sábado, 26 de outubro de 2013

Sócrates e as redações

Estava super feliz por ter acabado de fazer uma nova postagem em meu blog e expressei isto em voz alta:”Feliz  feliz com meu novo texto!!!" Então, meu filho perguntou o porquê  e eu expliquei que fico feliz quando tenho ideias para  colocar no blog. Ele, sem tirar os olhos do teclado, explica-me   que Sócrates acreditava que o conhecimento está inato em todos os seres humanos, por isso ao colocar minhas ideias no papel,
eu estava  feliz pois estava parindo ideias.E ainda acrescentou, “é como se mais um irmão meu estivesse nascendo, por isso essa sua felicidade.”
Surpresa com a constatação de meu filho de quinze anos, fiquei feliz por reconhecer que meu investimento financeiro na escola tem sido bem utilizado pois é capaz de pensar, filosofar, fazer citações,expor suas ideias, concordar ou discordar com propriedade. Enfim, há  um jovem com conteúdo por baixo daquele ar irreverente que adora fazer de conta que nada sabe, pois ser inteligente é um MICO.
Este fato levou-me a indagar porque nossos jovens que passam tanto tempo teclando, não sentem o mesmo prazer com as atividades de redação propostas pela escola.
Cabe ao professor ser criativo, conhecer bem os alunos e iniciar por uma pesquisa, seguida de um ampla discussão com muitas perguntas para, por último concluir com a redação. A maiêutica socrática consiste em inquirir com  o objetivo de  conhecer a forma de pensar dos indivíduos, respeitá-la e provocar  o nascimento de uma nova ideia com base neste questionamento. Para Sócrates o conhecimento está latente, mas faz-se necessário fazê-lo vir à superfície.
Nesta busca, vale aliar-se à arma poderosa   constituída pelos recursos que a tecnologia disponibiliza como blogs, mini-blogs, Facebook ou twitter para desenvolver o hábito de uma escrita  guiada e acadêmica*.Quanto mais escrevemos, mais fácil vai ficando escrever, é uma questão de criar o hábito tão salutar e tão fundamental como ler e escrever.

2 comentários:

  1. Anninha:
    Seu texto me faz voltar no tempo. Lembro-me, com enorme saudade e profunda admiração, da minha querida professora da quarta série primária, D. Marília Imbuzeiro. Dedicava uma parte da nossa aula para as redações. Diariamente tínhamos que redigir alguma coisa sobre temas variados que ela selecionava a dedo. Com isso, aprendi a gostar de escrever, o que muito me ajudou no decorrer da vida.

    A qualidade das redações nas provas do ENEM, por exemplo, evidenciam que não está sendo dada a devida atenção para o ensino das técnicas da redação. O mesmo ocorre em vestibulares. Redações que não têm início, meio e fim, que não conseguem traduzir o pensamento do candidato. Verdadeiras barbaridades!
    Por isso, seu filho de quinze anos merece os meus parabéns. D.Marília Imbuzeiro, também.

    R.Floyd

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    1. Olá, R. Floyd,
      Já descrevi numa outra postagem como comecei a gostar de ler. Com a escrita, foi semelhante. Minha professora, D. Augusta, era exigente mas muito boa. Foi ela quem me incentivou a participar do meu primeiro concurso de redação. Neste, tirei primeiro lugar com direito a diploma e medalha.
      Observe que a grande incentivadora e responsável por esse hábito sempre é uma professora. Por isso, tento conscientizar a nova geração de professores da importância que eles têm como modificadores da situação atual. Saber falar bem e escrever com excelência fazem toda a diferença no mundo profissional!
      Abraços,

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