O que um artista é capaz de fazer? Ele pode te fazer sorri,
gargalhar, chorar, pensar.
Bem, Peter Eisenman me fez ficar triste, pensativa e com
medo. Visitando o Memorial do Holocausto, senti-me assim.
O dia não poderia ser mais propício: cinza, nublado, frio, muitoooo frio naquele
ponto que uma leve neve cai, mas sem a beleza, só o frio que congela e dói
fundo..penetrante...aquele tipo que chega nos ossos, na alma e te derruba......as
emoções oscilam entre medo, tristeza e depressão. Caminhar pelos corredores
pretos, entre caixas que pareciam túmulos..ora gigantes..ora pequenas...o chão
em desnível...a distância que parece estreitar-se esmagando os que ousam
caminhar. Os blocos de cimento têm altura e largura variada, então o que aprece
ser organizado, na verdade só parece...gera insegurança e instabilidade. Não se sabe quem está na próxima esquina:
amigo ou inimigo?
Embaixo, desta obra de arte super interativa e com esse
sentimento de tristeza, medo e opressão, dirigimo-nos ao museu no andar
inferior. Relatos, objetos, fotos, fatos, a história de horror contada por quem
a viveu.
Lendo as cartas e cartões postais, pensei quem gosta de
escrever, sempre escreve, não importa o quão difícil a situação esteja. É como
um paliativo, uma catarse...assim, entendi a Anne Frank e seu diário. Todos os filmes e livros passaram pela minha
mente...A que ponto um ser humano pode chegar? O que uma pessoa pode levar
outros a fazer?
Saí reflexiva, porém uma nova pessoa. Dali, fui correndo
visitar ouros artistas na Galeria ao ar livre do Muro...queria continuar nas
artes, porém precisava respirar! Esta visita, eu conto depois.
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