sexta-feira, 23 de agosto de 2013

No mundo de Alice...

Sociólogos afirmam que nossa sociedade institucionaliza todos aqueles que não agem de acordo com os parâmetros pré-estabelecidos. Assim, temos:
-pessoas infratoras são segregadas em penitenciárias;
-pessoas doentes ou senis são internadas em hospitais;
-crianças e adolescentes são mantidos em escolas.
Nesta linha, o que dizer das crianças especais? À título de socializar e integrar essas crianças à sociedade, elas são entregues a escolas regulares cuja estrutura e corpo docente nem sempre se encontram preparados para recebê-los e atendê-los efetivamente.
A legislação determina que a criança deve ser matriculada em escola comum e tem o direito de ser atendida no contra turno em uma classe ou instituição de forma a  promover um melhor desempenho e facilitar a construção dos conteúdos pretendidos. Entretanto, nem sempre é possível atendê-los  na própria unidade escolar e, nesse caso, as escolas especiais desempenham papel fundamental no que se refere ao apoio didático-pedagógico necessário.
Infelizmente, este cenário irá mudar pois o novo plano de educação prevê o fim das APAEs ( Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) até 2016 quando o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Especial (FUNDEB) deixará de ser repassado.
No mundo de Alice no País das Maravilhas, as crianças especiais teriam toda a atenção e recursos necessários ao seu pleno desenvolvimento oferecidos pela escola regular seja nas escolas públicas ou particulares.
Como estamos no Brasil, tememos pela falta de assistência total a essas crianças resultando em abandono mascarado pela aprovação automática.
Vamos ficar em estado de alerta e defender os interesses da população.

4 comentários:



  1. Se a educação para crianças sadias chegou a essa tragédia a que assistimos diariamente, imagine o que está reservado para as que necessitam de cuidados especiais.
    No País de Alice já se apregoou que a saúde pública beirava a perfeição, que milhões saíram da miséria com o famigerado Programa Bolsa-Família, que a sensação de segurança é total e que os índices de criminalidade foram reduzidos quase a zero, podemos deduzir que a propaganda resolve tudo.
    Nem Goebbels seria capaz de um feito tão extraordinário.
    No País de Alice seria, no máximo, um inexpressivo mensageiro-motoqueiro de alguma agência de propaganda.

    R.Floyd

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    1. Caro R. Floyd,
      Inacreditável, não é? Vivemos num país perfeito!!!
      O pior é que nada muda, o trânsito fica caótico com as passeatas, os Fundos desaparecem, e as pessoas acreditam que o país está melhorando.Mundo de Polyanna brincando de contente.
      Qto aos alunos, especiais ou não, ficam institucionalizados desperdiçando talentos e alienados..Quanto menor a capacidade de pensar, melhor!este é o nosso país. Povo que lê, contesta, exige, não interessa. Revoltante!Anna

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  2. Anna:

    Na ficção política de George Orwell, o inesquecível e magnífico "1984", escrito na década de 40, um dos lemas do Partido era: "Ignorância é força".
    Preciso dizer mais alguma coisa?

    R.Floyd

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    1. R.Floyd,
      Perfeito!Muito bem definido!!deixou-me sem palavras e isso é bem difícil!!

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