terça-feira, 2 de abril de 2013

Reminiscências de uma adolescente


Antonio Manzione foi meu professor de violão na minha adolescência e aprendi muito com ele. Por exemplo, ele dizia que, ao admitirmos que não sabíamos algo, abríamos o coração, a mente e o peito para aprender. Lembro-me ainda do movimento que ele fazia para inspirar o ar  afirmando que, desta maneira, abrimos espaço para aprender. Não saber não é errado nem feio, feio é fingir que sabe, ele dizia.
Também, como todo treinador, coach ou técnico, ele perdia a paciência e gritava conosco, porém sabia pedir desculpas  quando percebia que perdera a cabeça conosco. Nestas horas, toda a mágoa que eu sentira se esvaía pois eu via como Ele era grande e humilde ao mesmo tempo.
Se aprendi violão? Um pouco, ainda dedilho algumas músicas clássicas. Todavia, aprendi sobre  compositores, artes, filosofia e principalmente sobre  o que torna uma pessoa  grande. Não é o conhecimento que tem, a estatura, a posição social ou o dinheiro, mas sim a coragem de admitir um erro e desculpar-se. Como diz Glória Kalil, a elegância sempre  cabe em qualquer lugar falando ou escrevendo. Certos exemplos jamais são esquecidos.

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