domingo, 30 de dezembro de 2018

Cozinhaterapia


Ouvir aquela pessoa que diz que não gosta de canela, chegar em casa dizendo que experimentou uma sobremesa no trabalho e o gostinho de canela a fez lembrar da avó é, no mínimo, surpreendente. A memória olfativa  também nos prega peças e nos ajuda a viajar no tempo. O que lembra a sua infância ou  a sua mãe? Pense e aquele sabor chegará até você.
Minha mãe fazia aletria e decorava cada pratinho com canela num desenho simétrico que lembrava um jogo da velha . Ainda no Natal, fazia o Napoleão, que era um pavê de coco divino com bolacha champanhe. Portanto, Natal lembra comida  e também os entes queridos. Minha sogra fazia um bolo que apelidamos de bolo múmia porque tinha que ser feito um mês antes. Algumas dessas receitas se perderam. Outras ainda existem. Fazê-las em família aproxima os  sobreviventes, traz histórias para os que não conheceram e ajuda a aliviar um pouco a saudade. Além disso, John Gray,  no livro Os Homens são de Marte e as mulheres são de Vênus, os homens conversam mais confortavelmente quando estão em posição lateral do que frente a frente. Logo, cozinhar lado a lado pode ajudar muito a melhorar a relação.
Cada vez que faço uma das receitas de minha mãe, sinto-me voltando no tempo. Como minha filha descrevendo  o cheiro e o sabor da canela, meu irmão lembrando o pavê de coco ou meu filho do pudim de Natal, cada tom faz com que novamente possamos sentir o abraço, o toque, o sorriso, o olhar de alegria. Cozinhar propicia uma viagem mágica através dos sabores e aromas de volta a um tempo inesquecível.
Um oferecimento:



segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

A árvore que conta histórias


Olhando a árvore de Natal, alguém pode perguntar: O que a turma da Mônica está fazendo no pinheiro de Natal? Ou por que há instrumentos musicais na árvore? Resposta simples e objetiva: porque é bonitinho. Só? Claro que não..vamos à história:
A turma da Mônica resgata a infância e representa os filhos ainda pequenos, principalmente a Magali sempre sorrindo de olhos brilhantes e o Cebolinha de spike hair. Os instrumentos musicais, porque ele Fernando – o pai – gostava. Fernando adorava comprar enfeites de Natal. Por esse motivo, a árvore tinha que ser enoooorme – grande o suficiente para suportar toda aquela coleção formada ao longo de muitos anos. Cada viagem, cada comemoração, cada sonho está lá representado. Cada enfeite nos remete a uma história, misturando risos e lágrimas, reconstruímos nossa história todo fim de ano: avaliando, agradecendo e prometendo muito mais para o próximo ano.
Uma algazarra para montar, todo mundo colabora..até as visitas. Agora, desmontar...sobra sempre para a mãe...talvez, por isso ela não seja tão apaixonada pela árvore.
Meu professor de violão Antonio Manzione, sempre nos perguntava o que deixaríamos quando morrêssemos. E ele também nos impulsionava a conhecer nossa história, saber de nossos antepassados. Manter viva a linhagem familiar.  Como no filme, Viva – a vida é uma festa, da Disney mostra bem esta noção de que só morremos quando ninguém mais lembra de nós.
Assim, este ano, nossa árvore foi montada mais uma vez como uma homenagem. Até ganhamos e colocamos mais um enfeite. Esperamos que, de onde você estiver, veja nossa homenagem e fique feliz, sabendo o quanto o amamos.


Um oferecimento:

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Panquecas para o café da manhã


Educar para a vida significa ensinar conteúdo, mas também implica ensinar a administrar suas vidas e a relacionar-se com os outros. Assim, iniciar a manhã preparando panquecas para o café da manhã propicia o desenvolvimento de diversas habilidades:     

  Separar ingredientes;
·         Observar quantidades;
·         Higienizar;
·         Seguir instruções;
            Organizar;
           Calcular tempo;
            Errar e corrigir ou recomeçar;
                                                                   Interagir e trabalhar em equipe.
Com todos esses objetivos em mente, a aula pode ser divertida e recheada de conteúdo cultural: origem do Thanksgiving, geografia, história, comidas típicas, vocabulário e a importância da gratidão, afinal “ neste exato momento, existe alguém, em algum lugar, rezando para ter a vida da qual você reclama.”
Talvez, as panquecas não fiquem perfeitas, porém o importante é o que se aprende nestes encontros de conversa jogada fora na cozinha.
Você há de perguntar: Mas, precisa de uma frigideira com emojis? E eu te respondo que definitivamente não é necessário. Por outro lado, um toque de modernidade e tecnologia sempre cabe. E ainda acrescento, que tal se gravassem juntos uma vídeo- aula prática?

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