Meu filho, aos quatro anos, me perguntou:"Mãe, você sabe o que é revolta?" Enquanto meu cérebro se esfalfava buscando uma resposta sócio-filosófica-histórica adequada pedagogicamente para a idade dele, ele interrompeu-me explicando: "Ah, você não sabe!!! É voltar de novo! RE-VOLTA."
Naquele momento, além de rir muito aprendi a primeiro perguntar onde ele viu aquilo e acima de tudo tentar simplificar.
Ao contar esta passagem para uma amiga, ela me disse que certa vez a filha perguntou o que era sexo. Após, toda uma explicação biológica, a filha complementou: "Tá mas o que eu coloco aqui: Feminino ou masculino?" Ela só queria responder ao formulário para ter um email...rs
Na mesma linha, numa época de carnaval, uma menina perguntou dentro do carro para que usar camisinha. A família inteira gelou porque ela era muito pequena. O irmão um pouco mais velho explicou:"Pra não pegar AIDS."
Viram, simples assim! Temos que aprender a simplificar com as crianças, por isso neste Natal curta as crianças, brinque com elas e SIMPLIFIQUE.
Um blog sobre educação e tudo que se refere à vida como: finanças, amor, crianças, vida em família e escola.Visite meu novo site em: http://www.consideracoessobreeducacao.com.br/
domingo, 23 de dezembro de 2012
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Técnicas antigas, novos resultados..dê uma olhada!
http://oupeltglobalblog.com/2012/12/20/old-techniques-new-results/
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Sobre o que as mulheres falam?
Fim de ano, reunião de amigas para o tradicional amigo secreto, sobre o que elas conversam? Bem, as
minhas amigas da ginástica, dissertaram sobre comida, dietas, academias de ginástica,
energizantes, remédios para emagrecer, bijuterias, roupas e comida novamente e
mais uma vez médicos e nutricionistas,
e de novo....
Já o meu grupo de estudos, ao invés de filosofar sobre a
vida, discutiu por horas a fio incansavelmente entre muita risada e
descontração sobre a organização de armários. Acredite se puder!!! Em plena
pizzaria, entre fotos e presentes o assunto que se perpetuou até os dias
seguintes nas redes sociais foi arrumação de armários.
Tudo começou com o assunto mudança de residência e a
importância de se desfazer de algumas coisas e dar lugar para o novo. Daí,
passamos a trocar dicas de como lavar e passar roupa de forma rápida e prática
pois todas trabalhamos e o tempo é escasso.
Entre tantas dicas, uma amiga surgiu com a dica de colocar
as meias em potes de sorvete decorados dentro da gaveta. Esta ideia foi aceita, até por ser ecologicamente correta; entretanto, embasbacou
uma das colegas que sequer tem tesoura
em casa??!! Como assim???? Bem, mentalmente, todas começaram contando quantas,
onde guardam, as funções e os tipos de
tesouras. Minha amiga destesourada começou a sentir a auto-estima
declinando. Porém, não paramos por aí...
Outra explicou, que separava a roupa por cores na gaveta, e
também por estação. Neste momento, minha amiga destesourada explicou que enrola
toda a roupa de inverno, põe num saco preto e guarda no maleiro do armário,
mandando pra lavanderia antes do próximo
inverno. Quase foi linchada!!!! Mas, não acabou não!!!
Outra explicou que odiava quando a mãe, ali presente,
arrumava o armário dela, pois havia uma ordem e a mãe desordenava toda a lógica
do armário. A mãe explicou que resolveu o problema comprando cabides todos da mesma cor porque o que a irritava
era ver as cores todas misturadas e os cabides
virados para lados diferentes. Quase todas as amigas concordaram que os
cabides têm que estar todos virados para o mesmo lado. Nossa!!! Como esta
questão era quase unânime, algumas colegas sentiram-se realmente vítimas de
bullying...rs..ou dignas de ganhar o concurso de A DESORGANIZADA do ANO!!
Adorei algumas dicas recebidas de como organizar gavetas e armários e ri demais!!!!! E nem ouso encerrar sem mencionar que a destesourada foi a única que sabia ensinar a tirar gordura de panelas e formas usando vinagre, inclusive sugere colocar um pouco de vinagre ou detergente na máquina de lavar para desengordurar roupas também.Pronto já
sabem sobre o que as mulheres falam quando estão reunidas!!!
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Cutting - sabe o que é isso?
Teca, nome fictício, 14 anos, linda, simpática e
inteligente, conheço-a desde a primeira infância, porém fui apanhada de
surpresa com a frase: “Professora, já ouviu falar em cutting? Eu não consigo
parar.”
Fui apanhada sem qualquer preparo e me preocupei muito, por
isso,hoje aproveito para dividir com vocês este drama que está acometendo nossos
adolescentes silenciosamente.
Cutting ou automutilação é uma tentativa do jovem de
amenizar o sofrimento. Ao se cortar, a ansiedade ou os pensamentos recorrentes
parecem diminuir. Várias pessoas famosas ou não, têm admitido cortar-se para
aliviar o sofrimento. A grande maioria foi ou está sendo vítima de bullying,
assédio sexual ou moral ou desamor, mas as razões que levaram ao primeiro corte
são bem diversas.
O importante é que este comportamento está entrando em nossos
lares numa rapidez alarmante. Nem sempre
se cortam, algumas vezes, batem em si mesmos, queimam-se ou socam seus próprios
corpos. Porém, como tudo isso é feito escondido, não há muitos dados, mas, estatísticas
americanas comprovam que mais de três milhões de americanos praticam esta
autoflagelação frequentemente, sendo que a maioria é de pessoas do sexo
feminino. O processo começa com pequenos ferimentos que vão progressivamente aumentando
como um vício.
Segundo alguns médicos, de fato os cortes provocam a liberação
de endorfinas provocando essa sensação de alívio para o sofrimento.Alguns dados
indicam que pessoas que sofrem de distúrbios alimentares, abandono e
baixa-estima lideram os casos.
Bem, o que fazer? Os médicos e psicólogos alertam que os
pais devem observar mudanças no humor, jeito de se vestir( do tipo esconder
ferimentos como mangas longas e calças) e comportamento. A ajuda médica é
essencial e muita colaboração dos pais dedicando tempo e amor, pois estes
jovens normalmente sentem-se não desejados e não amados. Como a personalidade tímida
dificulta a aproximação de amigos e parentes, faz-se necessário ter uma
aproximação gradativa e carinhosa. Fique de olhos bem abertos.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Anorexia e bulimia
Com o falecimento de Karen Carpenter em 1983, o mundo
voltou-se para um problema que parecia ser algo novo: anorexia nervosa.
Muitos anos após este caso, em minha pós graduação, fiquei
surpresa com as estatísticas alarmantes indicadoras do alto número de
adolescentes sofrendo de distúrbios alimentares.Hoje, assusto-me ao ver número de adolescentes, sofrendo com estes males, cada vez mais
crescente em minhas salas de aula, ou seja, muito próximos de mim.
Causas? Alguns culpam a mídia com a exigência por corpos
esbeltos como padrão de beleza e sucesso. Outros responsabilizam as famílias por abandonarem
as crianças, entregando-as nas mãos de babás ou escolas. Ainda uma outra
corrente atribui aos hormônios consumidos
nos alimentos cada vez mais industrializados.
Possivelmente, estamos frente a uma somatória de causas.
Realmente, nossa sociedade valoriza a magreza e a rapidez na obtenção dos
desejos. Mas, além disso, o núcleo familiar está cada vez mais reduzido. Há
algumas décadas atrás, as crianças iam para a escola por volta dos seis anos.
Até então, havia tias, avós primos e
irmãos mais velhos para olhar pelas crianças pequenas. A rua era um lugar tão
seguro como o quintal de casa cheio de árvores que proporcionam um contato com
a natureza e a liberdade para correr e queimar o excesso de gordura ou
adrenalina.
Atualmente, nossas crianças e adolescentes estão sendo educados
por computadores e games. O isolamento social, a falta de afeto, a alimentação
desequilibrada e a constante pressão podem estar provocando este crescimento
nos índices dos distúrbios alimentares.
A agressividade, bem como, a depressão, síndrome do pânico e
distúrbios alimentares representam
gritos desesperados de SOCORRO. Não dê as costas nem subestime estas reações.
Você pode fazer a diferença!
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Movimento Slow Down - junte-se a ele
Às vezes, me pergunto por que as crianças parecem já nascer
ansiosas? Será que as mães passam essa ansiedade ainda durante a gestação?
Então, isto significa que antigamente, as mães não eram ansiosas?
Debruçando-me sobre essas questões, deparei-me com pontos
relevantes. As mães de antigamente eram menos ansiosas, pois não tinham essa
jornada dupla de hoje, embora o serviço de casa seja bem pesado, as
preocupações eram menores. Normalmente, as esposas cuidavam da casa e das
crianças, enquanto os maridos proviam o sustento responsabilizando-se inclusive
pelo pagamento de todas as contas. E, por falar em contas, estas eram em número
muito inferior ao de hoje. Resumiam-se a aluguel, impostos, luz e água.
Gradativamente, foram surgindo as contas de telefone e aí tudo degringolou.
Quantas contas de telefone pagamos hoje em dia? Sem mencionar o plano de saúde,
as escolas, cursos extras e internet.A atividade física era de graça na rua ,
jogando com os amigos, ou na praia. Hoje, qualquer esporte é feito em academia
e implica em mais uma conta. Todos esses fatores vão gerando uma sensação de
angústia e cansaço que vão crescendo paulatinamente sem percebermos.
Nossas crianças não vão para a rua brincar com os amigos e
espairecer. Ao contrário, ficam em casa, na TV ou no computador, ruminando
aquilo que os incomoda. Os pais, por sua vez, tentando corresponder a todas as
expectativas, transmitem frustração e angústia para seus filhos.
Por estes motivos, um novo
movimento está sendo lançado no mundo:
o SLOW DOWN. A ideia é diminuir a correria desenfreada em que vivemos. A
proposta é evitar restaurantes ou lanchonetes tipo fast food, trabalhar menos
horas, desligar computadores, aparelhos de televisão e, principalmente,
aparelhos celulares.
O que você acha da proposta? Vamos tentar? Quem sabe você
consegue se presentear com uma hora por dia, sem TV, sem celular, sem internet
e toma aquele banho demorado e um chá
calmamente e fumegante. Vale tentar!
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Ele não está a fim de você - livro e filme
Eis que eu estava na academia numa emenda de feriado, então havia apenas quatro pessoas na academia:dois homens e duas mulheres. Neste ambiente fechado, foi impossível não haver um maior entrosamento onde cada pessoa começou a se desabafar. Os homens começaram a comentar sobre seus relacionamentos afetivos. Um disse: “Minha namorada é uma amor, mas eu disse que queria dormir cedo pois tinha que trabalhar e ela ficou reclamando que tinha que adiantar o almoço ..que eu não era mais o mesmo..que nosso relacionamento mudou..Claro que mudou, já faz um ano que estamos juntos!!!”
O outro rapaz complementou;” Minha namorada também é dez, eu adoro estar com ela, mas às vezes pega pesado. Não entende nada que eu falo.”
Divagando e se desabafando confessaram que nunca terminaram um relacionamento.Morrem de medo que a mulher comece chorando ou peça para dar mais uma chance. Receiam um escândalo. Por isso, preferem levar as namoradas a terminar o relacionamento.
Um ainda confessou que aos treze anos terminou o namoro para nunca mais. Ficou traumatizado.
Não resistindo comentei sobre o livro Ele simplesmente não está a fim de você. Neste livro, o autor Greg Behrendt, coloca que os homens têm muita dificuldade para falar de sentimentos, por isso, evitam encerrar um relacionamento ou até mesmo discuti-lo.
Por outro lado, não posso culpá-los, um amigo tentou terminar o relacionamento e ouviu a seguinte proposta:"Não podemos esperar passar o Natal?" Ao ouvir esta história, não me contive e perguntei: "Então, você está cumprindo aviso prévio de namoro??????"
Por outro lado, não posso culpá-los, um amigo tentou terminar o relacionamento e ouviu a seguinte proposta:"Não podemos esperar passar o Natal?" Ao ouvir esta história, não me contive e perguntei: "Então, você está cumprindo aviso prévio de namoro??????"
Os rapazes confessaram que é exatamente isso. Confessaram-se totalmente incompetentes para lidar ou falar de sentimentos. É, meninas, pelo jeito, os homens ainda levarão um bom tempo simplesmente desaparecendo, terminando por redes sociais ou usando a técnica de conduzir a namorada ao fim do relacionamento. Eles preferem como diz o autor do livro supra-citado: “Muitas mulheres não percebem quando não queremos mais nada com elas e, mesmo com todos os indícios disso, acreditam que um dia, de uma hora para outra, vamos perceber que ela é o amor da nossa vida e voltaremos correndo para os braços delas”.
Por isso, eles somem ou não entram em contato. Em tempos de alta tecnologia, só não entra em contato via celular, mensagem de texto, FB, twitter,Lindkin sinal de fumaça quem não quer. Pronto falei!!! ACORDA!!!!!!
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Aprendendo Matemática ou colecionando figurinhas?
Saber dizer os números em
sequência não significa reconhecer seus símbolos ou saber contar.Certa vez,
percebi que minha filha dizia os números, até contava, mas era incapaz de
encontrar a página 28 do livro, por exemplo, por não saber que esta página
localiza-se após o 27 e antes do 29. Parece incrível??Nem tanto. É até bem
comum na pré-escola.
Para colaborar com a aprendizagem, começamos a colecionar um
álbum de figurinhas. A cada pacotinho comprado, ela tinha que encontrar o lugar
correto do cromo recém- adquirido. Além disso, precisou se organizar para
listar as figurinhas que faltavam e as que tinha para trocar. Foi um longo e
divertido projeto familiar passeando pelo mundo dos números.
Neste processo, além de ter aprendido toda a
história dos personagens Disney, aprendeu rudimentos de soma e subtração.
Hoje em dia, quando passo
pelas praças e vejo a interação entre adultos, adolescentes e crianças,
trocando figurinhas envoltos em uma nuvem de alegria e ajuda mútua, vejo que o
projeto “Figurinhas” vai muito além de gastar tempo e dinheiro. É um
investimento na democracia e socialização. Na verdade, é uma ferramenta para
aprendizagem de matemática, cultura e valores. Definitivamente, nem tudo se
aprende na escola por isso acredito ser um investimento válido.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Crianças cristal
Eu estava num shopping da cidade
comprando algumas roupas para minha filha e rindo juntamente com ela. Então,
uma senhora que nos observava me disse:”Deve ser muito bom criar uma criança
cristal!”
Neste momento, lembrei-me que a mãe de
uma amiga de escola, sempre dizia que minha filha era cristal, pois tinha olhos
atentos e estava sempre em busca de harmonia. Na época, não dei muita atenção
ao fato, embora a professora do jardim já havia me dito que minha filha era uma
criança que tinha compaixão.
Porém, hoje em dia, compreendo esta
definição.
As crianças cristal são alegres, gostam
de música e dança. Têm muita compaixão, por isso se preocupam com todos aqueles
que a cercam. Também, desenvolvem uma
grande capacidade de compreensão, perdão e compaixão.
São doces, sensíveis, cooperativos e
com um sorriso que integram as pessoas que os rodeiam.
São crianças muito fáceis de lidar e
com o dom da telepatia.
Como professores e pais, precisamos
saber lidar com essas crianças de modo a não deixá-las esquecidas num canto nem
tampouco ignorar suas necessidades ou insights. Além disso, elas precisam viver em ambientes calmos, sem brigas e desenvolver a espiritualidade.
Elas vieram nos ensinar pela harmonia e sensibilidade. Aproveite o momento para aprender!
Elas vieram nos ensinar pela harmonia e sensibilidade. Aproveite o momento para aprender!
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Café, amigas, areia e pedras
Como recordar é viver, esta semana estava me lembrando de um
amigo de infância que dizia que ao começamos um namoro é normal nos afastarmos
da família e amigos. Minha mãe era categoricamente contra isso e defendia que
para tudo e para todos há um lugar. Recentemente, recebi um email que
aconselhava uma noiva a jamais abandonar as amigas, mesmo após o casamento.
Enquanto escrevo este texto, lembro-me de outro email que
conta a fábula das pedras, areia e café como segue:
Um professor, diante de sua classe, sem dizer uma só
palavra, pegou um pote de vidro, grande e vazio, e começou a enchê-lo com
pedras grandes como bolas de golf. Em seguida, perguntou aos seus alunos se o
frasco estava cheio e imediatamente todos disseram que sim.
O professor então pegou uma caixa de bolas de gude e
esvaziou-a dentro do pote. As bolas de gude encheram todos os vazios entre as
bolas de golf. O professor voltou a perguntar se o frasco estava cheio e voltou
a ouvir de seus alunos que sim.
Em seguida, pegou uma caixa de areia e esvaziou-a dentro do
pote. A areia preencheu os espaços vazios que ainda restavam e ele perguntou
novamente aos alunos, que responderam que o pote agora estava cheio. O
professor pegou um copo de café (líquido) e o derramou sobre o pote umedecendo
a areia.
Os estudantes riam da situação, quando o professor falou:
- Quero que entendam que o pote de vidro representa nossas
vidas. As pedras grandes como bolas de
golf são os elementos mais importantes, como Deus, a família e os amigos. São
as células com os quais nossas vidas
estariam cheias e repletas de felicidade. As
bolas de gude são as outras coisas que importam: o trabalho, a casa
bonita, o carro novo, etc... A areia representa todas as pequenas coisas. Mas, se
tivéssemos colocado a areia em primeiro lugar no frasco, não
haveria espaço para as pedras grandes nem para as bolas de
gude. O mesmo ocorre em nossas vidas. Se gastarmos todo nosso tempo e energia
com as pequenas coisas, nunca teremos lugar para as coisas realmente
importantes. Prestem atenção nas coisas que são primordiais para a sua
felicidade. Brinquem com seus filhos, saiam para se divertir com a família e
com os amigos, dediquem um pouco de tempo a vocês mesmos, busquem a Deus e
creiam n’Ele, busquem o conhecimento, estudem, pratiquem seu esporte
favorito... Sempre haverá tempo para as outras coisas, mas ocupem-se das pedras
grandes em primeiro lugar. O resto
é apenas areia.
Um aluno se levantou e perguntou o que representava o café.
O professor respondeu:
- Que bom que você tenha feito esta pergunta, pois o café
serve apenas para demonstrar que não importa quão ocupada esteja nossa vida,
sempre haverá lugar para tomar um café com um amigo.
(Autor desconhecido)
Por isso, quando aparece aquele compromisso profissional no
mesmo horário dos horários das reuniões da escola dos meus filhos ou das
apresentações, não tenho dúvidas nem remorso: opto pelo compromisso com meus
filhos, sem ansiedade.Porém, mesmo cansada ou assoberbada pelo trabalho e demais afazeres, jamais digo não a um cappuccino com as amigas. AMIGAS, amo vocês
todas!!
terça-feira, 13 de novembro de 2012
FOCO
“Deixa a vida te levar” é um
ótimo conselho quando o objetivo é ajudar a pessoa a ser menos controladora e ansiosa;
entretanto, não é aconselhável como projeto de vida.Nesses casos, prefiro a versão
do NXzero para este verso:
Com o tempo a vida faz crescer e aceitar
Que de repente tudo muda e troca de lugar
Não se entregue e não deixe a maré te levar
Só não deixe a maré te levar
Não se entregue e não deixe a maré te levar
Só não deixe a maré te levar
Que de repente tudo muda e troca de lugar
Não se entregue e não deixe a maré te levar
Só não deixe a maré te levar
Não se entregue e não deixe a maré te levar
Só não deixe a maré te levar
Algumas pessoas simplesmente
deixam a maré levá-las por toda a vida e ainda reclamam que a vida ou o destino
não foi gentil com elas. Na verdade, a inércia te mantém no rumo, mas às vezes
é necessário dar uma parada, estudar a situação e fazer uma mudança de
percurso.
Em alguns momentos da vida,
quando tudo parece ruir, é hora de parar, analisar, fazer novos planos e partir
em busca desses objetivos.
Alguns amigos de faculdade,
sempre diziam que o futuro deles estava num concurso público e fizeram uma trajetória rumo a este
objetivo.Eles estudaram muito e estavam sempre revisando o que já havia sido
estudado em anos anteriores. Este foco propiciou que todos eles fossem
aprovados em inúmeros concursos desde que se formaram. Planejamento é
essencial!!! Pense aonde você quer chegar e o que precisa fazer para chegar lá.
Organize sua vida sempre direcionada para este foco. Embora, algumas curvas e
montanhas aparentemente inacessíveis apareçam em seu caminho, não desista.
A sorte ou o golpe do destino aparece para quem está
no lugar certo e na hora certa, ou seja planejou estar ali e está preparado
para isso, não foi obra do acaso ou mera coincidência. Estar preparado exige
estudo e dedicação.
Pense, planeje, deseje,
prepare-se e com certeza você chegará lá! Ficar à deriva, acompanhando a maré,
leva a muitos lugares, porém não necessariamente onde você gostaria de estar.
Na vida, não existe certo nem errado, nem melhor ou pior. Há escolhas! Faça as
suas e corra atrás delas! Ficar como a Bela Adormecida aguardando que alguém
venha resolver seus problemas é crença do século passado!*
*
Leia e compare: http://considerasobreeducacao.blogspot.com.br/2011/09/deixa-vida-te-levar.html
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Velhas técnicas, novos resultados.
Qual
a relação entre aprender inglês e culinária ou jardinagem? Pode parecer mais
uma daquelas perguntas sem nexo, porém há uma relação muito importante que é o
ato de vivenciar a realidade.
Normalmente
as crianças aprendem inglês muito rapidamente, porém também esquecem na mesma
proporção. E, para driblar esta desvantagem, precisamos buscar ferramentas que
propiciem a construção do conhecimento de uma maneira lúdica, prática e
inesquecível. Uma das maneiras de criar este momento é durante as aulas de
culinária.
As
aulas de culinária servem como apoio para ensinar vocabulário referente aos
alimentos, assim como ensinar a expressar a cronologia dos atos. Como estes
momentos também são propícios para conversar sobre hábitos alimentares, o leque para discussões
e trabalhos sociais se expande muito. Agregado a tudo isso, está o aspecto
lúdico que a própria natureza das aulas evoca e a mudança do ambiente da sala
de aula.
Seguindo
a mesma linha, temos as aulas de jardinagem. Além de trabalharmos o
vocabulário, também discutimos questões de meio ambiente, água, crescimento,
vida nas cidades e há mais uma vez a saída de sala de aula. Esta mudança de
ambiente e a aula prática em que os livros e carteiras ficam de lado são suficientes para imprimir uma forte imagem no cérebro e perpetuá-la na memória
permanente.
Ainda é importante ressaltar que não pode ser uma
aula criada de última hora sem preparo e sem continuidade. É um trabalho
coletivo que exige planejamento e continuidade; entretanto, neste momento tão
tecnológico que vivemos, esta volta às origens e ao método tradicional tem o
poder de inovar e surpreender trazendo resultados eficazes.
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Pedras, adjetivos e solidariedade
Sísifo,
na mitologia grega, foi condenado a
rolar uma pedra enorme e pesada até o topo de uma montanha, porém, uma vez
levada ao topo, a pedra rolava montanha abaixo, tornando vão todo o esforço de
Sísifo que era obrigado a recomeçar sua empreitada novamente.
Lembro-me
deste mito,a toda vez que me perguntam
como consigo ensinar a mesma matéria dia após dia sem me cansar. Nesses
momentos, fico imaginando se a pessoa vê os professores como Sísifo que todo dia leva a pedra ao topo
e recomeça a tarefa novamente pela manhã exatamente da mesma maneira.
Na
verdade, rotina é algo que não existe em nossa profissão pois cada grupo é
totalmente diferente do outro em seus gostos, dificuldades e visão frente à
vida.
Hoje,
por exemplo, eu teria que ensinar adjetivos e, ao preparar minha aula, busquei
uma maneira diferente de trabalhar o vocabulário e, ao mesmo tempo, passar a
noção de valores e solidariedade.
Após
ter trabalhado o vocabulário da forma apresentada pelo livro, acessei na
internet o blog WORD ROCKS ( http://www.wordrocks.net/
) e juntamente com os alunos exploramos o projeto e os objetivos desta divertida, porém séria proposta. Este projeto lançado na
Califórnia objetiva distribuir pedras com inscrições positivas aleatoriamente
pelos lugares onde passamos. Espera-se que a pedra certa, com a mensagem certa
chegue às mãos da pessoa certa na hora mais apropriada. Funciona como uma
mensagem na garrafa.
Propus
aos meus alunos que fizéssemos parte deste projeto. Meus adolescentes reagiram
com um muxoxo tipo “Aula de Artes agora??”
“Pintar pedras??”Entretanto, num segundo começaram a ficar tão
entusiasmados com o projeto que pediram se poderiam pintar mais pedras. A
classe ficou alegre e num clima de harmonia delicioso.
Terminada
a aula, eles saíram tão entusiasmados
que dois deles deixaram na sala de aula os bens mais preciosos para um
adolescente: I-pads e I phones. Quando um adolescente chega a esquecer seus
pertences mais valiosos é porque foi realmente encantado.
Senti-me
vitoriosa, pois ensinei os adjetivos e ainda trabalhei a importância da
solidariedade. Cada um de nós pode fazer
algo para melhorar o mundo e não
deveríamos fugir desta responsabilidade social.
Como
vocês podem ver, um dia é sempre diferente do outro. Meus alunos vieram
aprender inglês, tiveram uma aula relaxante de artes e
tornaram-se conscientes sobre como um simples ato pode mudar uma vida.
Definitivamente, faço muito mais que subir com uma rocha pesada todos os dias para
deixá-la descer novamente no final do dia! Temos a liberdade de escolha, por isso podemos cuidar dos afazeres cotidianos sendo criativos mesmo na monotonia.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Medicamento para desobediência?
Recentemente,
o jornal A Tribuna, publicou uma matéria – alerta sobre o excesso de uso de
Ritalina. O artigo mencionado intitula o medicamento como “A droga da
obediência”. Sem dúvida alguma, algumas crianças e adolescentes são
efetivamente beneficiados pelo uso do citado medicamento pois ele atua
propiciando um aumento na concentração para os que sofrem de TDAH. Porém apesar
da eficiência comprovada, cada caso precisa ser observado com cuidado.
Certa vez, Içami Tiba, explicou durante uma
palestra que, antigamente, na hora das refeições, os pais comiam o peito do
frango e os filhos alimentavam-se com o restante. Os pais da geração posterior inverteram essa ordem resultando em filhos que
comem o peito de frango sem se dar conta do grande privilégio concedido por
seus pais que permanecem com a carcaça e as asas desde a infância. Este
processo, ainda segundo o psicólogo acima mencionado, educou uma geração que,
além de não valorizar o que recebe, ainda é avesso a regras e limites em geral.
Além disso, formou-se uma geração sem parâmetros para educar.
Numa
abordagem semelhante, a psicanalista e escritora Márcia Neder expõe, em seu
livro Déspotas Mirins, esta inversão
de valores em que a criança tomou para si a autoridade dos pais e estes estão
como reféns sem saber como sair dessa situação.
Em
suma, a prescrição do medicamento parece ser um paliativo para um problema
muito sério que é a falta de educação e respeito ao próximo e,
consequente, dificuldade em lidar com frustrações.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Concentração - Parte 2
Por que é tão difícil manter a concentração? Será em virtude da tecnologia?
Segundo o psicólogo Gary Marcus da Universidade de Nova York, “para nosso ancestrais, o tipo de memória que queremos ter agora, não era necessária.” Nosso cérebro foi moldado e treinado para ver tudo o que está a sua volta analisando os perigos em geral e não um ponto estático. Somente neste momento de nossa evolução, temos o conforto de não precisar mais dessa capacidade de visualização geral e de busca de recompensas imediatas. Porém, após milhares de anos sobrevivendo com a programação reptiliana, torna-se difícil mudá-la sem esforço.
Somos capazes de acionar nosso neocórtex para cumprir tarefas como focar na leitura de um livro ou tomar uma decisão a longo prazo; entretanto, precisamos lutar contra a parte mais primitiva do nosso ser. Por exemplo, algumas vezes, embora a educação alimentar nos ensine a fugir das frituras, a necessidade de buscar prazer rapidamente e saciar este desejo impera e ingerimos o chocolate ou a fritura. Da mesma forma, o que é mais atraente e prazeroso: sapear pelas redes sociais em busca da novidade ou estudar para a prova?
Fazer a escolha mais apropriada e racional exige uma luta contra nosso instinto primordial e, também, muito treino.
Por isso, recomendo aos pais e professores que ajudem seus filhos nesta tarefa de seleção e resistência aos instintos. Há hora para tudo e cabe aos pais determinar esses limites. Seguindo a mesma teoria da história da humanidade, não é por acaso que o ser humano é o animal que continua dependente de seus pais por mais tempo. As crianças e adolescentes precisam dos pais por perto delimitando, instruindo e premiando. Mãos à obra.
Um oferecimento:
Um oferecimento:
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Concentração - Parte 1
Televisão, Facebook, Twitter, Mensagens de texto, vídeo
games: tudo isso é muito mais interessante que estudar ou ler um livro. Porém,
nem tudo está perdido, segundo psicólogos e neurocientistas, é possível
desenvolver a concentração.
Segundo especialistas em meditação, nosso cérebro
normalmente mantêm-se em uma frequência
muito alta para lidar com toda a gama de informações recebidas, então o
primeiro passo é baixar esse fluxo de pensamentos. Há várias técnicas de meditação,
mas o mais simples e fácil de fazer é prestar atenção na respiração de modo a
esvaziar o cérebro.
A habilidade de se concentrar varia de pessoa para pessoa,
mas, assim como habilidades podem ser treinadas, melhoradas ou ampliadas, da
mesma forma, a concentração pode ser trabalhada.
Outro fator que afeta diretamente a atenção é a emoção. A
neurociência afirma que é um processo de escolha do que é importante, uma vez
que, embora o lobo frontal seja
responsável pelo comportamento e pela tomada de decisões, todo o sistema
sensorial está envolvido, segundo Ivan Hideyo Okamoto, da Universidade Federal
de São Paulo. Nosso sistema límbico, que comanda as emoções, sempre favorece os
elementos que despertam sensações intensas.
Parece impossível vencer esta habilidade nata para a
desconcentração?
Nem tanto, segundo David Schlesinger, neurocientista do
hospital Albert Einstein, a plasticidade do cérebro, ou melhor, dizendo, a
capacidade dos neurônios de se redistribuir de acordo com a necessidade e o
treino, pode ser trabalhada da mesma forma que exercitamos os músculos
tornando-os mais fortes.
Portanto, treine a concentração diariamente quando estiver
fazendo tarefas de que não gosta e respire mais calmamente, prestando atenção
ao movimento de saída e entrada do ar. É como ir para a academia todo dia, é
mais difícil no começo, mas depois começa a fazer parte do nosso dia-a-dia.
Um oferecimento especial de;
Um oferecimento especial de;
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Cenouras
Hora
do almoço, todos na mesa, digo para meu filho: - Come cenoura. É bom para os
olhos! Imediatamente, ele retruca: - MITO!
Tomei consciência que mais
uma vez repeti a frase tantas vezes ouvida na infância. Assim, todos nós, vez
ou outra, repetimos expressões ou atitudes simplesmente por terem sido
vivenciadas exaustivamente num processo de programação contínua. Esta
programação é tão eficaz que sequer a
questionamos.
Hoje,
por exemplo,num laboratório de análises clínicas, ouvi uma mãe dizendo para o
filho que o exame de sangue não doeria nada. Certamente, ela ouviu esta frase
incontáveis vezes durante a infância e a repetiu impensadamente , mas
automaticamente.Entretanto, não é aconselhável mentir para as crianças com
falsas promessas ou premissas.
A
inverdade leva à quebra da confiança. Melhor, dizer a verdade, afirmando que de
fato doerá um pouco, mas passará logo. Ajuda bastante, ver os pais fazendo
exames ou tomando vacinas e,também, é importante explicar o porquê desses
procedimentos.
Como
podemos observar, somos programados na infância pelo que ouvimos, então
precisamos estar em constante estado de alerta para programar nossos filhos de
maneira apropriada, pois estas marcas ficarão no inconsciente para sempre.
E
as cenouras? Mito ou verdade? Bem,pelo sim, pelo não, COMA-AS!
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Carta para uma filha
Antes de você
ir morar sozinha, preciso revelar alguns segredos. Espero que o susto dessas
revelações não te deixe num estado catatônico e impossibilitada de continuar
seus projetos.
Bem, lá vou
eu, respirei profundamente para encher-me de coragem e revelo que:
- a comida não se prolifera no
armário. Você tem que se deslocar ao supermercado e comprar.
- As compras não voam das sacolas
para as prateleiras. Você terá que retirar das sacolas e guardar no
armário,
- As refeições não se materializam
na mesa. Faça-as.
- Agora, o mais incrível de tudo:
as toalhas não voltam caminhando para o banheiro. E, mais surpreendente ainda, as roupas
não retornam limpas e passadas para as gavetas e armários. Você terá que
se dignar a recolhê-las e providenciar a lavagem.
- Os copos, pratos e talheres
permanecem sujos na pia mesmo após terem saído do armário e permanecerem
na pia por vários dias.
- E, agora, a pior de todas as revelações – uma verdadeira Epifania – meia-calça também precisa ser lavada.
Bem,
espero que o terror dessas verdades não te traumatize. Como você é uma pessoa
alfabetizada, culta e escoteira, acho que será capaz de superar a decepção,
causada pelo fim desses mistérios. Seja forte especialmente quando perceber que
os meus sapatos, bolsas, roupas e acessórios em geral não estão no quarto ao
lado. Ah, e também, não adiantará ligar com
o famoso “Quer vir me buscar?”
Perdoe-me
se te protegi demais e escondi esta dura realidade de você, mas seja bem-vinda
ao mundo dos adultos!
PS Mães também precisam de colo, às vezes!
Anna
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Mais ou menos
Certa
vez assisti uma palestra com o Dr. Roberto Shinyashiki e ele afirmou que seria
bom para nossa saúde e nosso bem-estar se toda noite ao deitar tivéssemos a
certeza que Deus nos abençoaria e diria “Obrigada, meu filho. Você está fazendo
um ótimo trabalho.”A certeza da missão bem cumprida propicia uma boa noite de
sono e uma vida mais feliz".
Enquanto
escrevo este texto, voltam à minha memória umas palavras que os lobinhos – ramo
escoteiro- sempre repetem: MELHOR MELHOR MELHOR. Por que esta busca pelo
melhor?
Concordo
com o Dr Roberto, não há nada mais compensador que a satisfação que advém de
ter cumprido uma missão. Por isso, faço um alerta para os professores e
líderes: ”Não se deixem contaminar pela
política do mais ou menos.”
Saber
o conteúdo é pré-requisito necessário para quem
se propõe a ensinar, todavia, faz-se necessário ir mais além: ter em
mente os objetivos a longo e curto prazo e planejar cada aula buscando
atingi-los. Dá trabalho? Toma tempo? Sim e muito, mas é o ônus da profissão
escolhida. Nada mais reconfortante que terminar uma aula com a convicção de ter
acrescentado algo à vida daquelas pessoas.
Existe
uma frase circulando na internet que
preconiza que ninguém deve sair do nosso lado sem ter aprendido algo
novo. Imagine, então, se esta pessoa for um professor. Acho que a responsabilidade é
dobrada.
Como
facilitador da aprendizagem, é preciso, antes da aula, parar e refletir para
escolher a melhor técnica de ajudar o aluno a trilhar este caminho. Não basta
passar o conteúdo exigido pelo MEC, há experiências de vida a compartilhar.
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
EAD - educação à distância
Super na moda e aparentemente a
solução para quem não tem tempo disponível, Educação à Distância ou,
simplesmente, EAD tem sido a escolha para muitos profissionais que buscam o
aprimoramento. Porém, a dúvida paira no ar: este tipo de ensino funciona mesmo?
Há seis anos atrás, matriculei-me
numa pós semipresencial pelos motivos
que a maioria das pessoas faz esta escolha:Tempo. Eu tinha dois filhos
pequenos, trabalhava muito, mas sonhava com esta pós há muito tempo. Porém,
esse esquema de passar o sábado todo na universidade ou frequentá-la duas
noites estava fora de cogitação em virtude da tenra idade de meus filhos. Minha
escolha foi acertada, pois eu tinha
aulas uma vez por mês aos sábados e tinha uma colega de turma em quem podia
realmente confiar. Foi uma ótima experiência e percebi que muitos desistiram
pelo meio do caminho ao descobrir que não existe mágica. O segredo está em sentar e
dedicar várias horas semanais ao estudos. Há muito o que ler, redigir e
pesquisar, mas é para isso que você se propõe a fazer uma pós, não é?
Acredito no sistema EAD, pois
além de economizar o tempo de percurso até a faculdade, há a vantagem da
flexibilidade de horário e o valor do investimento é bem mais acessível. Com
esta experiência positiva, resolvi iniciar outra pós, mas, desta vez, só
digital. Toda a plataforma é via internet, inclusive as avaliações e a entrega do artigo
científico.
Algumas pessoas questionam o tipo
de profissional formado nesta modalidade, porém eu questiono se estar matriculado
num curso presencial assegura a presença e a qualidade do ensino.
Acredito que nada substitui a experiência da vida no
campus em termos de aprendizado e, mesmo no quesito sociabilização, por isso
não aconselho para aqueles que nunca fizeram uma faculdade e ainda são jovens;
todavia, para os mais velhos ou para quem busca um segundo curso, é uma opção
que deve ser considerada.
Como já disse anteriormente, não
há passe de mágica. O sucesso nesse tipo de curso exige disciplina e
curiosidade. A pessoa tem que ser metódica e organizada para cumprir prazos e
traçar metas, caso contrário, não conseguirá cumprir os prazos. Antes de
matricular-se, avalie sua rotina diária e estime se realmente terá tempo para
dedicar-se a esta empreitada.Outro ponto
crucial é conhecer o seu estilo de aprendizado e elaborar um
planejamento para os estudos.Acredito que a pessoa curiosa e com vontade de
aprender, sempre encontra meios de atingir seus objetivos, não esmoreça.
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Meu filho cresceu.E agora?
Quando meu filho era criança, ele ganhou dos padrinhos um boneco do Incrível Hulk que aumentava consideravelmente
de tamanho quando imerso por muito tempo em água. Pois pasmem, algum processo
biológico/químico aconteceu e o meu filho cresceu enquanto fazia aula de surf.
Deve ter sido efeito da água salgada..só pode!!! Deixei-o como sempre faço sob
a supervisão da Escola de Surf e fui caminhar pela orla da praia.
Ao retornar, duas horas depois, vejo, ainda há certa distância que os alunos
encontravam-se em uma roda ouvindo as explicações e comentários do professor,
entretanto fui tomada por um profundo choque, ao verificar que meu filho era um
HOMEM. Ainda, naquele estado de descrença, perguntei a uma amiga se aquele
homem de lycra verde e bermuda preta com verde era meu filho e, ela, rindo,
respondeu-me afirmativamente. Parei ainda embasbacada e fiquei observando
aquele homem vindo em minha direção e pensei:”Meu Deus! Como ele cresceu em
duas horas?”
Assim, acontece, um dia minha
filha estava no meu colo, no outro já usava meus sapatos, planejava a festa de
quinze anos e escolhia a profissão que iria seguir.
Ainda estou na dúvida entre processar os responsáveis pela escola por
deixarem meu filho sofrer esse processo químico de transformação, reclamar
com Deus por permitir que o tempo passe tão rápido ou chorar..rs..
Hoje, novamente saindo da praia
com ele e mais alguns amigos, recordamos da época em que todos brincávamos na
areia fofa com baldinhos e pazinhas.
As horas voam e com elas as
crianças crescem – nem vou dizer que envelhecemos, prefiro pular esta parte e
abster-me deste tipo de comentário... rs- porém, restam-nos as boas lembranças
e histórias para contar.
O importante é viver e aproveitar
os momentos ao lado dos filhos enquanto podemos, para depois, com alegria e
orgulho, deixá-los partir confiantes pois tiveram uma boa base. Boa viagem, meus filhos!
domingo, 30 de setembro de 2012
Pense Bem
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Cromoterapia e dificuldades de aprendizagem
Ao assistir uma palestra sobre terapias holísticas e o campo energético humano com Janaina Rosa, foi impossível não pensar em como essas terapias poderiam ajudar meus queridos alunos com TDAH e outras dificuldades ou distúrbios de aprendizagem.
A palestrante dissertou sobre diversas terapias e ao ser perguntada sobre as dificuldades de aprendizagem, ela me explicou que, nesses casos por mim mencionados, pode haver um desequilíbrio de energia no cérebro e é possível equilibrar essa energia de forma a amenizar ou curar as dificuldades ou distúrbios de aprendizagem.
Empolgada com esta possibilidade, voltei a ler as anotações feitas durante um curso de seis meses que fiz sobre cromoterapia e comecei a alinhavar algumas ideias. A cor violeta, mistura de azul com vermelho, alia a energia do vermelho, cor energizante e estimulante, à energia do azul considerado um tom calmante, pacificador e neutralizante de energia negativa. Ainda segundo a cromoterapia, o tom violeta é capaz de controlar a fome excessiva, os batimentos cardíacos, alivia a enxaqueca e estimula a parte superior do cérebro. Vale salientar, que em muitos portadores de TDAH foi comprovada uma alteração nessa mesma área do cérebro, além da parte frontal.
Há outras qualidades atribuídas ao violeta como a diminuição da irritabilidade, o aumento do autocontrole e da autoestima- tão afetada pelo portador de dificuldades e distúrbios de aprendizagem.
A recomendação dos terapeutas é que a utilização desse tom é muito útil em ambientes onde se requer a concentração, ou seja, exatamente o que se requer do aluno. Gostei da explicação da Janaina, ao dizer que a mistura do rosa = amor com o azul é o equilíbrio com amor.E esta é justamente a minha proposta: que os professores não rotulem ou sentenciem os alunos, mas procurem trabalhar juntos e fazer a diferença na vida deles.Talvez, assim como os hospitais estão trocando o tom branco pelo verde, cor cuja vibração proporciona saúde física com propriedades anti-inflamatórias, anti-infecciosas e bactericidas dentre outros benefícios, talvez, esteja na hora de replanejar a cor das salas de aula e de estudos.
Um oferecimento:
Um oferecimento:
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Mundo da lua
“Eu vivo sempre no
mundo da lua
Porque sou um
cientista“
Eu vivo sempre no
mundo da lua
O meu papo é futurista é lunático”
O meu papo é futurista é lunático”
Quem já não teve um aluno que vive sempre no mundo da lua. O
professor acabou de dar uma informação e o aluno levanta a mão e pergunta
exatamente a mesma coisa. Risada geral da classe e o rosto surpreso do aluno
que não entende o motivo da risada pois sua pergunta era séria, porém, ou
inoportuna ou exatamente após a explicação do professor.
Por outro lado, outros
assuntos mais diversos atraem tanto a atenção de certos alunos que eles são capazes de dissertar sobre o assunto
ininterruptamente.
“Eu vivo sempre no
mundo da lua
Tenho alma de artista
Sou um gênio sonhador e romântico”
Tenho alma de artista
Sou um gênio sonhador e romântico”
Você conhece algum
artista que seja prático e cumpra prazos? Quanto mais criativo, mais sonhador.
Por este motivo, os povos antigos atribuem a inspiração às deusas. Os gênios ou
artistas parecem estar em outro mundo enquanto criam. As ideias aprecem ter
sido trazidas de outra dimensão.
“Eu vivo sempre no
mundo da lua
Porque sou aventureiro
Desde o meu primeiro passo pro infinito”
Porque sou aventureiro
Desde o meu primeiro passo pro infinito”
A rotina parece aniquilar a criatividade. O aluno não consegue
manter-se num mundo parado e calmo, então uma fuga surge rapidamente. É como se
um interruptor fosse ligado ou desligado sem
controle. Essas pessoas têm uma criatividade capaz de criar histórias
emocionantes e cativantes.
‘Eu vivo sempre no mundo
da lua
Porque sou inteligente
Se você quer vir com a gente, venha que será um barato’
Porque sou inteligente
Se você quer vir com a gente, venha que será um barato’
Além disso, o cérebro parece demandar doses de adrenalina que podem vir realmente por
intermédio de uma aventura ou, mais perigosamente ainda pelo uso de drogas.
Algumas drogas parecem ter um efeito que bloqueia esses devaneios permitindo ao
cérebro descansar um pouco. Na verdade, o cérebro não consegue filtrar os
estímulos e a pessoa sente -se
metralhada por mil informações simultaneamente sem conseguir selecionar
ou priorizar itens. Algumas drogas, à princípio, ajudam a focar mais ou a
relaxar. Por isso,precisamos ter cuidado e atenção. A pessoa com TDAH vai
procurar meios para conseguir a concentração necessária e, infelizmente, pode
ser nas drogas.
‘Eu vivo sempre no
mundo da lua
Porque sou inteligente
Se você quer vir com a gente, venha que será um barato
Porque sou inteligente
Se você quer vir com a gente, venha que será um barato
Pegar carona nessa
cauda de cometa
Ver a Via Láctea, estrada tão bonita
Brincar de esconde-esconde numa nebulosa
Voltar pra casa no nosso lindo balão azul’
Ver a Via Láctea, estrada tão bonita
Brincar de esconde-esconde numa nebulosa
Voltar pra casa no nosso lindo balão azul’
Muito inteligentes e criativos podem ser grandes profissionais e
companheiros divertidíssimos desde que consigam superar as dificuldades e manter
a auto-estima que, normalmente acaba abalada, sempre em alta. O portador de
TDAH precisa conhecer-se bem e estar cercado de pessoas que possam ajudá-los a
encontrar o foco. Não marginalize, coopere.
*Música Balão Mágico para ilustrar e tornar mais fácil a compreensão da mente do TDAH.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Corrupção é novidade?
Em tempo de lava-jato e escândalos políticos, eu não poderia deixar de mencionar um fato
real que faz parte da nossa história da Educação e que mostra que a corrupção é
história muito antiga entre nós.
No século XVIII, com o movimento
Iluminista, houve uma série de transformações na visão que se tinha de
educação. O Marquês de Pombal, com a Reforma Pombalina, buscava inserir
Portugal neste movimento de modo a alcançar um maior nível de desenvolvimento e
progresso; entretanto, sabe-se que não adianta criar leis, toda mudança tem que
vir de discussões e leituras críticas ou estará fadada ao fracasso.
Claro que tem o mérito de ter sido a primeira grande reforma educacional criando,
inclusive as escolas públicas no Brasil,porém, vejam se esta história soa
familiar: de modo a propiciar a educação
primária gratuita para todos os cidadãos foi criado o imposto chamado de Subsídio
Literário. Porém, apesar do imposto, pouquíssimas escolas públicas foram
abertas e somente a elite continuou a estudar, pois somente os mais
abastados tinham condições de ir para
os grandes centros ou para a Europa.
Voltando ao Subsídio criado, o
problema não foi a arrecadação nem insuficiência monetária. A questão, pasmem,
foi desvio de verbas. Portanto, não evoluímos nada: as mudanças continuam a
ocorrer forçosamente por criação de leis enfiadas goela abaixo sem estudo ou
conscientização e as verbas continuam a sofrer desvios de rota. Quanta novidade
eu postei hoje, não? Nada de novo, mas fica a certeza de que precisamos mudar desde as raízes. Vamos votar conscientemente sempre e ficar alerta.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Síndrome de Supermãe
Ao
ler o artigo de Thaís Lyra na AT Revista, lembrei-me da história contada por um casal
amigo. A matéria em questão começa com o seguinte parágrafo:
“Para boa convivência
social, todo cidadão segue regras e normas. Algumas, para funcionar, existem em
forma de leis. Outras dependem exclusivamente da consciência individual. Bom
seria se esses dois elementos andassem de mãos dadas para o exercício pleno de
cidadania.
Infelizmente, para algumas
pessoas, nenhuma das duas parece existir. Sobram comportamentos inadequados e
impensáveis, que tomam conta da nossa sociedade.”
Um casal amigo desabafou comigo a indignação perante a
ligação da coordenadora da escola do filho de 16 anos, pois ela ligou para comunicar que o aluno foi retirado
de sala e estava assinando uma advertência por ter saído de sala sem o
consentimento do professor. Os pais alegavam que o menino estava com
necessidade de ir ao banheiro e o professor havia se ausentado.
Expliquei
que, na realidade, o menino deliberadamente desrespeitou a norma da escola que
determina que ninguém pode sair da sala de aula sem autorização. Na verdade, os
adolescentes estão sempre testando seus limites, tentando liderar e ser
“engraçadinhos” e “populares” perante o
grupo. Caso a escola, não tomasse uma providência, os outros alunos passariam a
imitar a mesma conduta. Claro que não é adequado que o professor se ausente de
sala, porém, aos 16 anos, os alunos são capazes de aguardar alguns minutos ate
que o professor retorne.
Os
pais precisam vencer o instinto de proteção e evitar passar a mão
na cabeça dos filhos a cada delito que eles cometem. A consistência de
conduta é importantíssima, portanto, um
delito leva a uma conseqüência e esta
deve ser enfrentada.
Delito
parece um vocábulo pesado, afinal o menino
só foi ao banheiro. Mas, não é, trata-se como afirmou Thaís Lyra de um
comportamento inadequado pois uma norma da escola foi infringida. Uma postura
Ética, bem como, cidadã tem que ser exigida dos jovens.
Vencer
este instinto de proteção à prole é uma atitude difícil de ser tomada, mas fará
toda a diferença em longo prazo.
Certa
vez, recebi em minha caixa de emails, a comunicação de que meu filho não fizera
a lição de casa. Ao voltar do trabalho, adentrei minha casa FURIOSA. Sim, mães
também têm ataques de fúria. Falei do email, expliquei pela enésima vez a
importância de fazer as lições e avisei que,
a partir do próximo email, cada falta de lição corresponderia a uma
atitude minha que fui elencando, pausadamente, pois tive muito tempo para
pensar em todos os cortes às atividades lúdicas que eu poderia fazer.
Mais
tarde, meu filho procurou-me para desculpar-se e justificar que os professores
passam muitos exercícios para casa e ele, às vezes, não consegue dar conta de
todas as tarefas. Meu lado mãe, gostou da humildade em reconhecer o erro, porém
sentiu vontade de entrar em contato com a escola para conversar sobre o excesso
de tarefas. Todavia, observei que ele teve tempo para surfar na Net, assistir televisão e jogar
seus jogos favoritos. Por isso, embora até saiba que alguns professores, às
vezes, exageram, não tomei tal atitude. Meu filho precisa aprender a trabalhar
com prazo curto, a priorizar tarefas, organizar o tempo e assumir as conseqüências de seus atos.
Controlar o instinto materno não é fácil, mas necessário, senão corremos o risco de superar a SUPERMÃE criada pelo Ziraldo!!!
Criação de Ziraldo |
Marcadores:
adolescentes testando limites,
advertência,
castigo,
lição de casa,
meu filho tá sendo injustiçado,
passando a mão na cabeça,
punição,
supermãe,
superprotetora,
Thais Lyra,
Ziraldo
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Contribuição para um mundo melhor
Certa vez, ouvi numa palestra que,
quanto mais evoluída espiritualmente uma pessoa é , maior é o engajamento
em projetos sociais e comunitários pois a consciência
humana é ampliada.Na época, eu tinha duas crianças muito pequenas e ainda
trabalhava, por isso eu achava que não tinha tempo para mais nada. De fato,
crianças pequenas nos tomam muito tempo, porém hoje acho que um pouquinho de boa vontade pode mudar o mundo, pelo menos um
pequeno círculo ao nosso redor.
Sempre ouvi falar que se uma
pessoa muda, o círculo a sua volta
também sofre mudanças e hoje em dia constatei esta verdade. Hoje vejo meus
filhos tão engajados em ações sociais como eu mesma e o mais interessante é
que, às vezes, ainda me mandam cuidar dos meus próprios projetos porque os
deles estão ótimos! Bem, mal criação à parte, o exemplo é o melhor
instrumento no processo ensino-
aprendizagem.
Içami Tiba afirma que criança que
se sente parte integrante do grupo
familiar, ou seja, que visualiza seu papel importante dentro do núcleo familiar
tem menor probabilidade de envolver-se em drogas. Saber o seu papel significa
ter suas obrigações e responsabilidades em relação à família. Por isso, é
importante que a criança tenha suas tarefas dentro do lar: fazer a cama,
comprar certas coisas, colocar a mesa,
cuidar do animal de estimação, enfim deveres
que o farão sentir-se parte da engrenagem.
Acrescento que contribuir com
projetos sociais também ajuda a desenvolver
cidadãos que serão responsáveis pelo meio ambiente e pela comunidade. As
escolas têm feito um ótimo trabalho em relação ao meio ambiente, mas podemos
corroborar esse trabalho fazendo nossa
parte em casa como separar o lixo, controlar o uso da água e economizar
energia.
Alguns projetos simples como o
Word Rocks (visite: http://www.wordrocks.net/) ou a Ação do Coração também
unem a família e ajudam a criar laços, além de
desenvolver a consciência de que o mundo é muito maior que a nossa
família, nossa cidade ou nosso país.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
A Perda nossa de cada dia
Início
do ano letivo, reunião da escola, entrega de material, compra de uniforme,
lanchera e mala. Na cabeça da mãe, passa, como num filme, um milhão de detalhes
para resolver. O cenário mental é quase
dantesco: a mochila tem que ser com
rodinhas – para não prejudicar a coluna, o lanche tem que ser saudável – conforme determina a
nutricionista, o material todo etiquetado e encapado, enfim, uma mãe perdida
entre tantos papéis com tipos e padronagens diferentes e um medo imenso do que
a espera: deixar o filho na escola. Medo e ansiedade ancoram no coração das
mães.
Chegada
na escola, com a imensa sacola de material no ombro, o coração pesado com
saudade antecipada e a curiosidade
aguçada. Neste dia, a primeira reunião com a professora, ou melhor com aquela
que irá levar seus filhos para um outro lugar, ou melhor dizendo um outro mundo
onde a mãe não faz parte, pode até
visitar, mas não pode e não deve permanecer. Este fato fere com atrocidade um coração de mãe porque este momento de
deixar o filho na escola é um segundo parto, muito mais difícil que o físico
pois laços invisíveis parecem desfazer-se.
Enrijecida
com receio de que o filho sofra e, ao mesmo tempo, temendo que o filho se
encante demais com aquela que não é TIA, mas é chamada e será amada como tal, a
mãe leva o filho pela mão até sua sala. Ao deparar-se com a mulher que, daquele
momento em diante será considerada a mais inteligente das mulheres e sem
dúvida, emprestando o slogan do comercial de sutiã, a primeira professora a gente nunca esquece, a mãe hesita e torna-se difícil dizer qual sofre mais
:aquela mãe cujo filho se despede e se
entrega às novas aventuras com galhardia ou aquela cujo filho, sentindo a hesitação da mãe,
agarra-se tentando retardar a separação.
Todos
nós sofremos perdas e cortes dolorosos, mas, assim como a árvore não morre ao
ser podada, ao contrário, brota com mais vigor, o ser humano é capaz de se renovar a cada novo ciclo. As árvores são
símbolos do ser humano e do universo em suas vidas cíclicas: queda de folhas, brotos
novos, flores, frutos, sementes, nova árvore, novo broto e mais um ciclo de
vida com todos os mistérios da vida, morte, alegria e dor que se alternam na
existência humana.
Ao
sair da escola, de mãos vazias – pois o filho ficou na escola - e livre do peso
da sacola com material escolar, observe
as árvores do caminho. Elas também têm muito a ensinar!
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Briga entre irmãos
Ao ver a imagem acima no Facebook, lembrei-me que as pesquisas atuais levam à
conclusão que o modelo de núcleo familiar
tende a ser menor no futuro, pois a grande maioria das pessoas já está optando
por ter apenas um filho. Com esta nova configuração familiar, recomeçamos a
discussão sobre ser filho único e suas consequências;entretanto, o assunto que
vou discutir hoje é o oposto: a briga entre irmãos. Com esta nova estrutura
familiar este problema tende a deixar de existir.
Uma amiga querida, que foi filha única,
fez a opção por ter dois filhos e sempre costuma relatar como ficava surpresa
com os filhos brigando pois, além de ser uma situação completamente inusitada
para ela, ainda tinha aquele sonho de que eles fossem companheiros.
Antes de ter meus próprios
filhos, dividi o escritório com uma amiga cujos filhos adolescentes disputavam
o telefone sem fio e isto gerava uma briga acirrada na casa.Para resolver a
questão, minha amiga levava para o trabalho o aparelho dentro da bolsa de forma
a tentar evitar as brigas. Infelizmente, sempre em vão.
Não menos prosaico, na casa de outra amiga, eles brigavam pelas batatas fritas. Cada fatia frita era contada e tinha que ser dividida igualmente entre os três sem, contudo, resolver a questão, porque um deles sempre conseguia roubar uma batata do prato do outro enquanto ele se distraía. Bem, eles cresceram? Sim e não brigam mais pelas batatas, porém brigam por fotos nos porta-retratos. Isto terá fim???
Eu, particularmente, enfrentei
várias batalhas em casa. Se, por um lado, enquanto crianças, eles não
disputavam os brinquedos pois são de sexos diferentes, por outro lado,
cresceram e disputaram outras coisas.
Com a idade, começaram a brigar
pelo canal da televisão da sala de TV, antes sala de brinquedos. Resolvi esta
questão, colocando aparelhos nos quartos. Pensam que comecei a ter paz em casa?
Logo, arranjaram outro motivo de disputa: o Computador. Bem, providenciei outro
computador, na tentativa de conseguir trabalhar em PAZ. Ledo engano. Eles
continuam arrumando encrenca por qualquer coisa por mais banal que possa
parecer.
Segundo especialistas, as brigas
entre irmãos fazem parte do aprendizado. Desta forma, eles aprendem a respeitar
o outro, a fazer valer seus direitos e opiniões e a acatar a posição do outro. Realmente,
partilhar e dividir espaços não é uma
tarefa fácil. Hoje em dia, eles conseguem brigar até pelas redes sociais!!!!!
Uma amiga psicóloga aconselha aos
pais não se intrometerem nas disputas, porque nem sempre conseguirão ser
imparciais e impedem que as crianças aprendam a resolver conflitos.
Enlouquecedor para os pais, mas
de certa forma até engraçado em algumas situações, as brigas tendem a diminuir
com o passar dos anos. Espero!!!Meu objetivo com esta postagem é que você, querido leitor, sinta-se absolutamente NORMAL.
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