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terça-feira, 15 de fevereiro de 2022
Foco pós lockdown
Por que é tão difícil manter a concentração? Será em virtude da tecnologia?
Segundo o psicólogo Gary Marcus da Universidade de Nova York, “para nosso ancestrais, o tipo de memória que queremos ter agora, não era necessária.” Nosso cérebro foi moldado e treinado para ver tudo o que está a sua volta analisando os perigos em geral e não um ponto estático. Somente neste momento de nossa evolução, temos o conforto de não precisar mais dessa capacidade de visualização geral e de busca de recompensas imediatas. Porém, após milhares de anos sobrevivendo com a programação reptiliana, torna-se difícil mudá-la sem esforço.
Somos capazes de acionar nosso neocórtex para cumprir tarefas como focar na leitura de um livro ou tomar uma decisão a longo prazo; entretanto, precisamos lutar contra a parte mais primitiva do nosso ser. Por exemplo, algumas vezes, embora a educação alimentar nos ensine a fugir das frituras, a necessidade de buscar prazer rapidamente e saciar este desejo impera e ingerimos o chocolate ou a fritura. Da mesma forma, o que é mais atraente e prazeroso: sapear pelas redes sociais em busca da novidade ou estudar para a prova?
Fazer a escolha mais apropriada e racional exige uma luta contra nosso instinto primordial e, também, muito treino.
Por isso, recomendo aos pais e professores que ajudem seus filhos nesta tarefa de seleção e resistência aos instintos. Há hora para tudo e cabe aos pais determinar esses limites. Seguindo a mesma teoria da história da humanidade, não é por acaso que o ser humano é o animal que continua dependente de seus pais por mais tempo. As crianças e adolescentes precisam dos pais por perto delimitando, instruindo e premiando. Mãos à obra.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2022
Volta às aulas e concentração
Televisão, Facebook, Twitter, Mensagens de texto, instagram, youtube, what´sapp, vídeo games: tudo isso é muito mais interessante que estudar ou ler um livro. Porém, nem tudo está perdido, segundo psicólogos e neurocientistas, é possível desenvolver a concentração.
Segundo especialistas em meditação, nosso cérebro normalmente mantêm-se em uma frequência muito alta para lidar com toda a gama de informações recebidas, então o primeiro passo é baixar esse fluxo de pensamentos. Há várias técnicas de meditação, mas o mais simples e fácil de fazer é prestar atenção na respiração de modo a esvaziar o cérebro.
A habilidade de se concentrar varia de pessoa para pessoa, mas, assim como habilidades podem ser treinadas, melhoradas ou ampliadas, da mesma forma, a concentração pode ser trabalhada.
Outro fator que afeta diretamente a atenção é a emoção. A neurociência afirma que é um processo de escolha do que é importante, uma vez que, embora o lobo frontal seja responsável pelo comportamento e pela tomada de decisões, todo o sistema sensorial está envolvido, segundo Ivan Hideyo Okamoto, da Universidade Federal de São Paulo. Nosso sistema límbico, que comanda as emoções, sempre favorece os elementos que despertam sensações intensas.
Parece impossível vencer esta habilidade nata para a desconcentração?
Nem tanto, segundo David Schlesinger, neurocientista do hospital Albert Einstein, a plasticidade do cérebro, ou melhor, dizendo, a capacidade dos neurônios de se redistribuir de acordo com a necessidade e o treino, pode ser trabalhada da mesma forma que exercitamos os músculos tornando-os mais fortes.
Portanto, treine a concentração diariamente quando estiver fazendo tarefas de que não gosta e respire mais calmamente, prestando atenção ao movimento de saída e entrada do ar. É como ir para a academia todo dia, é mais difícil no começo, mas depois começa a fazer parte do nosso dia-a-dia.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022
Atraindo adolescentes com séries de TV
Já ouviu alguém dizendo que “os alunos não são mais como eram antigamente”. Claro que não são, pois as pessoas mudam e plagiando o título de um filme antigo..” E assim caminha a humanidade…todos mudamos, logo nem os alunos, nem os professores e, portanto, nem a escola, continua igual. Crianças e adolescentes não sustentam o foco de forma semelhante ao dos adultos, então como mantê-los interessados na aula?
Partindo desta ideia, atribuí uma tarefa a cada grupo: observar vestimenta, trabalhos realizados e vida social. Com o foco em mente, mostrei uma cena do Downton Abbey. A série se passa em sua maior parte em uma propriedade fictícia, localizada em Yorkshire, chamada Downton Abbey e segue os Crawley, uma família aristocrática inglesa, e os seus criados, no início do século XX, a partir de 1912. a audiência é considerada alta para uma série de época e recebeu diversos prêmios e indicações desde a sua primeira temporada. Tornou-se a série de época britânica de maior sucesso desde Brideshead Revisited, de 1981,6 e entrou no Livro Guinness dos Recordes de 2011 como o “programa de televisão em língua inglesa mais aclamado pela crítica ( ref. Wikipedia). Discutimos a cena comparando o estilo de vida da época com o atual e um pouco de gramática com o uso de used to.
Numa outra etapa, discutimos sobre nomofobia. Nomofobia vem de NO MOBILE e é o termo usado para descrever a fobia ou sensação de angústia que surge quando alguém se sente impossibilitado de se comunicar ou se vê incontactável estando em algum lugar sem seu aparelho de celular ou qualquer outro telemóvel.
Cada aluno foi dizendo como se sente sem tecnologia e internet. Discutimos o uso em áreas públicas incluindo riscos de furtos e à própria vida devido à acidentes causados pela distração.
A seguir, mostrei uma cena de The Walking Dead, a série que é uma febre entre o público jovem.A sinopse descreve um Apocalipse que provoca uma infestação de zumbis na cidade de Cynthiana, em Kentucky, nos Estados Unidos, e o oficial de polícia Rick Grimes (Andrew Lincoln) descobre que os mortos-vivos estão se propagando progressivamente. Ele decide unir-se aos homens e mulheres sobreviventes para que tenham mais força para combater o fenômeno que os atinge. O grupo percorre diferentes lugares em busca de soluções para o problema.
Concluímos que filmes de zumbis, vampiros e novas sociedades ( como as séries Divergente, Maze Runner ou Jogos Vorazes) fazem sucesso porque dão sentido a este mundo contraditório que por um lado avança em tecnologia, mas, simultaneamente, desfaz ou quebra as relações humanas apesar da constante conexão virtual. Neste contexto, a solidão profunda alia-se a deterioração ecológica num mundo onde a degradação humana e ética evidenciam-se.
Objetivos alcançados: alunos refletindo sobre a vida e interessados.
link:
https://www.youtube.com/watch?v=G_pgndlBfRc
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