Jamais esquecerei as palavras de Roberto Shinyashiki em uma das muitas palestras que assisti. Ele declarou que, como médico, presenciou muitas pessoas em seu leito de morte. E, que nesse momento, as pessoas não se lamentavam pelo que deixavam de comprar ou pelas aplicações financeiras que não fizeram, porém todos, incondicionalmente, lamentavam-se de não ter vivido mais no sentido de curtir, aproveitar mais os familiares e amigos. Lamentavam-se de ter deixado de dizer o quanto admiravam ou amavam alguém.
Preciso assumir que gosto muiiiiito de dinheiro sim, adoro fazer compras, todavia, amo muito mais estar entre amigos e familiares. Por isso, tenho buscado o equilíbrio entre trabalho e vida social, pois também amo meu trabalho e sou feliz fazendo o que gosto.
Quando minha mãe faleceu, revi o tanto que ela trabalhou sonhando com o dia que se aposentasse e planejando tudo o que faria. Não sobrou muito tempo para curtir a aposentadoria tão almejada.
Procuro então viver o hoje. Não é tarefa fácil. Segundo os astrólogos, é uma missão quase impossível pois nasci sob o signo de câncer – que vive do passado – e tenho aquário como ascendente – que vive para o futuro. Portanto, o presente não existe para mim. Mas, encaro como um desafio e o meu aprendizado neste mundo: viver o hoje e, como dizia minha mãe: “O amanhã Deus dirá o que há de ser.”
Nesta minha filosofia de vida, este ano resolvi pedir alguns presentes.Deixei minhas amigas um tanto surpresas com a minha ousadia e ao mesmo tempo com a simplicidade do pedido. Porém, devo confessar que foram presentes que serão sempre inesquecíveis por tudo que eles significam.
Para minha comadre e amiga, pedi rabanadas ou aletria.Ela ficou até embasbacada com o meu pedido. Mas, compreendeu que ambos, pratos portugueses remetem à minha mãe, à minha infância e à mãe dela também.Durante minha infância, estes eram típicos pratos natalinos e já casada, passando as festas no salão de festas da minha casa, a mãe da minha amiga trazia as rabanadas para a minha casa. Não é o simples desejo, é a viagem ao passado, aos momentos felizes.Se eu mesma fizesse, não seria a mesma coisa. Tenho que receber como foi na minha infância e num passado mais recente. Como o signo determina, preciso reviver o passado.
Para uma outra amiga, na maior simplicidade eu disse de chofre: “Você bem poderia me dar um presente de Natal..” Surpresa ela disse que se fosse possível, ela me daria. Eu expliquei que adoro decoração de Natal e por isso sempre levo meus filhos para ver a decoração de Natal. Porém, estou sempre dirigindo. Eu queria que alguém dirigisse para mim. Foi divertidíssimo pois várias outras amigas juntaram-se a nós nesta jornada mágica. Se milagre de Natal existe, bem ele aconteceu. Oito mulheres passearam pela cidade curtindo muito os enfeites de Natal. Uma das minhas amigas tirou até foto com um duende. Na verdade, planejamos uma viagem intergaláctica pelo mundo das estrelas e das luzes com ajuda da cientista do grupo.e respeitando a determinação do meu ascendente. Mas, acabamos realizando uma viagem de alegria, companheirismo, felicidade e magia. A magia do Natal nas coisas mais simples.
Encerro esta postagem com uma frase de Manuel Bandeira:
“Quero a delicia de poder sentir as coisas mais simples.”
amiga, você sempre nos surpreendendo com seus deliciosos textos!
ResponderExcluirNeste 2011 que se vai, amei poder compartilhar o "presente" da sua amizade ...Que ela se fortaleça em 2012,!
Bjs na Alma e te amo sempre!
Deliciosos textos foi o trocadilho perfeito!!!rs Obrigada!
ExcluirAnna...adorei suas considerações e para mim tb é muito difícil viver o presente.estou lendo o livro "o poder do agora" e estou adorando.Recomendo.Sou muito preocupado com o futuro,sou escorpião,e não consigo me desligar do amanhã,mas estou tentando.A propósito: adoro rabanadas,minha sogra sempre faz para mim e me lembra minha querida mãe.
ResponderExcluirbeijos e viva como se não houvesse amanhã.
Vou comprar esse livro, Edu. acho que poderá me ajudar. Obrigada!
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