Viajar é sempre um bálsamo para feridas.
Normalmente, o aprendizado e o encontro com o novo renovam a energia, a saúde e o humor. Porém,
uma viagem em particular me trouxe benefícios diferentes porque não foi o lugar,
mas as pessoas que me trouxeram este renascimento.
O Uruguay é um país maravilhoso. Amei a capital – Montevideo
– Punta de Leste e Colônia do
Sacramento. Cada uma me conquistou de um forma e voltaria muitas vezes a cada uma delas; entretanto,
devo às pessoas que conheci ,nesta
viagem, o toque mágico.
Ainda no Brasil, as afinidades já começaram com as compras
no Duty Free. Uma oferta na Michael Kors já gerou a primeira foto e o murmurinho entre as
mulheres. Como na música dos Titãs :“ O acaso vai me proteger enquanto eu andar
distraído” . E tão distraídas estávamos que nem nos importamos pelo atraso do
voo. Bem, na verdade, três horas num aeroporto é muito tempo. Só a
companhia agradabilíssima dessas mulheres que eu acabara de conhecer foi capaz
de fazer o tempo voar. E, durante essa espera,
iniciamos uma viagem por nossas histórias desde a procura pelo restaurante
indicado pela companhia aérea para o
almoço..
Imaginem a confusão quando todos os passageiros tiveram que
almoçar no mesmo pequeno restaurante. Naqueles momentos, revezando quem tomava
conta da bagagem de mão e das comprinhas já feitas, a escolha do que almoçar e
como dividir as sobras, os assuntos foram sendo tecidos. Nada como um café para aquecer uma conversa e quem sabe até um chocolate para
adoçar a conversa.
E, assim, em muitos
almoços, jantares, cafés e caminhadas ou
entre uma foto, uma comprinha básica
e uma olhada no celular, havia sempre alguém para abrir o coração,
compartilhar uma história e me fazer lembrar da parábola de Buda:
Uma mulher vai até Buda com o
filho morto nos braços e suplica que o faça reviver. Buda diz a ela que vá a
uma casa e consiga alguns grãos de mostarda. Mas, para trazer de volta a vida
do menino, esses grãos devem ser de uma casa onde nunca morreu ninguém. A mãe
vai de casa em casa, mas não encontra nenhuma livre da perda.
A parábola budista explora a
lição mais óbvia e mais difícil da vida: A MORTE É COMUM A TODOS. Todos têm uma
experiência próxima de morte ou na família ou de amigos ou de amigo de algum
amigo. Como aliviar o luto então?
Eu precisava muito desse tempo e dessas conversas. Ouvir os
momentos difíceis das outras pessoas e como superaram seus lutos ( falecimentos, doenças, problemas no trabalho, dificuldades
financeiras, pais idosos, filhos
mudando), bem como falar de minhas próprias dores, ajudou-me a
cicatrizar feridas e a entender que Tudo acontece por um propósito maior.
Retornando à música dos Titãs: “Cada um sabe a alegria e a
dor que traz no coração”
Não faltaram as comprinhas para a família, promoções no
shopping e, antes de juntar as moedinhas
para torrar todos os pesos uruguaios que nos restavam, uma passadinha na
Victoria Secrets.
Quase esqueci de contar. Quer saber se perdemos muito
no Cassino? Ao contrário, ganhamos! Um milhão de risadas e
algumas fotos!
Adorei...realmente essa viagem foi mágica, pessoas maravilhosas, astral altíssimo, enfim só a Agadecer ao Criador nos proporcionar esse encontro TOP 😘
ResponderExcluirSinto exatamente a mesma coisa!!Obrigada por comentar.
ExcluirMaravilhoso texto!Nessa viagem dividimos a mesma experiência.Assim que o corona deixar,repetiremos a dose,com o mesmo astral que nos impulsionou na outra viagem!!! Maria Aparecida
ResponderExcluirQue delícia Ana!! Um dos melhores investimentos podemos fazer, são as viagens, não há quem nao cresça, basta ter o coração aberto e sentido receptivo e apurado!! Adorei!! Beijos
ResponderExcluirVc tem toda a razão! Foi inesquecível.
ExcluirLindo texto, como sempre
ResponderExcluirObrigada, querida amiga!
ExcluirMuito bom. Obrigada por compartilhar sua experiência. Já preparadas para o próximo. Gracias guapa.
ResponderExcluirPreparadíssimas! Obrigada por comentar!
ResponderExcluir