segunda-feira, 29 de julho de 2013

Inverossímil, insólito mas engraçado

Lei da atração. Isso é real??
Eis que eu caminhava pela calçada de uma avenida bem movimentada quando encontrei uma outra amiga com quem eu havia trocada mensagens de texto logo pela manhã. Coincidência ter pensado nela pela manhã e bater  assim de  frente sem planejar? Ou Lei da Atração mesmo tipo: como pensei nela, conversei via mensagem, falei dela com outra amiga – boom – ela surgiu no meu caminho?
Enfim, estávamos em três conversando e rindo animadamente. Eu contava que para brincar com meus filhos, às vezes, digo que eles  foram abandonados numa cestinha na porta do meu apartamento e eu os adotei. Ríamos muito pela total improbabilidade dessa versão nos dias de hoje com prédios cheios de apartamentos, portaria e segurança quase tão inverossímil quanto o Papai Noel descer pela chaminé e trazer presentes. Enquanto ríamos, vi um senhor que caminhava pela calçada aparentemente com um sorriso no rosto e, ao aproximar-se de mim ou melhor de nós, parou e proferiu em tom de piada :”Isto é o que se chama de tititi?” Sorri e respondi que era isso mesmo e ele continuou em sua jornada aparentemente rindo. Então, eu disse: “Caramba, achei que ele ia brigar por estarmos ocupando toda a calçada neste círculo de amigas!!” Nesse momento, uma das minhas amigas começou rindo  e afirmou que isso sim é insólito e totalmente inverossímil!!!
Voltando a Lei da Atração: nossa galhardia chamou a atenção daquele senhor e fez com que ele se sentisse tão bem a ponto de falar com  completas estranhas que estavam em sintonia com o estado de espírito dele ou foi apenas um momento surreal em nossa tarde?
Ainda há outra possibilidade. Ele pode ser adepto da filosofia que  precisamos levar a vida menos a sério  e rir mais de nós mesmos. Ou até mesmo seguindo o conselho que coloquei em uma de minhas postagens recentes:
“  ....coma algo que não goste, beba algo novo..Experimente. Fale com alguém que  não conhece. Comece um curso novo, vista algo que  nunca gostou ou que não  combina com você. Quebre estereótipos.” ( Esvazie a bolsa  http://considerasobreeducacao.blogspot.com.br/p/as-vezes-nao-e-necessario-mudar-de.html )
Enfim, se a nossa simples, porém ruidosa presença, fez alguém sorrir, já valeu ter vivido este dia!!

                           

6 comentários:

  1. Que delícia de texto! Sim, acredito na lei da atração, na energia que emanamos e recebemos. Sempre acontece comigo. Um sorriso, uma risada, bom humor sempre atraem alegria. É fato, é leve e completamente indolor.

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  2. Vc tem razão, pensamentos e atitudes positivas atraem a mesma sintonia!! Um brinde à felicidade dos pequenos momentos diários!

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  3. Minha querida cigana:

    Para atestar a existência e a vigência plena da Lei da Atração, vale a pena relatar um episódio em que participei como coadjuvante.
    Moro num bairro em que a população canina é descomunal e, às vezes, desconfio até que supere a humana.
    O desfile diário dos totós de todos os tamanhos e raças chega a causar congestionamentos nas calçadas.
    Há mais de um ano estava perambulando pelo bairro e, quando chegava em casa, fui bloqueado por uma aglomeração de senhoras que conversavam animadamente acompanhadas de seus bichinhos. O autêntico "tititi" estava formado. Pedi licença para passar, o que consegui com grande dificuldade, pois tomavam toda a calçada. Uma enorme cadela da raça Golden resolveu se encantar comigo e pulou em cima de mim colocando as duas "patinhas dianteiras" no meu peito. Em pé, a eufórica cadelinha era quase da minha altura.
    Sua dona era uma velhinha baixinha e creio até hoje que era a cadela quem a levava para dar um giro na rua.
    Estimei que ela tivesse uns 135 anos e que jamais conseguiria segurar a Golden caso decidisse fugir ou correr. Seria arrastada por quilometros.

    Alguns dias depois, estava tomando cerveja no boteco e conversando numa roda de amigos quando surgiu a tal velhinha com a cadela. Aproximou-se e disse que precisava falar comigo separadamente. Abandonei a roda de cachaceiros e fui conversar com ela.
    A sua primeira pergunta foi estonteante!
    - Você quer ser meu amigo?
    Respondi que teria muito prazer.
    Em seguida, mais um soco no estômago!
    Qual é o seu nome?
    Informei meu nome e já me preparava para lhe exibir minha Carteira de Identidade, CPF, Carteira Funcional, etc...Mais parecia um interrogatório policial.
    Aí aconteceu o nocaute! A velhinha disse:
    - Já vendo lhe observando há muito tempo e quero ser sua amiga. POSSO CUIDAR DE VOCÊ?

    Estarrecida?? Imagine eu!
    Não supunha ser capaz de inspirar tamanha comiseração.
    Perguntei onde morava e ela me entregou um cartão com nome, endereço, telefone e convidou-me para jantar em sua casa. Foi embora com a Golden arrastando-a na calçada.
    Adelaide é o seu nome, de descendência árabe, uma fantástica cozinheira.
    Naquela noite me confidenciou que tinha "só" 86 anos, mas se sentia ótima.
    Inteligentíssima, lúcida, aquela professora aposentada passou a me agraciar com toda a sorte de iguarias árabes. A frequência desses presentes é que me causava certo constrangimento. Um dia lhe disse que estava exagerando, que não se incomodasse tanto, etc...
    Como resposta disse que, afinal, tinha encontrado uma motivação para ocupar seu tempo ocioso.

    Tem uma filha muito bonita, padrão "turquinha" e um filho que vive viajando para o exterior. Um ex-namorado distante(S.J.Rio Preto), um senhor hipocondríaco , incansável em cortejá-la com cartas apaixonadas e enormes. O velhinho parece uma usina de inspiração e pude ler várias delas.
    Para sua frustração, aquele amor era sempre rechaçado com vigor. Dizia que "não queria se enfurnar na fazenda onde ele morava e que era, acima de tudo, uma mulher urbana."

    Demos boas gargalhads, ouvimos boas músicas, aprendi a fazer alguns pratos árabes, levei-a ao Jockey Club que tanto queria conhecer, tomamos doses generosas de whisky e Arak, conversamos muito sobre tudo e nos tornamos grandes amigos.
    A Golden quase minha namorada, pois não escondia a paixão que tinha por mim.
    Em maio, pressionada pela filha que não se conformva com a mãe idosa, morando longe e sozinha, mudou-se para Campinas.

    Já recebi uma cartinha e um telefonema oferecendo-me a sua nova residência. Continua morando só, mas perto da turquinha.
    Agora tenho que preparar o meu homos e kafta sozinho.

    Beijocas/R.Floyd

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    1. Queridíssimo bruxo R. Floyd,
      Lembrei de vc logo pela manhã na academia...Vc nem vai se surpreender com o fato que eu faço esteira ao mesmo tempo em que leio, não é? Sou quase um case de estudo na academia por causa deste meu hábito salutar intelectual e físico. Mas, voltando ao assunto central, estava lendo uma matéria na qual o Dr Antonio de Salles, chefe da neurologia do HCor explica que “ É preciso ativar o cérebro com uma série de incentivos de aprendizado como quando treinamos para um determinado esporte.. O hábito de ler, pensar, jogar, escrever, desenhar, escutar música, ou seja todas as formas de expressão intelectual ou lúdica deixam o cérebro ativo.” Portanto estamos num ótimo caminho, não é? Agora a segunda parte me lembrou mais de vc e mal pude conter um sorriso: “A alimentação também ajuda – e muito. Uma dieta rica em ômega 3 ( peixes como salmão, sardinha e bacalhau), vitamina B e antioxidantes (vegetais) é fundamental para a saúde do cérebro e não esqueça os exercícios físicos.” Os grifos são meus, como vc falou que não pode nem ouvir falar em sardinha – traumas do exército..rs- resta-lhe meus dois melhores pratos – salmão e bacalhau...
      Amei de paixão a sua história!!!! Definitivamente, vc deveria ter um blog e depois publicar um livro, se é que já não publicou um e, nesse caso, poderia agraciar-me com uma cópia, caso não tenha livros de crônicas publicados, faça-o pois vc desbancaria E.L.James num segundo. Corajosa a senhora, acho que eu não teria coragem de tanto e olhe, que me considero bem extrovertida e faço amigos com muita facilidade que permanecem para toda a vida!! Por outro lado, tenho um lema DIGA SEMPRE SIM e depois resolva como vai fazer.Talvez eu devesse passear mais com a cachorrinha do meu filho....quem sabe faria mais amigos.
      É uma dahshound , mas qdo quer alguma coisa sabe me puxar com toda a força! Sinto-me uma pipa sendo empinada por um moleque na rua!!
      Só pra registrar adoro homos e dormi muito bem mesmo após ouvir Noite Macabra e The Isle of the Dead ( Rachmaninoff).
      Da cigana fã de carteirinha das suas histórias, um forte abraço.

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  4. Minha infatigável cigana:

    Esteira e livros, uma combinação improvável e de alto risco, mas fascinante! Pouquíssimas pessoas em todo o mundo conseguiriam tal proeza.
    Não vá me decepcionar dizendo que a esteira deve estar desligada. Assim, até eu.
    Essa prática exige equilíbrio perfeito, braços e pernas fortes e olhos de lince.
    Já tentou ler dentro de um ônibus circulando por ruas esburacadas? Na esteira (em movimento) deve ser pior. Não me arrisco a tentar.

    Fico feliz e aliviado por saber que entre as suas pérolas culinárias estão incluídos o salmão e o bacalhau. Preocupação haveria se mencionasse o famigerado Miojo.

    Como escrevi muito e sobre assuntos variados desde a época de escola, tenho material suficiente para um livro. Ocorre que alguns temas já se perderam no tempo e não despertariam mais nenhum interesse nos dias atuais.
    Já escrevi histórias policiais, gênero que gosto muito, e penso num livro, para o qual já tenho delineada a personagem principal: a enigmática enfermeira Waltraud. Perigosíssima....
    Escrevi também para o teatro amador uma história de crime e a peça ficou em cartaz por surpreendentes seis meses no Teatro da A.A.B.B, no Rio. O elenco era melhor que o autor.

    Bem, se resolver passear com a cadelinha, evite rajadas de vento do quadrante sul. Pipas não costumam resistir.

    Um beijo/R.Floyd

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    1. Meu perspicaz cronista,
      Claro que a esteira está em funcionamento...rs...rs e, creia-me é mais fácil do que ler em ruas esburacadas pela estabilidade da esteira...difícil é escrever e qdo tenho uma ideia, preciso registrá-la..imagine-me escrevendo, segurando um livro de apoio e ainda caminhando, porque correr já seria demais, mesmo para mim.
      Ah, não desista da enigmática enfermeira, adoraria ler as aventuras dela.Costumo ler histórias policiais ou de suspense em inglês para melhorar o vocabulário e a fluência. No momento,estou lendo Ordinary Thunderstorms de Stephen King.
      Não se substime, o autor é excelente e 50% do sucesso sempre se deve ao autor. Mande uma cópia pra mim. Gostaria de ler: anna.mss@hotmail.com
      Devo-lhe uma ERRATA. A consciência ou a deusa interior ou o superego ou como vc quiser chamar tem caminhos estranhos. Eis que eu me encontrava no aconchego de meu lar quando subitamente o telefone toca....Incomodada pelo som que me tirou de meus devaneios, atendo-o sem muita pressa. É uma amiga muito próxima. Após aquele ti-ti-ti inicial, ela me apanha de chofre sem perdão " Liguei pra te dizer que há um erro no seu blog."Imediatamente fiquei em alerta e implorei " Nossa!! Jura??? Me diz que vou corrigir e de antemão já te agradeço. Bem, o erro não se encontrava nas postagens. Mas, nos comentários. Ela me disse:" Anna, ou vc não se conhece direito ou mentiu deslavadamente!!" Estupefata e em estado de choque questionei o que era e ela continuou: " Vc seria capaz sim de chamar alguém e oferecer-lhe sua amizade além de presenteá-lo(a) com muitos mimos. Vc é extrovertida e tem um coração de ouro!!"
      Fiquei refletindo,pensando bem acho que eu seria capaz sim, vivo adotando crianças, adolescentes e adultos quando minha intuição me sugere cuidados especiais. Por isso, desculpe-me. Realmente, talvez eu fizesse o que a Adelaide fez, especialmente quando eu chegar à idade dela!!
      Caro Floyd, se eu consigo me perder nas dezessseis ruas de Paraty e na minha própria cidade berço, vc acha que eu tenho noção de rajadas de vento do quadrante sul??? Nem em sonho,acabarei voando para sempre como naquela série antiga de tv que a freirinha voava..
      Dois beijos,
      Cigana voadora

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