Catherine Shaw (1995) e outros pesquisadores têm estudado os efeitos da maneira como os pais falam com os filhos na aquisição da linguagem. Pesquisadores observaram, que em família, os adultos tendem a modificar a maneira como falam ao dirigir-se às crianças. Este discurso é caracterizado por um ritmo mais lento, intonação mais pausada, tom de voz mais alto, sentenças curtas, repetição constante e paráfrases.
Este estudo demonstrou que essa atitude em relação ao aprendizado da língua não é igual em todos os grupos sociais. Em algumas sociedades, os adultos não interagem com crianças em termos de estabelecer diálogos. Em certos grupos na África, espera-se que a criança apenas observe e ouça. Crianças não são motivadas a participar de conversas até que tenham desenvolvido habilidades verbais.
Apesar dessas diferenças inerentes a cada cultura ou grupo sócio-econômico ou cultural, em toda sociedade as crianças estão em situações nas quais escutam a língua em um ambiente contextualizado e adquirem competência na comunidade linguística a que pertencem. Por isso, é difícil julgar o efeito causado pelas modificações no discurso direcionada a crianças.
Fonte How languages are learned by Patsy M. Lightbown and Nina Spada
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