quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Frustração e desejo: futuras gerações

Ao ouvir um belíssimo concerto da Orquestra do Instituto Pão de Açúcar, questionei-me quantos jovens hoje em dia estudariam música, línguas ou praticariam esportes. A tecnologia proporciona o conhecimento e a satisfação dos desejos com um clique apenas. Este acesso rápido à informação e ao objeto de desejo como um filme ou o próximo episódio de uma série de tv, pode estar gerando jovens frágeis em termos de busca de realização.
Música, línguas e esportes demandam tempo de dedicação e saber lidar com a frustração de não conseguir e, neste caso, tentar de novo e de novo até conseguir.  Este esforço laboral e físico sem mencionar o mental pode estar desestimulando os jovens a perseguir seus sonhos ou mesmo ter sonhos. A maioria acha que as pessoas nascem com dons e que, sem sacrifícios, saem tocando um instrumento. Há dons naturais, porém também é preciso dedicação.
Remeto-me a Mário Sérgio Cortella, que tão bem descreve desejo:
“Quem tem desejo  e acha que ele magicamente será concretizado, acaba  não só tendo uma frustração em relação à não concretização, como ainda corre o risco de atribuir a outras pessoas, ou ao destino, ou a vida aquilo que não aconteceu.” Mário Sérgio Cortella em Pensar bem nos faz bem. ( p91)
Na série de TV, Secret and Lies, em sua segunda temporada, os  filhos repetem em coro no primeiro episódio a frase que o pai sempre disse:
  “ Sempre ensinei a meus filhos a trabalhar muito, doar e não achar que as coisas vêm fácil.” 
Precisamos observar os valores que estamos passando para as novas gerações.

Um oferecimento: 
                                  


                   
   

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