustão. Melhor não ler nem em braile, nem tampouco responder. O tempo se encarrega de tudo e coloca tudo em seu lugar. Não é omissão, é estratégia. É diferente.
O mesmo vale para a disseminação de notícias falsas e maledicência. O poder das redes é muito maior do que imagina e enxerga nossa superficial inteligência, por isso, precisamos ser cuidadosos com o que postamos e, portanto, multiplicamos.
Ainda em relação às postagens, a baixa –estima também traz  muitas confusões pois, como bem definiu uma amiga, algumas pessoas acreditam que o mundo gira a sua volta e tudo é uma indireta para elas. Este sentimento gera problemas de relacionamento, brigas e confusões. Minha amiga define estas pessoas como Central Globo de Produções – tudo é produzido para atingi-las. Não há como evitar completamente, mas podemos ao menos tentar com discernimento e  uma dose de cautela.



segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A música e a matemática

Há pouco tempo atrás, fiz uma postagem intitulada :”Qual é o seu número?”  onde prego que as pessoas deveriam se preocupar mais em conhecer o SER e preocupar-se menos com o TER. Minha amiga Física, não perdeu a oportunidade de me provocar defendendo sua seara e afirmando que o mundo é  composto de números. Concordo com minha amiga, os números são a base de tudo.
Certa vez, estava numa churrascaria com alguns amigos, quando uma das mulheres perguntou: “Vocês contam?” Nesse momento, alguns riram outros responderam prontamente, - Conto! Algumas pessoas como eu, contam tudo o que surge a frente como batentes de porta, vitrais, número de pessoas num ambiente, barras de metal ou madeira, tetos ou pisos de madeira ou com simetria de linhas, enfim uma gama de contagens. Pra quê? Não sei, simplesmente, contamos.
Quando meus filhos eram pequenos tentei criá-los  vendo que a matemática faz parte do nosso cotidiano tanto quanto conversar e olhe que eu falo muito!! Nesta empreitada em que eu almejava educá-los sem o MEDO da matemática, fomos treinando contar degraus, objetos, dar e fazer troco, somar, subtrair, multiplicar sempre de maneira informal, simples, mas mostrando que fazemos isso a toda hora.
Hoje, meus filhos me dão aulas e broncas sobre controle financeiro, economia e juros. Acho bárbaro!! Criei dois monstrinhos, pois eles gostam de matemática, livros e música. Os aprendizes superaram e muito o mestre. Mas, como a música entra em tudo isso? Ouso dizer que desde sempre, a Música e a Matemática caminharam juntas e têm Pitágoras e Bach como  expoentes desta caminhada. Por isso, vibrei ao ver a obrigatoriedade do ensino de música nas escolas.
A Música nas escolas  tem um caráter múltiplo e importantíssimo:
  • Poderá  acalmar ânimos mais quentes
  • Provocar mais sinapses cerebrais
  • Despertar o interesse pela Arte
  • Facilitar a compreensão de matemática e física.
Howard Gardner, com a teoria das inteligências múltiplas, defende que:
              “Na época medieval, o estudo cuidadoso da música partilhou muitas
características com a prática da matemática, tais como um interesse em
proporções, padrões recorrentes e outras séries detectáveis. ... Novamente no
século XX _ primeiramente na esteira da música dodecafônica, e mais
recentemente, devido ao amplamente difundido uso de computadores _ o
relacionamento entre as competências musical e matemática foi amplamente
ponderado. A meu ver, há elementos claramente musicais, quando não de “alta
matemática” na música e estes não deveriam ser minimizados. (GARDNER, p.
98)   in GARDNER, H. Estruturas da Mente: a Teoria das Inteligências Múltiplas. Trad.Sandra Costa.
A música pode tornar mais divertido e concreto o estudo da matemática e da física e estas ciências podem colaborar com uma maior compreensão da Música e das Artes!  Trabalhando interdisciplinarmente  obteremos resultados melhores!
Para encerrar, a Matemática na música atual:
“E as contas são só pra te mostrar
Que o que conta é a soma dos sorrisos e da paixão
A matemática do teu coração”  (Restart -  Matemática)








quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Antonio, Ludwig, Richard ou Wolfgang?

Antonio, Ludwig, Richard ou Wolfgang? 

   Pode  parecer uma lista de nomes prováveis para um bebê , porém é muito mais ousado que isso. Acompanhe comigo.
   O  livro de Leonard Milodinow intitulado Subliminar: como o inconsciente influencia nossas vidas, descreve uma experiência na qual, embora os clientes afirmem não ter percebido sequer que havia música,vinhos franceses foram muito mais vendidos  enquanto música francesa fazia fundo dentro da enoteca.
   Ao ler este dado, lembrei-me de alguns estudos que propõem música de fundo nas salas de aula. Segundo a  pesquisa de Gordon Shaw, ouvir Mozart ativa as ondas cerebrais auxiliando o desenvolvimento do raciocínio e a solução de desafios ou problemas.
   Em 1989, o neurobiólogo Gordon Shaw  começou a apresentar seus estudos  defendendo esta teoria. Mais recentemente, usando aparelhos de ressonância magnética para mapear áreas do cérebro, pesquisadores observaram que, além do córtex auditivo e das partes associadas à emoção, ocorre um fenômeno como se todo o cérebro se  acendesse incluindo a coordenação motora, visão e outros processos cerebrais mais sofisticados. Na mesma linha, estudos têm comprovado o efeito das composições de Beethoven sobre células cancerígenas e Vivaldi  parece acalmar a mente aumentando a criatividade.
   Vale a pena tentar, pois em última instância as crianças, sejam elas Antonio, Maria, Lilian ou Ludwig, estarão aprendendo a ouvir e gostar de música clássica. 

Bibliografia: visualizado em 24/07/2013:

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Inverossímil, insólito mas engraçado

Lei da atração. Isso é real??
Eis que eu caminhava pela calçada de uma avenida bem movimentada quando encontrei uma outra amiga com quem eu havia trocada mensagens de texto logo pela manhã. Coincidência ter pensado nela pela manhã e bater  assim de  frente sem planejar? Ou Lei da Atração mesmo tipo: como pensei nela, conversei via mensagem, falei dela com outra amiga – boom – ela surgiu no meu caminho?
Enfim, estávamos em três conversando e rindo animadamente. Eu contava que para brincar com meus filhos, às vezes, digo que eles  foram abandonados numa cestinha na porta do meu apartamento e eu os adotei. Ríamos muito pela total improbabilidade dessa versão nos dias de hoje com prédios cheios de apartamentos, portaria e segurança quase tão inverossímil quanto o Papai Noel descer pela chaminé e trazer presentes. Enquanto ríamos, vi um senhor que caminhava pela calçada aparentemente com um sorriso no rosto e, ao aproximar-se de mim ou melhor de nós, parou e proferiu em tom de piada :”Isto é o que se chama de tititi?” Sorri e respondi que era isso mesmo e ele continuou em sua jornada aparentemente rindo. Então, eu disse: “Caramba, achei que ele ia brigar por estarmos ocupando toda a calçada neste círculo de amigas!!” Nesse momento, uma das minhas amigas começou rindo  e afirmou que isso sim é insólito e totalmente inverossímil!!!
Voltando a Lei da Atração: nossa galhardia chamou a atenção daquele senhor e fez com que ele se sentisse tão bem a ponto de falar com  completas estranhas que estavam em sintonia com o estado de espírito dele ou foi apenas um momento surreal em nossa tarde?
Ainda há outra possibilidade. Ele pode ser adepto da filosofia que  precisamos levar a vida menos a sério  e rir mais de nós mesmos. Ou até mesmo seguindo o conselho que coloquei em uma de minhas postagens recentes:
“  ....coma algo que não goste, beba algo novo..Experimente. Fale com alguém que  não conhece. Comece um curso novo, vista algo que  nunca gostou ou que não  combina com você. Quebre estereótipos.” ( Esvazie a bolsa  http://considerasobreeducacao.blogspot.com.br/p/as-vezes-nao-e-necessario-mudar-de.html )
Enfim, se a nossa simples, porém ruidosa presença, fez alguém sorrir, já valeu ter vivido este dia!!