Postergar parece ser o verbo dos brasileiros. Você também tem a postergação como hábito ou pior, como característica de personalidade? Como advogada, aprendi que prazos são inegociáveis. Mas, como cumpri-los?
Pessoalmente, estabeleço sempre um prazo para mim anterior ao oficial e disciplinadamente atenho-me a ele. Por exemplo, quando fazia um dos meus cursos de Pós graduação, nós tínhamos até o dia 30 de cada mês para entregar os trabalhos individuais. Todavia, eu estabeleci que seria sempre entre os dias 20 e 25, pois desta forma eu tinha uma margem temporal para eventuais problemas.
Christian Barbosa sugere, em seus livros e palestras, a divisão em tarefas menores com prazos estipulados para cada uma. Em uma palestra, ele sugeriu que se a tarefa é montar uma maquete, deve-se:
- prazo para a pesquisa e planejamento;
- prazo para compra do material necessário;
- data de início e fim da montagem.
O que achei mais interessante nessa palestra, foi a colocação sobre a necessidade de ensinar este processo na escola. Segundo Christian Barbosa, no dia em que o professor estabelecer a data de entrega do trabalho, deve também, fazer um brainstorming com os alunos estabelecendo quais serão as etapas do trabalho e determinando os prazos para cada uma delas.
Cada fase deve ser anotada na lousa conforme a sugestão dos próprios alunos. Isto feito, os alunos anotam em suas agendas ato por ato a ser desenvolvido até chegar ao produto final.
A cada tick de cumprido em uma das tarefas, o cérebro vai liberando endorfinas aliviando o stress. Podemos aprender a organizar nosso tempo e abandonar o hábito da procrastinação. Em contrapartida, algumas pessoas habituam-se a só trabalhar sob pressão do tempo e por isso estão sempre trabalhando para resolver emergências. Este ciclo além de estressante também gera frustração e desorganização. Adorei a imagem que o palestrante usou comparando esta situação à imagem de um hamster rodando naquela bola que há nas gaiolas: cansa, mas não evolui.
Ajude seus alunos! Ajude a si mesmo.