quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Constituição Familiar

                   Toda nação tem sua Constituição ou Carta Magna que é aquela Lei Maior que direciona e assegura os princípios básicos de uma nação. Bem, com base nisso, acredito ser interessante cada família ter sua Constituição Familiar. Na mesma linha, essa Tábua de Leis disciplinaria e deixaria bem claro qual o caminho que a família segue. Em sala de aula, por exemplo, temos os combinados. Os alunos e a professora conversam e listam o que pode e o que não deve ser feito em sala de aula. Cada classe tem sua lista de combinados  própria, feita pelos próprios alunos exposta em lugar visível na sala. Quando alguém infringe um deles, todos rediscutem o tema.

                   Da mesma forma, a Constituição familiar vai nascendo das discussões em família. Não é desenvolvida toda num só dia, nem tampouco parte dos pais. Conforme as crianças vão crescendo e as situações aparecendo, as leis são discutidas e incorporadas à Constituição.Essa Constituição será o espelho que conduzirá a vida em família.
               
                   Alguns exemplos:

1- Acreditamos em DEUS.

A família que acredita em Deus e segue uma religião precisa viver essa fé e os símbolos dessa religião desde sempre. As crianças precisam  aprender a celebrar os ritos e as orações. Já está provado cientificamente que a pessoa que tem Fé  enfrenta melhor os desafios.


2- Respeitamos a Natureza, os outros e seus bens.

Cada um dos itens vai surgindo e sendo internalizado conforme as situações surgem. Visitando o Orquidário e a praia, as crianças vão  aprendendo a cuidar do meu ambiente. É importante que aprendam a respeitar a todos ( isso inclui opiniões, saber esperar sua vez e os bens de cada um)


3-É conversando que a gente se entende.

Certa vez,  aprendi em uma palestra que " o ser humano tem  a mania de achar que pode ler a mente dos outros. O pior é que acaba lendo ou interpretando tudo errado em 90% das vezes." Por isso, desde crianças, faz-se necessário aprender a colocar os sentimentos e as emoções para fora. Desta forma, aprendem a compreender melhor os outros e a si mesmos. A família precisa dialogar sem medo.A tecnologia é importantíssima, mas não pode substituir a conversa real.


4- Um por todos e todos por um.

 O objetivo é desenvolver amor, união e espírito de equipe.


                       Há muitos outros ítens que podem e devem ser acrescentados. A cada situação que surge, reforça-se o item correspondente em uma conversa agradável com todos os membros da família.Memorizar as normas e segui-las fará com que os princípios familiares sejam reconhecidos e seguidos. Também, colabora para que todos se sintam membro integrante da família.


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Convivendo com TDAs

                     Muito tem sido falado sobre as pessoas com TDA (transtorno de déficit de atenção), porém muito pouco tem sido dito a cerca das pessoas que convivem com eles. Amo todos meus amigos e amigas TDA, Mas, devo confessar que vida de sombra é muito difícil e desgastante. Procuro levar numa  boa, ou seja,  com paciência e boa vontade, porém, às vezes, sinto que chego ao esgotamento.
                     Se por um lado,é importante permitir que eles façam efetivamente as tarefas pois nosso cérebro registra melhor quando gerencia materialmente as tarefas  ou, melhor dizendo, a pessoa se apropria e constrói o conhecimento, efetivamente vivenciando, mais do que ouvindo. Por outro lado, é uma rotina muito difícil para o TDA com ou sem hiperatividade.
                       Entre as obrigações de estar sempre lembrando, telefonando, contornando situações e suprindo falhas, também me divirto muito, pois rir é o melhor remédio.  Por exemplo, certa vez, enquanto eu corria para me arrumar, fui interrompida quatro vezes por amigas me perguntando onde era o evento.Nessas horas, apenas sorrio e respondo. Faz parte da vida delas e da minha. A organização é muito difícil para eles, inclusive espacialmente. Como professora, tenho sempre lápis, papel, borracha para emprestar e ainda ajudo a organizar a escrita na própria folha de papel. É verdade, eles precisam de ajuda com agenda e até onde escrever no caderno;entretanto, eles têm tantas outras habilidades como a criatividade e a visão diferenciada..
                      Hoje em dia, com a tecnologia fica mais fácil lembrá-los de seus compromisso ( alertas, emails, torpedos, dizer o nome deles constantemente), mas eles precisam entender que é necessário fazer as coisas assim que são pedidas senão, fatalmente, esquecerão novamente.
                       Quando meus filhos eram pequenos, eu lia uma história  sobre um menino que esquecia tudo. Então, para não esquecer mais das responsabilidades assumidas, ele desenvolveu o seguinte lema: LEMBROU PAROU FEZ. Assim, que identificava algo que precisava fazer, fazia imediatamente.
                      Minha solidariedade a todos que como eu, acompanham vários TDA em suas aventuras e desventuras. Se tiverem alguma ideia que alivie a vida dos acompanhantes, professores e familiares, mandem para mim.  

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domingo, 9 de outubro de 2011

Lição de casa - um desafio para professores e alunos

Sempre defendi a idéia de que o final da aula, não é o momento da aula ideal para passar a lição de casa. Creio que o aluno deve terminar a aula feliz e com vontade de querer voltar. Se os últimos instantes de aula foram passados com a lição de casa, o aluno se despede “pesado”, com um mais um fardo sobre os ombros e pensando que mal terminou a aula e já tem obrigações a cumprir. Por isso, costumo passar a lição da aula após a correção da anterior, mas nunca ao final. O final tem que ser prazeroso: uma música, atividade lúdica ou jogo. Enfim, algo que deixe um gostinho de quero mais.

Uma vez ao buscar meu filho na  aula de canoagem, os alunos pediram para o professor se poderiam ficar mais um pouco. O professor, para desapontamento dos alunos, respondeu que não seria possível, mas  na quarta haveria aula de novo. Depois, ele me explicou que poderia ter deixado que eles remassem mais, porém se fizesse isso, eles sairiam da aula cansados e sentiriam  preguiça de voltar na aula seguinte. Deste jeito, eles esperariam pela próxima aula com ansiedade e alegria.

Atualmente, procure não exagerar nas atividades pedidas. Lição de casa não é uma maneira de cumprir programa. Lição de casa é uma forma de favorecer a aprendizagem. Procuro explicar para os alunos que o cérebro grava aquilo que vê repetidamente, por isso, faz-se necessário repetir o que foi aprendido em sala de aula todos os dias. Nos dias de hoje é inútil esperar que o aluno fique uma tarde inteira fazendo lição de casa. O importante é a qualidade do que se passa. Surpreenda e seja criativo!
Para motivá-los, é interessante pedir algo que possa ser feito usando a tecnologia que tanto os atrai.Também, é importante conscientizá-los que a lição deve ser começada pelo que menos gostamos e cedo. Esperar pelo domingo na hora do Fantástico é uma tortura para toda a família pois encerra o domingo de uma forma deprimente e, muitas vezes, não há tempo suficiente para fazê-la. O aluno precisa fazer a parte que lhe cabe, pois o professor é mero facilitador, o caminho da aprendizagem depende do educando.
Aos pais cabe, perguntar, demonstrar interesse e até auxiliar indicando caminhos. O filho precisa saber que fazer lição de casa, não é uma opção, mas uma obrigação.
Cada um - pais, alunos e professores - precisam estar cientes e cumprir sua missão.
  

sábado, 1 de outubro de 2011

Como atingir a imortalidade

                    Ainda jovem, Beethoven resolveu escrever alguns improvisos sobre músicas de Pergolesi. Dedicou-se durante meses ao trabalho e ,finalmente, teve coragem de divulgá-lo.
                    Um crítico publicou uma página inteira num jornal alemão, atacando com ferocidade a música do compositor.
                     Beethoven, porém, não se abalou com os comentários. Quando seus amigos insistiram para que respondesse ao crítico, ele apenas comentou:


                     "O que preciso fazer é continuar meu trabalho. Se a música  que componho for tão boa como penso, ela irá sobreviver ao jornalista. Se tiver a profundidade que espero que tenha, ela irá sobreviver ao próprio jornal. Então, se este ataque feroz ao que faço for lembrado no futuro, será apenas para ser usado como exemplo da imbecilidades dos críticos."


                      Beethoven estava certíssimo. mais de cem anos depois, a tal crítica foi lembrada num programa de rádio em São Paulo.


                       Ao ler este texto escrito por  Paulo Coelho in AT Revista de 18/09/2011, achei pertinente dedicá-lo a todos aqueles que se sentem desanimados pela crítica alheia. Frente a uma crítica, devemos sim, nos auto analisar e verificar no que podemos melhorar. Então, faz-se necessário mudar ou melhorar o que pode ser melhorado e jamais desanimar. Nunca se deixe abater por críticas infundadas geradas pela falta de preparo, inveja ou frustração de ninguém. Coragem! Desanimar jamais!