terça-feira, 27 de agosto de 2013

Fim da temporada de cruzeiros


Hoje entendo o que minha mãe queria dizer com tem que saber fazer para poder mandar. Deparo-me todos os dias com jovens acostumados de tal forma a só receber tudo pronto que estão crescendo achando que o mundo existe para servi-los.
Içami Tiba defende o ponto de que o jovem precisa ter obrigações dentro de casa para sentir-se membro integrado da família. Então, preocupo-me com jovens que nunca fizeram suas camas, não foram ao supermercado nem sabem onde ficam as coisas nos armários.
Aconselho aos senhores pais que encerrem a temporada de cruzeiros  dentro de seus próprios lares  onde após o banho larga-se a toalha no chão, a cama surge  feita, o quarto materializa-se arrumado, toalhas limpas brotam no banheiro e garçons sorridentes estão sempre prontos para servi-los.
Está mais do que na hora de guardar suas próprias coisas, preparar lanche para toda a família, lavar louça e servir.
Para enxergar como vive a maioria dos brasileiros, é preciso ir até eles e, nesse quesito, um trabalho voluntário mesmo que imposto é primordial.
Como disse Mário Sérgio Cortella em recente palestra, nossos jovens precisam entender que vaca não dá leite. É preciso madrugar e ordenhá-la. nada vem de graça e sem esforço.
Sempre é tempo de aprender. Não é preciso esperar que  a vida ensine.

sábado, 24 de agosto de 2013

Considerações sobre a educação: Ciclos

Considerações sobre a educação: Ciclos:  Após o falecimento da minha mãe, parece que houve o encerramento de um ciclo e, obviamente, o início de outro. Veja a continuação clicando sobre o título.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

No mundo de Alice...

Sociólogos afirmam que nossa sociedade institucionaliza todos aqueles que não agem de acordo com os parâmetros pré-estabelecidos. Assim, temos:
-pessoas infratoras são segregadas em penitenciárias;
-pessoas doentes ou senis são internadas em hospitais;
-crianças e adolescentes são mantidos em escolas.
Nesta linha, o que dizer das crianças especais? À título de socializar e integrar essas crianças à sociedade, elas são entregues a escolas regulares cuja estrutura e corpo docente nem sempre se encontram preparados para recebê-los e atendê-los efetivamente.
A legislação determina que a criança deve ser matriculada em escola comum e tem o direito de ser atendida no contra turno em uma classe ou instituição de forma a  promover um melhor desempenho e facilitar a construção dos conteúdos pretendidos. Entretanto, nem sempre é possível atendê-los  na própria unidade escolar e, nesse caso, as escolas especiais desempenham papel fundamental no que se refere ao apoio didático-pedagógico necessário.
Infelizmente, este cenário irá mudar pois o novo plano de educação prevê o fim das APAEs ( Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) até 2016 quando o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Especial (FUNDEB) deixará de ser repassado.
No mundo de Alice no País das Maravilhas, as crianças especiais teriam toda a atenção e recursos necessários ao seu pleno desenvolvimento oferecidos pela escola regular seja nas escolas públicas ou particulares.
Como estamos no Brasil, tememos pela falta de assistência total a essas crianças resultando em abandono mascarado pela aprovação automática.
Vamos ficar em estado de alerta e defender os interesses da população.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Não? Sim!!

Eu andava macambúzia pensando se haveria ou não de aceitar uma proposta que recebera. Fui ao cinema no fim de semana para me distrair, mas a questão insistia em voltar à cena constantemente. Saindo do cinema, entrei numa livraria e ao abrir um livro de crônicas, deparo-me com o seguinte título:  Diga sempre sim.
Daquele dia em diante, estas passaram a ser minhas palavras de ordem. Primeiramente digo SIM, depois como dizia minha mãe: Deus dirá o que há de ser. Quando o depois chegar, se chegar,resolvo como farei. Você facilmente concluirá que  tive diversos problemas, mas com certeza problemas reais e resolvíveis e não apenas fruto de minha mente aterrorizante e medrosa.
Hoje em dia, deixo que o Universo se encarregue de encaminhar certos assuntos. Nunca me  arrependi, pois enquanto coisas muito boas aconteceram, outros  projetos foram canceladas naturalmente.
Nossa sociedade é criada debaixo de nãos: NÃO mexa aqui, NÃO suba ali, NÃO faça isso. Lembro bem que meu pai dizia sempre Não a tudo que pedíamos, levei um tempo para entender que, quando minha mãe não sabia se havia de permitir ou não, mandava falar com meu pai que, por sua vez, para evitar trabalho, limitava-se a negar.
Mude os paradigmas um pouco.Diga sim e deixe fluir.

domingo, 18 de agosto de 2013

Tentando ser entendida pelos homens. Será possível?


Muito tem sido dito e escrito sobre a diferença  entre homens e mulheres, porém quanto mais leio e estudo menos entendo ou melhor mais observo as diferenças não só na maneira de agir, mas também de falar.
Esta semana disse para meu ex-marido:
- Estou pensando em encomendar uma cesta de café da manhã para o nosso filho em comemoração ao aniversário dele.
Bem, entretido ele estava  mexendo no celular e assim continuou. Mudo, sem resposta.
Então, alguns dias depois encomendei a cesta e simplesmente comuniquei-o da compra sem esperar nada em troca. A intenção era apenas comunicar o fato para que ele não fosse apanhado de surpresa quando nosso filho comentasse sobre o presente.
Nesse momento para minha surpresa ela respondeu genuinamente feliz:
- Que bom!! Ele vai curtir muito. Me passa o valor que eu deposito na sua conta.
Apanhada de surpresa, eu respondi que eu havia mencionado meu plano e ele não manifestara qualquer reação muito menos anuência. A resposta embasbacou-me mais ainda:
-Eu pensei: se eu disser que a ideia é boa, ela vai dizer que eu sou perdulário e se eu disser que não acho uma boa ideia porque já demos uma viagem de presente, ela vai me chamar de muquirana. Melhor ficar quieto.
Diante dessa resposta, lembrei-me dos livros  Homens são de Marte e  mulheres são de Vênus, de Jonh GrayPor que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor, de Allan e Barbara Pease. Em ambos os livros, as diferenças entre o que as mulheres falam e  que os homens realmente entendem são escaneadas e explicadas.
No segundo livro mencionado, os autores inclusive aconselham os homens sobre como responder quando uma mulher pergunta com que vestido ela deve sair. A lição para não sair mal na resposta e arruinar a noite é devolver a pergunta questionando qual ela preferiria e com que acessórios usaria. Só aí exclamar: -Então, vai assim. Vai ficar ótimo!! Ainda segundo os mesmos autores, ao perguntar a mulher  já sabia o que vestir e procurava apenas anuência do parceiro.
Concluindo minha  pequena história, eu realmente queria comprar a cesta porque afinal ele estava completando quinze anos e, apesar de já  ter usufruído de seu presente, eu gostaria de celebrar o DIA. E só perguntei porque sabia que perdulário com ele é,  ele concordaria. Ou seja, os autores estão certos. A mulher  já sabe a resposta, cabe aos homens descobrir qual é e dar a resposta esperada sob pena de confusão extrema.
E só para finalizar, sabe quem pagou pela cesta de café da manhã? Está curioso? Tente adivinhar..
Claro  que foi o pai -  o perdulário!!! Afinal, eu tive a idéia, fiz a compra,  acordei às 6 da matina pra aguardar a cesta chegar e levá-la até a cama. Trabalho em equipe!

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Você lê pensamentos?

Estava dirigindo meu carro sob uma forte chuva, quando meu filho ainda pequeno, sentado no banco de trás do carro, pergunta-me: “ Por que você está furiosa, mãe?” A pergunta  me deixou estupefata e, sem conter um sorriso respondi que não estava furiosa, apenas muito séria pois estava concentrada no trânsito.
Ao mesmo tempo, fiquei feliz porque percebi que meu filho estava tentando ler meus sentimentos, analisando minha expressão facial pelo espelho.
Este tipo de leitura é o que podemos chamar de inteligência social ou emocional voltada para os relacionamentos  e, ser capaz de ler e interpretar os próprios  sentimentos  e os alheios, ajuda muito na interação com o meio e com nossos pares. Por exemplo, o bom leitor saberá discernir  entre:
·         o momento adequado para pedir a sonhada promoção ou simplesmente sumir do campo de visão do chefe!
·         contar para o pai a arte feita ou aguardar um momento mais propício.
·         estar junto com os amigos ou isolar-se um pouco até que esteja mais calmo.
·         pedir um prazo maior para entregar a tarefa pedida pela professora ou prometer ficar depois da aula e terminá-la ainda no mesmo dia.
Este conhecimento tão importante para a sobrevivência em sociedade, pode e deve ser transmitido e treinado desde a infância com atividades simples como analisar as feições dos personagens dos desenhos infantis, filmes e fotos em família.
Observemos a clássica história da Branca de Neve e os sete  anões. Cada anão  representa um sentimento que aparece, simbolicamente, caracterizado pelo nome e pela expressão facial e comportamental:
  • Zangado, sempre muito ranzinza e do contra com aquela expressão pesada e carregada
  • Dengoso, um contraponto, sorridente, engraçado e cheio de carinho
  • Feliz, outro contraponto, esbanjando positivismo com sua expressão tranqüila
  • Atchim, um tanto irritado com alergia, mas de natureza leve
  • Mestre, autoritário, sério, pensativo, mas amigável
  • Dunga, tímido, ingênuo  e meigo
  • Soneca, de olhinhos apertados, cansado e sempre moroso e preguiçoso

Em casa, quando um de nós está exacerbado em seus sentimentos, espalhando flechas de raiva para todos os lados e contra todos, repetimos a frase de Bela para a Fera: - Você precisa aprender a controlar seu gênio, Fera!

Todos têm momentos de Fera e de Bela e aprender a reconhecê-los em nós mesmos e nos outros pode ser a chave para Viver Bem.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Os três macaquinhos


Os macaquinhos deram cria!!!! Lembra da história dos três macaquinhos que nada ouvem, nada falam e nada veem? Bem, em tempos de tecnologia, precisamos acrescentar mais um: nada escreve.
Você poderá achar que me refiro àquelas pessoas que bisbilhotam nas redes sociais, mas  nunca curtem, comentam, compartilham ou respondem a qualquer questionamento. Porém, o assunto é muito mais sério. Remeto-me ao sábio ditado que diz que a palavra é de prata e o silêncio é de ouro. Às vezes, comentar uma postagem ou responder a um e-mail pessimista ou agressivo, apenas fornece mais oxigênio para combustão. Melhor não ler nem em braile, nem tampouco responder. O tempo se encarrega de tudo e coloca tudo em seu lugar. Não é omissão, é estratégia. É diferente.
O mesmo vale para a disseminação de notícias falsas e maledicência. O poder das redes é muito maior do que imagina e enxerga nossa superficial inteligência, por isso, precisamos ser cuidadosos com o que postamos e, portanto, multiplicamos.
Ainda em relação às postagens, a baixa –estima também traz  muitas confusões pois, como bem definiu uma amiga, algumas pessoas acreditam que o mundo gira a sua volta e tudo é uma indireta para elas. Este sentimento gera problemas de relacionamento, brigas e confusões. Minha amiga define estas pessoas como Central Globo de Produções – tudo é produzido para atingi-las. Não há como evitar completamente, mas podemos ao menos tentar com discernimento e  uma dose de cautela.



segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A música e a matemática

Há pouco tempo atrás, fiz uma postagem intitulada :”Qual é o seu número?”  onde prego que as pessoas deveriam se preocupar mais em conhecer o SER e preocupar-se menos com o TER. Minha amiga Física, não perdeu a oportunidade de me provocar defendendo sua seara e afirmando que o mundo é  composto de números. Concordo com minha amiga, os números são a base de tudo.
Certa vez, estava numa churrascaria com alguns amigos, quando uma das mulheres perguntou: “Vocês contam?” Nesse momento, alguns riram outros responderam prontamente, - Conto! Algumas pessoas como eu, contam tudo o que surge a frente como batentes de porta, vitrais, número de pessoas num ambiente, barras de metal ou madeira, tetos ou pisos de madeira ou com simetria de linhas, enfim uma gama de contagens. Pra quê? Não sei, simplesmente, contamos.
Quando meus filhos eram pequenos tentei criá-los  vendo que a matemática faz parte do nosso cotidiano tanto quanto conversar e olhe que eu falo muito!! Nesta empreitada em que eu almejava educá-los sem o MEDO da matemática, fomos treinando contar degraus, objetos, dar e fazer troco, somar, subtrair, multiplicar sempre de maneira informal, simples, mas mostrando que fazemos isso a toda hora.
Hoje, meus filhos me dão aulas e broncas sobre controle financeiro, economia e juros. Acho bárbaro!! Criei dois monstrinhos, pois eles gostam de matemática, livros e música. Os aprendizes superaram e muito o mestre. Mas, como a música entra em tudo isso? Ouso dizer que desde sempre, a Música e a Matemática caminharam juntas e têm Pitágoras e Bach como  expoentes desta caminhada. Por isso, vibrei ao ver a obrigatoriedade do ensino de música nas escolas.
A Música nas escolas  tem um caráter múltiplo e importantíssimo:
  • Poderá  acalmar ânimos mais quentes
  • Provocar mais sinapses cerebrais
  • Despertar o interesse pela Arte
  • Facilitar a compreensão de matemática e física.
Howard Gardner, com a teoria das inteligências múltiplas, defende que:
              “Na época medieval, o estudo cuidadoso da música partilhou muitas
características com a prática da matemática, tais como um interesse em
proporções, padrões recorrentes e outras séries detectáveis. ... Novamente no
século XX _ primeiramente na esteira da música dodecafônica, e mais
recentemente, devido ao amplamente difundido uso de computadores _ o
relacionamento entre as competências musical e matemática foi amplamente
ponderado. A meu ver, há elementos claramente musicais, quando não de “alta
matemática” na música e estes não deveriam ser minimizados. (GARDNER, p.
98)   in GARDNER, H. Estruturas da Mente: a Teoria das Inteligências Múltiplas. Trad.Sandra Costa.
A música pode tornar mais divertido e concreto o estudo da matemática e da física e estas ciências podem colaborar com uma maior compreensão da Música e das Artes!  Trabalhando interdisciplinarmente  obteremos resultados melhores!
Para encerrar, a Matemática na música atual:
“E as contas são só pra te mostrar
Que o que conta é a soma dos sorrisos e da paixão
A matemática do teu coração”  (Restart -  Matemática)








quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Antonio, Ludwig, Richard ou Wolfgang?

Antonio, Ludwig, Richard ou Wolfgang? 

   Pode  parecer uma lista de nomes prováveis para um bebê , porém é muito mais ousado que isso. Acompanhe comigo.
   O  livro de Leonard Milodinow intitulado Subliminar: como o inconsciente influencia nossas vidas, descreve uma experiência na qual, embora os clientes afirmem não ter percebido sequer que havia música,vinhos franceses foram muito mais vendidos  enquanto música francesa fazia fundo dentro da enoteca.
   Ao ler este dado, lembrei-me de alguns estudos que propõem música de fundo nas salas de aula. Segundo a  pesquisa de Gordon Shaw, ouvir Mozart ativa as ondas cerebrais auxiliando o desenvolvimento do raciocínio e a solução de desafios ou problemas.
   Em 1989, o neurobiólogo Gordon Shaw  começou a apresentar seus estudos  defendendo esta teoria. Mais recentemente, usando aparelhos de ressonância magnética para mapear áreas do cérebro, pesquisadores observaram que, além do córtex auditivo e das partes associadas à emoção, ocorre um fenômeno como se todo o cérebro se  acendesse incluindo a coordenação motora, visão e outros processos cerebrais mais sofisticados. Na mesma linha, estudos têm comprovado o efeito das composições de Beethoven sobre células cancerígenas e Vivaldi  parece acalmar a mente aumentando a criatividade.
   Vale a pena tentar, pois em última instância as crianças, sejam elas Antonio, Maria, Lilian ou Ludwig, estarão aprendendo a ouvir e gostar de música clássica. 

Bibliografia: visualizado em 24/07/2013: