No livro, Comunicação entre pais e filhos , Maria Tereza Maldonado afirma que muitos pais necessitam fazer tudo pela criança para se sentirem úteis. À medida em que o filho cresce, sentem-se sem função, sozinhos e, ainda ressentidos quando são pouco solicitados.
Ser bom pai ou boa mãe, às vezes, tem o significado de dar tudo para a criança. Nesse contexto, predominam as atitudes de renúncia ( “Ser mãe é padecer no paraíso”), em que só as necessidades do filho são levadas em consideração, enquanto as dos pais ficam relegadas a segundo plano para poderem viver em função do filho. Essa atitude costuma encobrir um sentimento de culpa – a sensação de que, se cuidarem de si próprios, estarão abandonando a criança, deixando-a de lado. A atitude de renúncia crônica acaba criando insatisfação e frustração.(p. 18 e 19)
Por isso, os pais precisam resguardar o seu espaço, o seu tempo livre. Há tempo para tudo e a organização do lar precisa incluir horas em que o casal possa ficar sozinho. Faz-se necessário dispensar tempo para o lazer que não inclua os filhos. Essas horas não servem apenas para que os pais possam recarregar a energia dispendida na educação dos filhos, mas , também, para que as crianças aprendam que não são o centro do universo e que há momentos em que precisam esperar. Faz parte da vida lidar com frustrações e ter que esperar, portanto, precisamos aprender essas lições desde criança. Não se sinta culpado, curta seus momentos únicos e necessários para continuar a jornada, afinal, todo viajante para embaixo de um árvore para descansar.
Ótima reflexão, Ana!
ResponderExcluirÉ preciso achar tempo para nós, para a casa e para o casal também, senão o casamento "acaba".
Bjs!