Um belo dia de sol ao levar meus filhos para escola,um deles me pede:
-Mãe, quando você for na reunião da escola, não vai vestida de mãe, por favor.
Naquele momento, comecei a pensar o que ele queria dizer e a observar as outras mulheres a minha volta.
A sobrecarga que acompanha a maternidade traz muitas mudanças em nossas vidas. Segundo Cristina Cairo, no livro Linguagem do Corpo, “o tamanho corporal excessivo está associado a (..) guardar mágoas,culpar os outros por seu sofrimento,colocar-se na posição de vítima, ter medo de perdas, ser superprotetora, ter apego exagerado,ser controladora, ser extremamente sensível.”
Qual mãe não tem medo de perder os filhos e não os superprotege? Cair no desequilíbrio emocional é muito fácil. Naquele momento, senti-me uma MONGA, e fiquei péssima. Este momento foi de crucial importância porque passei a olhar para mim mesma. Olhei-me demoradamente no espelho, olhei fotos antigas, parei para pensar em minha vida e, percebi que de Princesa, eu tinha virado MONGA. Como a própria Cristina Cairo afirma em seu livro supra citado, a capa de gordura era um casulo de proteção contra meus medos, contra a falta de tempo, contra a culpa. Conscientizei-me que para ser uma boa mãe, eu precisava estar bem. Refleti e comecei uma moderada mudança. Cada dia era uma nova etapa. Emagrecer era uma meta, mas eu queria mais:uma mudança interior, precisava resgatar o equilíbrio entre minhas várias funções. A missão parecia impossível, todavia, com a convicção de quem superou esta fase, posso afirmar: É possível ser mãe sem se perder no meio do caminho. Vale a pena!
Adorei o texto. Não vale só para as mães, mas para todas as mulheres. Adorei, de verdade! =)
ResponderExcluirEu deixei de ser Solange e passei a ser "mãe", "esposa", etc. por anos a fio. Mas a melhor mudança na minha vida aconteceu nos 2 últimos anos, qdo, aos poucos, voltei a ser Solange! Isso não tem preço nem volta!!! Fiona nunca mais!!!!
ResponderExcluirBeijão!