quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Por que as mães falam tanto?


Quando eu fazia ginástica para gestante, minha professora afirmava sempre:  “- Não adianta me enrolar, o dia da prova será  o dia do parto e, neste dia, não haverá meio de enrolar.” Sempre lembro disso quando meus alunos perguntam se  aquela matéria vai cair na prova e respondo se não cair na avaliação da escola, com certeza aparecerá na entrevista de emprego ou na viagem.
Apesar disso, sempre me questiono quanto à educação de meus filhos. Como saber se estou no caminho certo? Estarão aprendendo? O que mais preciso ensinar? Será  que alguma coisa está ficando dentro deles norteando as atitudes e ajudando na solução de problemas? Fico sempre com aquela dúvida: será que na hora que o problema surgir, eles conseguirão desempenhar e resolver com sabedoria? Estarei preparando-os para a vida?
De alguma forma, todos os nossos questionamentos, encontram uma resposta embora nem sempre seja tão simples como um email, um cartão postal ou uma carta. Talvez o Universo  pudesse conspirar sendo mais simples e menos dramático. Afirmo isso, porque recentemente tive resposta para alguns dos meus questionamentos, apenas acho que o Universo poderia pegar mais leve na resposta. Então, aconselho, não perguntem muito, pois o Universo responde mesmo, mas cuidado pois você pode não gostar da resposta ou do meio como ela chega.
Eis que eu estava no trabalho, quando recebo o telefonema de um policial identificando-se e dizendo que estava tudo bem, porém meu filho estava muito nervoso porque havia acontecido um acidente  no caminho para a aula de inglês. Imagine meu coração de mãe nesse momento. Saí em desabalada carreira para ver o que havia acontecido.
Costumo dizer que primeiro resolvemos os problemas que surgem e depois faz-se necessário parar e analisar o que podemos aprender com  aquela situação que não foi meramente obra do acaso.
Nada havia de fato ocorrido com o meu filho adolescente além do susto de ter sido fechado por um carro. Porém, mesmo nesta situação, e sendo ainda um adolescente, ele foi capaz de socorrer um senhor idoso que perdeu o equilíbrio e caiu. Desobedecendo o que todos os presentes diziam, não permitiu que tocassem no senhor, chamou a ambulância e ficou por lá até que tudo estivesse encaminhado. Ao contrário do motorista do carro que deixou para trás o rastro da sua atitude sem sequer ver o que havia ocasionado com a pressa e velocidade, meu filho realmente foi um grande homem, vencendo o choque e prestando socorro.
As testemunhas e os policiais admiraram-se com as atitudes e o discernimento de meu filho especialmente no que se referiu ao cuidado com o senhor ferido e ao relatar o ocorrido. Fiquei orgulhosa.
Fomos ao pronto- socorro visitar o senhor que caíra e fizemos o boletim de ocorrência. Claro que,como mãe, não pude deixar de pontuar que todo mundo tem que saber o número do RG de cor  e andar pelo menos com uma cópia dele. Eu já falara isso trocentas mil vezes, mas era sempre a chata que pegava no pé. De repente, ele “viu a luz” e enxergou que  mamãe tinha razão pois para tudo ele precisava do RG, inclusive para visitar o senhor que ele ajudara a socorrer.
Muitas histórias e muitas lições foram tiradas deste episódio, porém ficarão para outras postagens. Aguardem!

Um comentário:

  1. Francisco Sarsano de Godoi Minha cara Anna, A mim, não me surpreende a atitude do Léo quanto ao acidente, pois ele, embora "pequeno" na estatura, mas sempre teve atitudes de "adulto". Ademais, aplicou os ensinamentos obtidos no escotismo, que ajuda a formar o caráter do "homem de amanhã", assim como proceder nos primeiros socorros. No concernente a portar o RG, os mais velhos aconselham, falam, dizem, mas os ouvidos são surdos, pois somente eles (adolescentes) é que sabem da vida e, quando se deparam com situações em que são exigidos, é que se lembram que :- "Papai e Mamãe é que tem razão, mas que chatice".....Francisco Sarsano de Godoi

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