sexta-feira, 27 de maio de 2022

O lugar de cada aluno

Qual professor já não mudou alunos de lugar ou devido à indisciplina ou para melhorar a atenção do aluno? Porém, esta atitude autoritária acaba desmotivando ou chamando exagerada atenção sobre o aluno em questão. Por isso, fui desenvolvendo algumas técnicas para ser mais gentil, democrática e obter bons resultados. Às vezes, determino onde sentarão antes que eles cheguem na classe. Deixo um “ mimo” e o nome na carteira. Outras vezes, uso fitas coloridas, faço sorteio, enfim, vou variando a forma de determinar onde sentam e com quem interagem. Atribuo tudo ao acaso, mas na verdade planejei quem eu quero que sente onde e com quem trabalhe em pares ou em grupo. Use a imaginação!

quarta-feira, 18 de maio de 2022

Crianças são consumistas?

Como criar uma criança consumista? O livro da Dra Ana Beatriz Barbosa Silva chamou minha atenção para esta questão. Apesar de morar numa cidade litorânea, o passeio ao shopping center também faz parte das opções dos pais especialmente em dias chuvosos. O shopping é um sonho porque inclui brincadeiras, alimentação, segurança e uma organização e beleza apaixonantes onde até a iluminação faz parte desse encantamento. Como educadora, além de me preocupar com o que o excesso de propaganda s pode causar no emocional das crianças, vejo também que alguns pais se sentem “devendo” algo aos filhos por não conseguirem dar a atenção que gostariam, por isso, acabam cedendo e exageram nos presentes para os filhos na busca de preencher essa lacuna emocional. Preocupo-me porque o material não substitui a afeição nem a atenção. O problema maior segundo a autora do livro Mentes Consumistas é a menagem ensinada. Quais valores estamos passando para nossas crianças? Lembro que, uma vez, eu estava dirigindo com meu filho pequeno no carro e ele me disse: -Sabe, mãe, seria muito melhor se a gente não precisasse pagar, a gente entrava na loja e pegava o que queria. Esta frase me fez parar e refletir sobre os sentimentos do meu filho e o que eu estava ensinando ou provocando inconscientemente. Para a criança, o limite entre o imaginário e a realidade não está muito bem definido. A criança realmente acredita que ficará igual àquele super herói, se consumir determinado produto. A autora salienta que lidar com frustrações é essencial para a vida futura e ainda lembra que estabelecer limites é uma das formas mais corajosas de amar. Por isso, nós pais e educadores precisamos ter muito claro que também somos muito influenciados pelo marketing e pelo cansaço que acaba fazendo com que validemos a compra necessária para compensar o sacrifício ou o dia ruim. Sempre bom lembrar que ensinamos mais pelo exemplo do que pelas palavras, então sugiro a leitura do livro como um alerta para todos nós. O número de inadimplentes no país está subindo assustadoramente neste período pós pandemia, será que podemos reavaliar nossos gastos neste novo cenário e compartilhar essa realidade com nossos filhos? Podemos sim, dependendo da idade deles e será muito bom propor esse caminho juntos.