Há pouco tempo atrás, fiz
uma postagem intitulada :”Qual é o seu número?”
onde prego que as pessoas deveriam se preocupar mais em conhecer o SER e
preocupar-se menos com o TER. Minha amiga Física, não perdeu a oportunidade de
me provocar defendendo sua seara e afirmando que o mundo é composto de números. Concordo com minha
amiga, os números são a base de tudo.
Certa vez, estava numa
churrascaria com alguns amigos, quando uma das mulheres perguntou: “Vocês
contam?” Nesse momento, alguns riram outros responderam prontamente, - Conto!
Algumas pessoas como eu, contam tudo o que surge a frente como batentes de
porta, vitrais, número de pessoas num ambiente, barras de metal ou madeira,
tetos ou pisos de madeira ou com simetria de linhas, enfim uma gama de contagens.
Pra quê? Não sei, simplesmente, contamos.
Quando meus filhos eram
pequenos tentei criá-los vendo que a
matemática faz parte do nosso cotidiano tanto quanto conversar e olhe que eu
falo muito!! Nesta empreitada em que eu almejava educá-los sem o MEDO da
matemática, fomos treinando contar degraus, objetos, dar e fazer troco, somar,
subtrair, multiplicar sempre de maneira informal, simples, mas mostrando que
fazemos isso a toda hora.
Hoje, meus filhos me dão
aulas e broncas sobre controle financeiro, economia e juros. Acho bárbaro!!
Criei dois monstrinhos, pois eles gostam de matemática, livros e música. Os
aprendizes superaram e muito o mestre. Mas, como a música entra em tudo isso?
Ouso dizer que desde sempre, a Música e a Matemática caminharam juntas e têm
Pitágoras e Bach como expoentes desta caminhada.
Por isso, vibrei ao ver a obrigatoriedade do ensino de música nas escolas.
A Música nas escolas tem um caráter múltiplo e importantíssimo:
- Poderá
acalmar ânimos mais quentes
- Provocar mais sinapses cerebrais
- Despertar o interesse pela Arte
- Facilitar a compreensão de matemática e física.
Howard Gardner, com a teoria
das inteligências múltiplas, defende que:
“Na época medieval, o estudo cuidadoso da música
partilhou muitas
características
com a prática da matemática, tais como um interesse em
proporções,
padrões recorrentes e outras séries detectáveis. ... Novamente no
século XX _
primeiramente na esteira da música dodecafônica, e mais
recentemente,
devido ao amplamente difundido uso de computadores _ o
relacionamento
entre as competências musical e matemática foi amplamente
ponderado.
A meu ver, há elementos claramente musicais, quando não de “alta
matemática”
na música e estes não deveriam ser minimizados. (GARDNER, p.
98) in GARDNER,
H. Estruturas da Mente: a Teoria das Inteligências Múltiplas. Trad.Sandra
Costa.
A música pode tornar mais
divertido e concreto o estudo da matemática e da física e estas ciências podem
colaborar com uma maior compreensão da Música e das Artes! Trabalhando interdisciplinarmente obteremos resultados melhores!
Para encerrar, a Matemática
na música atual:
“E as contas são só pra te mostrar
Que o que conta é a soma dos sorrisos e da paixão
A matemática do teu coração” (Restart - Matemática)
Que o que conta é a soma dos sorrisos e da paixão
A matemática do teu coração” (Restart - Matemática)
Anna:
ResponderExcluirMúsica é Matemática. Relação íntima, umbelical, união indissolúvel.
Desde os mis elementares cálculos aritméticos à complexa Álgebra Abstrata.. Dentre "n" conexões, podemos encontrar evidências claras na Teoria dos Conjuntos. Uma escala musical é uma sequência de sons usados para fazer música. Nos intervalos de repetição, a oitava significa que para cada nota na escala, temos um som correspondente uma oitava acima e uma abaixo.
Alguns compositores usaram a Proporção Áurea e Números de Fibonacci para dar forma às suas obras.
Logarítmos e Algebra Abstrata são partes integrantes de sofisticados sistemas de afinação. A Escala Pitagórica, também é componente.
Observe que ritmo é a combinação (Análise Combinatória) matemática de sons no decorrer do tempo e harmonia é a combinação de sons simultâneos.
A relação harmoniosa entre sons e números é encontrada na divisão de compassos:
Binário: 1,2;1,2;1,2.....
Ternário: 1,2,3;1,2,3;1,2,3.....
Quaternário:1,2,3,4;1,2,3,4;1,2,3,4....
Música e Matemática unidas pra sempre.
Geralmente, pessoas que gostam de música, acabam se interessando pela Matemática, e vice-versa.
No entanto, quando nos deparamos com o indecifrável fatorial de zero = 1 ou seja, 0! = 1, não há Prokofiev, Mussorgsky ou Wagner para nos ajudar a entender a enigmática fórmula.
No meu caso, continuo tentando superar a dúvida, cheirando alecrim, toneladas de alecrim, como você sugeriu.
Ainda que espirrando continuamente.
Um abraço.
R.Floyd
Nossa!! Amei sua resposta, até me emocionei, sabia. É assim mesmo que eu sinto mas não consigo ser tão clara!! Minha amiga Física vai amar este comentário, aliás além de física tb toca piano muito bem e confirmando a equação música e matemática, o mesmo digo de minha filha que ama música ( toca teclado e flauta), dança e matemática. Na verdade, a ovelha negra da família sou eu. Só gosto de música, toco violão clássico, mas sou um verdadeiro fator zero em relação à matemática.
ResponderExcluirTalvez me conhecendo vc aceite a verdade do fatorial de zero sem discussão na pureza de meu desconhecimento zerado.
Já estou me sentindo culpada por esses espirros, assim nem vou dormir esta noite afirmando em voz alta MEA CULPA MEA TãO GRANDE CULPA.
Por favor, pode abandonar o alecrim em espécie e experimente o incenso. Já tentou Mozart? Não o aroma, claro, a música dele!!
ExcluirUma sugestão e uma indagação.
Já que sua filha é flautista, diga a ela para ouvir o disco "Thick as a brick" da lendária banda Jethro Tull, onde o líder Ian Anderson dá um show na flauta. Rock Progressivo.
O meu baú está entupido de discos desses caras. Pode ser encontrado também no Youtube.
O novo tratamento alternativo para abrir a minha cachola - incenso e Mozart - para entender os enigmas da Matemática, deve ser feito com o Benjoim de Sumatra ou da Anatólia? A "Flauta Mágica" do Wolfgang é a obra recomendada?
Aguardo instruções.
R.Floyd
Caro R.Floyd, Youtube tem sido uma dádiva em minha vida. pode deixar que darei o recado.Na verdade, o estudo feito com obras de Mozart, não inclui nenhuma das mencionadas por vc. Espero que isso não o entristeça, mas sempre há o youtube:O Efeito Mozart é a pedra de Rosetta para o código ou linguagem internas de funções cerebrais superiores.
ResponderExcluirSonata para dois pianos, em Ré Maior, K.448:
1º Movimento
http://youtu.be/v58mf-PB8as
2º Movimento
http://www.youtube.com/watch?v=myJOl7ia0gg
3º Movimento
http://youtu.be/iiqmNpHw8RU
Concerto para violino nº 3 , em Sol Maior K.216:
1º Movimento
http://youtu.be/UkSOUya4mlo
2º Movimento
http://youtu.be/LjmMdQaQkHM
3º Movimento
http://youtu.be/clN2i4h0aVQ
Concerto para violino nº 4 , em Ré Maior K.218:
1º Movimento
http://youtu.be/f9sVpgcsUKU
http://youtu.be/UWIgqczwIH4
http://youtu.be/MHo0uvM1iNc
2º Movimento
http://youtu.be/e76nBDWJmbg
3º Movimento
http://youtu.be/q4UVA-wkoXs
Sucesso! E vá me atualizando sobre seu progresso!
Anna
Dra.Anna:
ResponderExcluirFico mais animado. Já que Mozart restaura as funções cerebrais superiores, o meu calvário está próximo do fim e, finalmente, vou conseguir entender o enigmático fatorial de zero e o intrincado Determinante de Vandermond.
Vou ouvir todos os concertos, seguindo à risca a sequência dos movimentos e comunicarei a evolução do meu progresso.
Assim, posso abandonar definitivamente o tratamento com o alecrim e, deixando de cheirá-lo, certamentre minhas crises de espirro cessarão.
Agradeço imensamente.
Um abraço/R.Floyd
Caro Mr. R. Floyd,
ResponderExcluirNão sou doutora, ainda, um dia serei com certeza!! No momento sou apenas uma educadora que adora estudar e está sempre em busca de meios e métodos para facilitar a aprendizagem. Que bom que vc tentará com Mozart, as crises constantes de espirro estavam me preocupando. Pelo menso com Mozart, seus ouvidos não sofrerão e seu cérebro ficará mais ativo! Boa sorte na empreitada. e continue atualizando-me dos sucessos e insucessos!! Um beijo,
Futura Dra.Anna:
ResponderExcluirO efeito foi imediato. No segundo movimento da Sonata para dois pianos em Ré maior, K 448 meu cérebro deu um estalo que foi ouvido por todos os moradores do meu condomínio, causando grande confusão e alarido. Alguns desceram ao térreo para se certificar que não havia risco de desabamento do prédio e que não houve a detonação de uma bomba; outros, em pânico, começaram a gritar nas janelas.
É mais simples do que imaginava o entendimento do fatorial de zero = 1. É por definição matemática!!!!
Resolveram que 0 x 0 = 1.
Explico: Fatorial de 3 = 6, pois 3 x 2 x 1 = 6; o de 4 = 12, pois 4 x 3 x 2 x 1 = 12. Mas para 0 x 0 = 0, resolveram, por definição matemática, atribuir o valor 1 como resultado.
Agora, vou ouvir o Concerto para violino em Ré Maior, K 218 para decifrar o intragável Determinante de Vandermond, de grande complexidade.
Espero que Mozart não estoure os meus miolos.
Um beijo e obrigado.
R.Floyd
Caro Mr Floyd,
ResponderExcluirFico feliz em saber que decifrou esse mistério!!! Agora sem espirros, com certeza vc poderá decifrar esse intragável Determinante e muitos outros mais! Tenho certeza absoluta que Mozart não irá estourar seus miolos ate´porquê para quem ouve Wagner, Mozart é bem leve e suave. Obrigada pelo comentário. Continuo em meus estudos!
Amiga com certeza tenho que deixar meu parecer.
ResponderExcluirAdorei o comentario do seu amigo R. Floyd. Fantástico!!!!!
A música e a física sem a sua ferramenta chamada matematica nunca seria compreendida, elas estão unidas infinitamente. É através da matematica que nos comunicamos com a física, uma das partes essenciais da vida, a outra é a música. Como compreender a vida e comunicarmos com ela se a chamada matematica, como ferramenta, não existisse? A música e a física são a base para sabermos viver e compreender as nossas vidas. Um grande bjo.
Sua Amiga
Querida Raquel,
ExcluirEu imaginei que vc adoraria esta postagem e, principalmente, os comentários de R. Floyd. Tb adorei-os.
Beijos,
Anna, vejo na música a oportunidade de aprimorar a sensibilidade e trabalhar com os sentimentos e as emoções. As crianças e jovens precisam disso...e muito! Neusa Guilherme
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