Normalmente, conforme a inspiração
me visita, vou escrevendo os textos e salvando-os em minha pasta intitulada
BLOG. Posteriormente, pesquiso
seriamente o assunto e escolho imagens.
Certa noite, eu estava
desesperada atrás de um texto que eu tinha certeza que havia escrito e não
conseguia encontrar. Procurei em outras pastas, usei instrumentos de busca,
pedi para verificar se eu tinha salvado nos laptops dos meus filhos e....NADA.
Meus filhos tentavam me ajudar, mas não houve meio de encontrar o documento.
Apesar das buscas infrutíferas, eu tinha certeza que havia redigido o texto e,
infelizmente, sabia que não conseguiria reescrever da mesma forma e com a mesma emoção. Resumindo, eu me
sentia arrasada pela perda da minha criação única e, para mim, de valor
inestimável.
No dia seguinte, enquanto
aguardava uma consulta médica, comecei limpando minha bolsa e, para minha
surpresa, lá estava em um pedaço de papel o meu texto perdido!!!! Que
Felicidade!
Assim que meus filhos retornaram
da escola, logo me perguntaram se eu havia encontrado o texto pois eles presenciaram meu sofrimento na noite
anterior. Ao relatar o que acontecera, eles me olharam surpresos como quem olha
um ET e exclamaram:
-Você salvou o texto em papel?
Não digitou o texto? Como assim?
A surpresa genuína deles me fez
enxergar que as novas gerações, quero dizer, as crianças que estão agora no
maternal não usarão cadernos, nem tampouco lápis ou canetas.Pelo menos, não da forma como nós
conhecemos.
Como educadora, sempre defendi
que o ato de escrever leva a informação diretamente ao cérebro e, portanto,
gravamos e aprendemos melhor ao escrever. Há uma confluência de capacidades
pois o estudante usa energia cinética para escrever e visual. Claro, que há os
que memorizam melhor lendo em voz alta e é importantíssimo cada um observar
qual método melhor se aplica. Quando meus alunos alegam não saber estudar, eu interrompo meu planejamento e converso com eles sobre as
várias técnicas existentes. Vou explicando que segundo a teoria de Gardner, há
vários caminhos e cada um tem que
descobrir o seu.
Hoje, descobri que novos caminhos
estão se abrindo e as novas gerações descobrirão seus meios com a presença
indiscutível da informática. Comecei a observar que mesmo eu não sendo nativa digital, eu escrevo muito pouco, pelo
menos da maneira convencional. Embora
com o professora ainda use muito o quadro, também uso Powerpoint ou
lousa interativa, além disso, no cotidiano até o cheque, raramente usado hoje
em dia, é preenchido pela máquina. As listas de supermercado são digitadas e
enviadas ao estabelecimento e, até mesmo, os recados são enviados via email ou
via mensagem de texto. Se na minha vida de não nativa digital, eu utilizo a
letra cursiva muito pouco, imagine nossas crianças de são nativas digitais e
carregarão consigo sempre um gadget minúsculo, mas efetivo. Creio que
escreveremos e leremos cada vez mais,
porém de uma nova forma. Observe ao seu redor.
Veja a importância da letra cursiva em:
http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/video-correto-deixar-ensinar-letra-cursiva-639172.shtml