sábado, 5 de agosto de 2017

Cãominhada ou aerominhada?

Caminhando pela avenida da praia juntamente com vários cães, cachorrinhos e cachorrões num evento tipicamente canino, lembrei-me de uma cachorrinha que provavelmente inspirada pelo filme SEMPRE AO SEU LADO,  resolveu  que ficar longe da sua família era algo impossível e impensável.
A família também não queria ficar afastada de sua querida PUCCA, por isso ao optar por viver em Israel, tomaram todas as precauções e seguiram todas as exigências  das companhias aéreas para que ela os acompanhasse na viagem  dentro da cabine, junte aos familiares, embora adormecida.
A primeira parte da viagem São Paulo Istambul, foi tranquila,  Pucca dormiu como um anjo, bem próxima da família. Entretanto,  houve troca de aeronave para  Tel Aviv  e aí não permitiram que ela continuasse acompanhando a família.Foi obrigada a ir no transporte de carga. É verdade, barrada no embarque. Muitos intérpretes, muita discussão, muitos artigos de lei mencionados e formulários apresentados, mas sem sucesso. Pucca  teve que ir para o compartimento de carga.
O que a companhia não sabia, é que não se separa uma família. E Pucca, não admitiu a separação. Mesmo sendo sedada, não se conformou. Ninguém segura um cãozinho obstinado.
A família inquieta em seus assentos começou a ouvir os latidos de Pucca e tinham a nítida sensação de que era ela  se movimentando no compartimento de carga. As aeromoças garantiram que não era possível, além de estar adormecida ainda estava na casinha própria para o transporte.
Angústia geral para todos. Viagem longa quase interminável…… dois séculos separaram   as duas cidades…sem pleonasmo, podem entrevistar a família. Certamente, responderão que, ao invés de aproximadamente duas horas, levaram 200 anos.
Finalmente, aterrissaram e com certeza os olhos e o coração da família desembarcaram primeiro e rapidamente buscando  encontrar Pucca. Esperar….esperar ………..todas as malas foram entregues e nada da Pucca aparecer, Até que surgem  dois seguranças  cercando  uma  oficial com uma cachorrinha  fofinha como algodão   no colo, porém não era branquinha. Na verdade, estava pretinha de tanta sujeira  do compartimento de carga e, parecia muito arredia ou  rebelde reclamando muito pela separação. Pucca não só se soltara como andara tanto no compartimento que deve ter  deixado  tudo limpinho. Em contrapartida, Pucca parecia ter trocado de cor!!! Deve ter dado  um trabalhão para apanhá-la.
Ah, o que não se faz para ficar junto à família.  E o trauma? Bem, se houve trauma não sei, mas  sei que hoje em dia ela já está  fluente em Hebraico.

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