domingo, 30 de dezembro de 2018

Cozinhaterapia


Ouvir aquela pessoa que diz que não gosta de canela, chegar em casa dizendo que experimentou uma sobremesa no trabalho e o gostinho de canela a fez lembrar da avó é, no mínimo, surpreendente. A memória olfativa  também nos prega peças e nos ajuda a viajar no tempo. O que lembra a sua infância ou  a sua mãe? Pense e aquele sabor chegará até você.
Minha mãe fazia aletria e decorava cada pratinho com canela num desenho simétrico que lembrava um jogo da velha . Ainda no Natal, fazia o Napoleão, que era um pavê de coco divino com bolacha champanhe. Portanto, Natal lembra comida  e também os entes queridos. Minha sogra fazia um bolo que apelidamos de bolo múmia porque tinha que ser feito um mês antes. Algumas dessas receitas se perderam. Outras ainda existem. Fazê-las em família aproxima os  sobreviventes, traz histórias para os que não conheceram e ajuda a aliviar um pouco a saudade. Além disso, John Gray,  no livro Os Homens são de Marte e as mulheres são de Vênus, os homens conversam mais confortavelmente quando estão em posição lateral do que frente a frente. Logo, cozinhar lado a lado pode ajudar muito a melhorar a relação.
Cada vez que faço uma das receitas de minha mãe, sinto-me voltando no tempo. Como minha filha descrevendo  o cheiro e o sabor da canela, meu irmão lembrando o pavê de coco ou meu filho do pudim de Natal, cada tom faz com que novamente possamos sentir o abraço, o toque, o sorriso, o olhar de alegria. Cozinhar propicia uma viagem mágica através dos sabores e aromas de volta a um tempo inesquecível.
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segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

A árvore que conta histórias


Olhando a árvore de Natal, alguém pode perguntar: O que a turma da Mônica está fazendo no pinheiro de Natal? Ou por que há instrumentos musicais na árvore? Resposta simples e objetiva: porque é bonitinho. Só? Claro que não..vamos à história:
A turma da Mônica resgata a infância e representa os filhos ainda pequenos, principalmente a Magali sempre sorrindo de olhos brilhantes e o Cebolinha de spike hair. Os instrumentos musicais, porque ele Fernando – o pai – gostava. Fernando adorava comprar enfeites de Natal. Por esse motivo, a árvore tinha que ser enoooorme – grande o suficiente para suportar toda aquela coleção formada ao longo de muitos anos. Cada viagem, cada comemoração, cada sonho está lá representado. Cada enfeite nos remete a uma história, misturando risos e lágrimas, reconstruímos nossa história todo fim de ano: avaliando, agradecendo e prometendo muito mais para o próximo ano.
Uma algazarra para montar, todo mundo colabora..até as visitas. Agora, desmontar...sobra sempre para a mãe...talvez, por isso ela não seja tão apaixonada pela árvore.
Meu professor de violão Antonio Manzione, sempre nos perguntava o que deixaríamos quando morrêssemos. E ele também nos impulsionava a conhecer nossa história, saber de nossos antepassados. Manter viva a linhagem familiar.  Como no filme, Viva – a vida é uma festa, da Disney mostra bem esta noção de que só morremos quando ninguém mais lembra de nós.
Assim, este ano, nossa árvore foi montada mais uma vez como uma homenagem. Até ganhamos e colocamos mais um enfeite. Esperamos que, de onde você estiver, veja nossa homenagem e fique feliz, sabendo o quanto o amamos.


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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Panquecas para o café da manhã


Educar para a vida significa ensinar conteúdo, mas também implica ensinar a administrar suas vidas e a relacionar-se com os outros. Assim, iniciar a manhã preparando panquecas para o café da manhã propicia o desenvolvimento de diversas habilidades:     

  Separar ingredientes;
·         Observar quantidades;
·         Higienizar;
·         Seguir instruções;
            Organizar;
           Calcular tempo;
            Errar e corrigir ou recomeçar;
                                                                   Interagir e trabalhar em equipe.
Com todos esses objetivos em mente, a aula pode ser divertida e recheada de conteúdo cultural: origem do Thanksgiving, geografia, história, comidas típicas, vocabulário e a importância da gratidão, afinal “ neste exato momento, existe alguém, em algum lugar, rezando para ter a vida da qual você reclama.”
Talvez, as panquecas não fiquem perfeitas, porém o importante é o que se aprende nestes encontros de conversa jogada fora na cozinha.
Você há de perguntar: Mas, precisa de uma frigideira com emojis? E eu te respondo que definitivamente não é necessário. Por outro lado, um toque de modernidade e tecnologia sempre cabe. E ainda acrescento, que tal se gravassem juntos uma vídeo- aula prática?

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terça-feira, 20 de novembro de 2018

A Cultura da Paz

Maria da Graça Aulicino,Presidente do RC Santos-Boqueirão , Kay Pranis - palestrante e Ana Silva
autora do blog


Ao inciar a palestra  numa manhã chuvosa em Santos, Kay Pranis ressalta que Rotary já era restaurativo antes mesmo de  pensarmos em justiça restaurativa. Essa afirmação é baseada na prova quádrupla a saber:
Do que pensamos, dizemos ou fazemos :
1. É a verdade?
2. É justo para todos os interessados ?
3. Criará boa vontade e melhores amizades ?
4. Será benéfico para todos os interessados ?
Na abordagem frente a um problema, devemos buscar a verdade e uma resposta justa e benéfica para todos os envolvidos.
Infelizmente, ao longo dos anos, os relacionamentos sofreram danos e temos que prestar atenção ao impacto que nossas palavras e ações causam nos outros, pois para a palestrante os relacionamentos estão no centro do ser humano. Para curar relacionamentos, faz – se necessário focar no dano  que causa dor e na cura num processo colaborativo e inclusivo.
Para quebrar o círculo que causa dor, temos que nos preocupar sobre o bem-estar de todos que geraram o mal, assumir responsabilidade pelo mal causado e reparar. Mas, resta a pergunta: como curamos a dor dentro de nós? Reconhecendo o que a causou e como fizemos pessoas sofrer.  Para a professora Kay Pranis, escolas são a chave para a transformação da sociedade. A mudança para uma nova geração. Os alunos vivenciam as práticas na escola e levam este conhecimento e esta visão dos relacionamentos para casa através do comportamento impactando seus familiares.
Muito além de ensinar matemática ou alfabetizar, as escolas precisam ensinar habilidades para viver em sociedade. Ensinar a conviver é tão importante quanto ensinar conteúdo.  Nas escolas, há espaço para transformar a cultura da violência na cultura da Paz, alterando o comportamento e tornando o mundo melhor.
Cada um de nós pode contribuir com um futuro melhor desenvolvendo a cultura da não – violência. Comecemos já!

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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Bug do milênio - 18 anos depois



Todoscom receio do que aconteceria quando 1999 se transformasse em 2000. Ficariam todos os computadores enlouquecidos?  Iriam indicar um reinício do século, digo de volta aos anos   1 000?
Bem, uma solução foi encontrada e. bem diferente da previsão aos 1000 chegarás, mas de 2000 não passarás, estamos em 2018 sem bug do milênio...até que...no Brasil, em outubro...coisas estranhas começaram a acontecer......
Os universitários chegaram à faculdade e Surpresa!! – a faculdade estava fechada...Eles chegaram uma hora mais cedo sem compreender que os celulares amanheceram uma hora adiantados.
Passados dois dias, na madrugada de sábado para domingo...o inesperado aconteceu e desta vez mais em maiores proporções: I –Pads, laptops, celulares.....60 minutos adiantados..o mais estranho é que o horário de verão só seria iniciado 20 dias depois...Oh, meu Deus!!!! Corre corre, uns tentando corrigir os celulares, outros tentando entender o que ocorrera e muitos completamente perdidos.
Neste momento, agradeci profundamente pelo meu relógio de cozinha que há 30 anos marca as horas sem erros. Confesso que troco a pilha ocasionalmente, mas sempre lá, na parede, me indicando as horas corretas da maneira tradicional.  Porém,  desta vez, as coisas foram um pouquinho diferentes...meu querido relógio  PAROU.....às duas horas e  trinta e sete minutos..e nunca mais voltou a funcionar...Definitivamente, houve um BUG do milênio no Brasil..dezoito anos após  a virada do século que atingiu até mesmo o sistema analógico.

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quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Quatro técnicas simples para acelerar a aprendizagem


Por experiência própria, já sabemos o que os neurocientistas afirmam sobre nosso cérebro tender a categorizar tudo. Num giro pela internet, percebemos como as pessoas são categorizadas. O zodíaco classifica pelo mês do nascimento, o horóscopo chinês pelo ano em que nascemos. Psicólogos dividem a população pelo nome, por característica pessoais ou psicológicas e há até a dieta do tipo sanguíneo. Resumindo, categorizar faz parte do nosso cotidiano e nos auxilia a aprender e memorizar.
Como nosso cérebro trabalha categorizando naturalmente, podemos tirar partido disso instruindo nossos alunos a seguir esse processo para melhor performance. Por exemplo, numa aula sobre seres vivos, pedi que os alunos fossem me dando nomes de animais os quais fui escrevendo na lousa já categorizando. Após o término, perguntei aos alunos porque eu havia separado os animais daquela forma. Analisando e discutindo perceberam qual tinha sido meu critério. Após esta fase, eles foram pensando e exemplificando outras formas conhecidas de classificar os animais. Com a interação e participação de toda a classe, o conteúdo foi estudado de uma forma dinâmica.
Outra técnica que ajuda muito na compreensão é a utilização de cores diferentes. 
Outras áreas de nosso cérebro são ativadas ao identificar as cores e nesse processo a fixação de conteúdo ocorre de maneira mais acentuada. Segundo Mauro Pennafort, olhando a pessoa grava a informação em 72 áreas do cérebro, daí a importância da imagem.
Finalizando, recomenda-se o movimento corporal. Todo movimento ativa o cérebro, por isso, procuro planejar atividades que propiciem caminhar, dançar, mudar de posição. A aprendizagem significativa requer que a memória seja ativada de formas diferentes o tempo todo.

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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Mundo da Lua

“Eu vivo sempre no mundo da lua
Porque sou um cientista“
Eu vivo sempre no mundo da lua

O meu papo é futurista é lunático”
Quem já não teve um aluno que vive sempre no mundo da lua. O professor acabou de dar uma informação e o aluno levanta a mão e pergunta exatamente a mesma coisa. Risada geral da classe e o rosto surpreso do aluno que não entende o motivo da risada pois sua pergunta era séria, porém, ou inoportuna ou exatamente após a explicação do professor.
Por outro lado,  outros assuntos mais diversos atraem tanto a atenção de certos alunos que  eles são capazes de dissertar sobre o assunto ininterruptamente.
“Eu vivo sempre no mundo da lua
Tenho alma de artista
Sou um gênio sonhador e romântico”
Você conhece  algum artista que seja prático e cumpra prazos? Quanto mais criativo, mais sonhador. Por este motivo, os povos antigos atribuem a inspiração às deusas. Os gênios ou artistas parecem estar em outro mundo enquanto criam. As ideias parecem ter sido trazidas de outra dimensão.
“Eu vivo sempre no mundo da lua
Porque sou aventureiro
Desde o meu primeiro passo pro infinito”
A rotina parece aniquilar a criatividade. O aluno não consegue manter-se num mundo parado e calmo, então uma fuga surge rapidamente. É como se um interruptor fosse ligado ou desligado sem  controle. Essas pessoas têm uma criatividade capaz de criar histórias emocionantes e cativantes.
Eu vivo sempre no mundo da lua
Porque sou inteligente
Se você quer vir com a gente, venha que será um barato’
Além disso, o cérebro parece demandar doses de  adrenalina que podem vir realmente por intermédio de uma aventura ou, mais perigosamente ainda pelo uso de drogas. Algumas drogas parecem ter um efeito que bloqueia esses devaneios permitindo ao cérebro descansar um pouco. Na verdade, o cérebro não consegue filtrar os estímulos e a pessoa sente -se  metralhada por mil informações simultaneamente sem conseguir selecionar ou priorizar itens. Algumas drogas, à princípio, ajudam a focar mais ou a relaxar. Por isso,precisamos ter cuidado e atenção. A pessoa com TDAH vai procurar meios para conseguir a concentração necessária e, infelizmente, pode ser nas drogas.
‘Eu vivo sempre no mundo da lua
Porque sou inteligente
Se você quer vir com a gente, venha que será um barato
Pegar carona nessa cauda de cometa
Ver a Via Láctea, estrada tão bonita
Brincar de esconde-esconde numa nebulosa
Voltar pra casa no nosso lindo balão azul’
Muito inteligentes e criativos podem ser grandes profissionais e companheiros divertidíssimos desde que consigam superar as dificuldades e manter a auto-estima que, normalmente acaba abalada, sempre em alta. O portador de TDAH precisa conhecer-se bem e estar cercado de pessoas que possam ajudá-los a encontrar o foco. Não marginalize, coopere.
*Música Balão Mágico para ilustrar e tornar mais fácil a compreensão da mente do TDAH.
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quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Aulas para a vida


Era uma vez, uma linda família de macaquinhos que morava na floresta. Toda a manhã, a mamãe  dava a refeição para seus filhos, penteava o pelo dos filhinhos e depois começava  a lista de recomendações:
- Não vá para o norte porque há jaguares ferozes.
-Cuidado com as cobras, preste atenção para onde você está indo.
-Não coma qualquer fruto. Alguns são venenosos.
Da mesma forma, os pais precisam ensinar seus filhos da cidade a sobreviver. Mostrar os perigos e os cuidados necessários.
E, por sobrevier, não basta pensar em termos de saúde física. A emocional/ psicológica precisa ser ensinada e desenvolvida todos os dias. Os pais, assim como os professores, devem preocupar-se em desenvolver e fortalecer as emoções dos jovens.
Às vezes, escuto as pessoas falando no meu tempo não era assim. Nosso tempo é agora. Como diz , Mário Sérgio Cortella, faz apenas  8 anos que o DVD foi criado e já é obsoleto. O telefone é usado para escrever ou gravar  áudios. Ninguém se liga mais. Porém, precisamos nos ligar nas mensagens que estamos passando para nossos jovens por meio de nossas atitudes.
Certa vez, uma mãe me procurou para mudar a filha de classe alegando que ela não se dava com as meninas da classe. Preocupada com bullying, perguntei o que ocorria exatamente e a mãe me explicou que as outras meninas gostavam de ficar lendo no intervalo enquanto ela gostava de conversar e brincar. Bem, transferência feita, passam-se algumas semanas, a mãe retorna: ” Aquela classe, também não é boa para a filha porque as meninas conversam demais.”
No mundo real, não precisamos gostar de todo mundo, mas devemos respeitar a todos. Lendo a Revista AT, o artista plástico Sé Cordeiro conta que:
 “Na Índia, você se depara com contrastes o tempo inteiro: pobreza, riqueza e etc. Essa experiência me deu casca, mostrou que dá para viver em qualquer lugar, lidar com qualquer adversidade.”
Este é o papel do educador seja na figura de pais ou professores: educar para viver em qualquer lugar sob qualquer circunstância.
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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Apps que simplificam a vida. Será?


Após uma aula de Pilates, descubro que terei que descer 26 andares a pé devido a um problema de energia. Surpresa e desapontamento geral nas pessoas que esperam o elevador. Alguns alegando que para baixo todo santo ajuda, resolvem enfrentar a empreitada. Outros começam a transmitir o que os médicos recomendam que é subir e, não descer escadas, pois descer prejudica os joelhos e coluna. Diante deste impasse, alguém lembra que talvez o elevador de serviço tenha gerador. Ufa!! Problema resolvido para mim.
Ao ler a matéria  em A Tribuna cuja foto usei para a ilustrar a postagem, lembrei-me deste fato e também de um curso que fiz de neurociência aplicada à Educação. Neste curso, a especialista Dra Thais Faria Coelho, salientou a importância dos exercícios físicos não só para oxigenar o cérebro, mas porque exercitam como que provocando, ou seja estimulando várias partes do cérebro dependendo do que fazemos.
A tecnologia é bem-vinda, contudo precisamos reservar algum tempo para fazer movimentos que contribuam com o exercício cerebral. Lembrei-me de  minha infância quando subíamos em árvores, pulávamos corda, andávamos agachados. Estes movimentos ativam e revigoram o cérebro. Se temos todas as informações a um clique de distância, para que pensar?
Sabe, aquela bola usada em aulas de Pilates e outras modalidades esportivas? Com ela, vários exercícios podem ser feitos para ativar não apenas nosso corpo, mas também ativar a memória e o raciocínio. 
Num futuro próximo, postarei mais detalhes de como exercitar o cérebro.

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sábado, 25 de agosto de 2018

Desafios do profissional no mundo contemporâneo


Aparentemente, a habilidade para usar a tecnologia é a grande habilidade exigida dos jovens profissionais. Entretanto, engana-se quem acredita ser esta a preponderante ou única. O que mais se espera de um profissional?
Acredite a lista é longa e os processos seletivos estão cada vez mais voltados para outras habilidades além do CV. Um bom currículo é importante para  ajudar a passar para a segunda fase do processo que seria a entrevista ou as dinâmicas de grupo. Todavia, do que se constitui um bom currículo?
Uma das qualidades que se busca neste novo profissional é o interesse em buscar conhecimento. Assim, um bom currículo precisa ser variado, envolvendo cursos, palestras, simpósios e em diferentes áreas. Este tipo de currículo demonstra uma pessoa com esta sede de conhecimento em áreas diferentes além da principal. Concomitantemente, fluência em línguas, agrega muitos pontos e, com um intercâmbio mais ainda.  O conhecimento de língua traduz a vontade de expandir conhecimento e o intercâmbio agrega experiências, o aprendizado de viver outras culturas, a habilidade de adaptação e autonomia. Para fechar com chave de ouro e garantir uma oportunidade na próxima etapa do processo, faz-se necessária a participação em projetos voluntários. Esta preocupação com o outro agrega tanto em termos de desenvolvimento de habilidades como liderança e trabalho em equipe, como também, revela um olhar para a comunidade.
E o que mais se espera de um profissional?
Saber se comunicar vencendo a timidez, analisar dados e tomar decisões unindo a técnica e a emoção. O domínio de habilidades sócio emocionais está em alta e será verificado nas atividades desenvolvidas nas etapas seguintes do processo seletivo. Seja franco, de nada adianta camuflar a verdade, por isso, trabalhe o auto-conhecimento. Analise seus pontos fracos e desenvolva as habilidades necessárias. Não tema confessar que tem certa inabilidade e está trabalhando para melhorá-la. Este fato colocará você numa posição melhor do que não admitir ou sequer ter conhecimento da inabilidade.
Tempos modernos com mais exigências. Prepare-se.






sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Falta de memória ou de atenção

infográfico publicado em A Tribuna de autoria de Mônica Sobral

Quantas vezes você já ouviu seu filho dizendo que “ deu um branco” na hora da prova? Frequentemente, não lembramos de fazer algo ou de determinada informação porque não prestamos atenção no que era para ser feito ou aprendido. O problema não é de memória, mas de falta de atenção.  Numa era em que tudo aparece num clique, a memória não tem sido exercitada recentemente. Como podemos exercitá-la?
Especialistas recomendam exercícios  físicos,  cuidado com a falta de sono, deficiência de vitaminas e manter o foco. Como  educadora,  acrescento alguns estímulos  como a leitura que pode ser de livros, periódicos, revistas, enfim algo que estimule a cognição e influencie a criatividade.
Por que   a atenção é tão importante?  A informação é recebida pelo Tálamo e processada pelo Córtex frontal. Tudo isso é enviado ao Hipocampo responsável pelo armazenamento das informações. No momento em que tentamos resgatar uma informação, o lobo frontal envia estímulos para o hipocampo que busca os fragmentos do que foi captado. Ter conhecimento desse processo explica a importância da atenção no momento da aprendizagem. Focando e posteriormente revendo a informação recebida ajudam o cérebro  a armazená-la adequadamente. Este é o processo que se chama de estudar todo dia, ou seja rever o que acabamos de aprender. Quando o cérebro recebe a informação pela segunda, terceira vez, registra esse conhecimento como relevante  e arquiva.
Outro ponto importante, é o estado emocional. O estresse e a ansiedade liberam substâncias que atrapalham a memorização e a recordação. Por isso, respirar fundo várias vezes, procurar acalmar-se  e lentamente ir buscando as associações feitas,  recuperará  de volta o que aparentemente está esquecido. Em busca de desenvolver esta habilidade, muitas escolas estão incluindo yoga ou meditação em suas grades. Buscam potencializar a aprendizagem melhorando a atenção e propiciando o relaxamento necessário.
Certamente, técnicas de estudo e de funcionamento do cérebro cooperam com o sucesso na vida escolar. O auto-conhecimento é fundamental.

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quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Baixo rendimento escolar e respiração

http://www.divalativia.com/2011/11/ate-que-o-ronco-os-separe.html


Normalmente uma equipe de profissionais de diversas áreas, é necessária para compreender, avaliar e traçar estratégias a fim de melhorar o rendimento escolar. Quando o desempenho escolar se encontra muito abaixo do esperado, o que fazer?
A professora de psicologia Olinda T.   Kajihara da Universidade de Maringá, juntamente com a fonoaudióloga Cintia Nishimura desenvolveram uma pesquisa publicada na revista Instrumento, explicando que a respiração oral compromete o sono, causando a fadiga e desatenção. Por isso, iniciei o texto falando da importância da equipe nos diagnósticos. Frequentemente, problemas respiratórios como adenoides, alergias e pólipos nasais comprometem o crescimento da face, a dentição, a fala e o processo de aprendizagem.
A interação família e escola torna-se importantíssima para detectar esses problemas e encontrar caminhos e soluções. Muitas vezes, resolvendo essas questões físicas, os problemas de fraco desempenho escolar são resolvidos.
Olhos e ouvidos atentos!

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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

10 maneiras de manter a motivação dos alunos




1 – Escute seus alunos
Desenvolver a escuta é fundamental em todas as situações, contudo é altamente motivadora em sala de aula. O sentimento de ser ouvido impacta.
2-Converse com seus alunos
Este é o momento em que você partilha suas histórias e quem não gosta de ouvir uma boa história? Contando histórias e ouvindo histórias, você tornará a aprendizagem significativa porque poderá retomar estas histórias posteriormente para ilustrar algum tópico a ser ensinado. Além disso, você permite que eles vejam você como um ser real com gostos, desgostos e preferências.
3-Ensine algo prático
A ligação entre o que se ensina na escola e a vida fora dela tem que ser clara.  Às vezes, pergunto para meus alunos: Além de cair na prova, qual a outra utilidade para aprender isso? Pergunto assim, para provocar risadas e uma busca pela utilidade do que estou ensinando.
4- Mantenha o bom humor
Um sorriso no rosto e pitadas de brincadeiras ao longo da aula ajudam a manter os alunos alertas e dispostos.
5- Priorize a classe e não o livro- texto
Os alunos precisam discutir e aprender  sobre temas que lhe dizem respeito ou interessem. Crie e aproveite essas oportunidades, mesmo que depois você pegue um retorno e recupere o tópico previsto.
6- Cuidado com as correções
Enquanto os alunos estão discutindo como resolver uma tarefa, deixe-os livre para discutir. Vá anotando alguns pontos para reflexão, escreva-os na lousa com espaços em branco e depois todos juntos tentem completar. Desta forma, conceitos estarão sendo revistos e aprimorados, sem constrangimento.
7-Teste os alunos
Há várias formas de avaliar a aprendizagem rotineiramente: jogos para rever vocabulário, questões para discutir em grupos um assunto visto em vídeo ou em texto anteriormente, problemas para propor soluções ambientalizando um espaço para retomar uma estrutura (restaurante, hotel, rua). Enfim, o importante é sempre dar um passo para trás revisitando um tema ou ponto ensinado.
8- Provoque interações
O jovem pouco fala, mais digita ou assiste do que efetivamente debate. Na vida real, quando realmente debatemos um tema? É mais comum contarmos histórias, fazermos comentários rápidos ou reportamos o que fizemos ou estamos planejando fazer. Muitos alunos não têm conhecimento suficiente para debater um assunto. Leve isso em consideração ao elaborar seu plano de aula.
9- Permita ou crie momentos
Faça perguntas sobre o tema que está sendo ensinado alavancando o prévio conhecimento do assunto. Tente gerar conexões. Por exemplo, antes de tratar sobre campo magnético, trabalhe a palavra campo em todos os múltiplos sentidos, deixe-os pensar e levantar possibilidades, contar histórias e depois harmoniosamente leve-os para o tema que você pretende abordar especificamente.
10- Categorize
Nosso cérebro tende a classificar tudo: animais, vegetais, verbos, pessoas, personalidades. Observe como há várias formas de categorizar as pessoas de acordo com personalidade, tipo físico, estilo de vida e até tipo sanguíneo. Por isso, utilize esta habilidade cerebral. Por exemplo, primeiro convide os alunos a elencar animais e depois proponha a categorização. Ou vá categorizando enquanto eles vão nomeando e, ao final, provoque os alunos a explicarem de que forma foram categorizados.

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quinta-feira, 26 de julho de 2018

Caminhar


O ser humano faz caminhadas desde tempos antigos acreditando que o ato de caminhar  o conecta com o espírito da terra. Por isso, temos romarias, procissões e promessas de caminhadas. O movimento dos pés em sua alternância - direito e esquerdo - forma ondas e a repetição dessas ondas nos faz avançar em relação ao objetivo. Está com problemas? Não encontra soluções? A criatividade sumiu? Caminhe.
Nesta linha, gosto muito de um exercício onde não só os alunos têm que caminhar como praticamos compreensão auditiva. É chamado Walk like.  Em pé  e  em círculo, os alunos têm que andar seguindo as instruções de como devem se movimentar. Deixo alguns instantes e vou mudando a instrução. Eles geralmente, começam bem tímidos, porém começam a gostar chegando a  gargalhar durante a atividade. É uma forma de energizar as pessoas, uni-los e, como faço em inglês expandir ou rever vocabulário.
Seria assim dependendo do vocabulário aprendido:
Walk like:
An elephant
A butterfly
An ant
A fish
A pinguin
A turtle
A Hare
Dependendo do conhecimento em inglês: jump, stagger, hop, hobble
Dê asas à imaginação!

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segunda-feira, 16 de julho de 2018

Clássicos. Por que ler?



Os jovens e muitos adultos franzem o cenho ao pensar em ler obras classificadas como clássicos. Creio que desconhecem que um dos requisitos que eleva um livro à categoria de clássico é a atemporalidade. Um clássico traz de uma maneira brilhante temas para discussão e reflexão que permanecem com o passar dos anos.
Assim, indico Anne of Green Gables da escritora canadense Lucy Montgomery, publicado em 1908 que até hoje ainda encanta leitores de todas as idades com seus temas tão atuais como bullying, preconceito, morte, problemas econômicos, mudanças e, não poderia faltar amor e amizade. O livro conta as confusões e aventuras da vida de Anne, uma  órfã de cabelos ruivos, extremamente criativa e portadora de uma inocência e praticidade que a levam a se meter em muitas encrencas.  O livro trabalha temas sérios de uma forma que aflora nossas emoções efetivamente desenvolvendo a empatia, palavra tão em voga atualmente.
A história de Anne é uma leitura imprescindível não só para o desenvolvimento do conhecimento de inglês, pois Anne adora palavras novas e rebuscadas levando o leitor de uma forma leve a aumentar o vocabulário, mas também,  trabalha valores e constitui-se numa forma de desenvolver a imaginação e o raciocínio. A leitura prende a atenção por meio das encrencas e aventuras da personagem principal de uma forma inigualável.
Sugiro, inclusive trabalhar a série juntamente com a leitura discutindo a adaptação, os temas e questionando como seria a história de Anne se ela tivesse what´s app e demais redes sociais. Mais simples? Ou com mais encrencas? Aproveitando o gancho para discutir mais este tema na vida dos jovens.
Finalizando, é um livro que por sua riqueza temática pode acompanhar um projeto anual!
Links for the trailer of the film:
https://www.youtube.com/watch?v=V7j8pG9UJ4A
Para quem quiser trabalhar em português:
https://www.youtube.com/watch?v=cPwoPGO4CuU

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quinta-feira, 5 de julho de 2018

Telas, telas e mais telas


Quantas telas existem em sua vida? Já parou para analisar quanto tempo você passa olhando para uma  tela?  É a tela do celular, do laptop, do desktop,  do I-PAD, da televisão, dos exames de saúde ..são tantas que nem no elevador ficamos livres delas. No supermercado, shopping centers e até nas cantinas dos colégios e faculdades , lá estão veiculando notícias ou propaganda.
Com toda esta exposição, é nítido que as pessoas não se olham, pois até quando  conversam pessoalmente o olhar  está aprisionado pelas telas; a boca fala, mas os olhos e o cérebro não acompanham. Acredito que numa nova versão de Branca de Neve, a Rainha deve perguntar: Tela, Tela,minha, há alguém com mais selfies do que eu?
Nesta era tecnológica, a educação precisa voltar-se para ensinar e desenvolver uma habilidade que costumava ser inata: a empatia.  A palavra origina-se do grego com a junção de duas palavras: em ( in= para dentro) e pathos= sentimentos, ou seja compreender o que o outro sente. Para haver empatia, faz-se necessário haver a compreensão da emoção dos outros. Esta compreensão é que impacta o comportamento e provoca uma busca por suprir as necessidades dos outros, abrindo mão de interesses pessoais e buscando a conciliação.
Mas, como desenvolver isso nas escolas? Os alunos precisam ser levados a reconhecer o outro, ou seja desenvolver a alteridade. Uma forma é trabalhar muito com fotos e imagens. Parece controverso, mas é justamente, ensinar a ler as emoções nos rostos das pessoas. Exibir fotos e questionar o que a pessoa está sentindo e como percebem isso. Aprender a olhar para si e para as pessoas que os cercam prestando a atenção aos detalhes e tentando ler o que se passa no íntimo das pessoas.
Aconselho a série de  TV  LIE TO ME e algumas TEDs que abordam o tema com alunos mais velhos. Trabalhar a leitura de livros como A Mala de Hanna, o diário de Anne Frank e outros que descrevem as situações difíceis enfrentadas pelas pessoas e o poder de resiliência também.
Desenvolver esta competência,  é crucial para formarmos uma sociedade mais pró-ativa e empática.

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quarta-feira, 27 de junho de 2018

3 dicas para desenvolver a empatia


Que o hábito da leitura é super saudável, ninguém discute, mas ler ficção vale? É uma questão interessante.
Neurocientistas descobriram e publicaram na revista científica Science que, quem tem o hábito de ler livros de ficção, aumenta a empatia e a compreensão com outras pessoas.  A razão disso é muito simples porque para compreender os personagens e os conflitos das histórias é preciso sentir empatia por eles.
Para as crianças pequenas, ler histórias com animais também é uma maneira de treinar e desenvolver esta competência. Além disso, há jogos tipo RPG que melhoram a empatia uma vez que o jogador é um dos personagens em situações conflitos.
Ultimamente, tenho dedicado algum tempo para a leitura de Outlander e acreditava que seria uma leitura para preencher o horário ocioso. Entretanto, além de aprender muito sobre História, percebo que de fato me coloco no lugar das personagens e compartilho das mesmas emoções. Por isso, mesmo depois as crianças já são capazes de ler, seria interessante se os pais e professores mantivessem o hábito de ler em voz alta. Além de ser muito bom ouvir uma história, também se aprende a ler e dar a devida entonação à leitura.
Logo, mãos à obra, ou melhor, olhos à obra!

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terça-feira, 19 de junho de 2018

Show and Tell



Já ouviu falar em  SHOW and TELL?  É uma atividade que está invadindo inclusive o mundo dos negócios.
Muito comum nas escolas americanas o Mostre e Fale ou Show and Tell  foi usado pela primeira vez nos anos 40 para descrever uma atividade de aprendizagem para crianças na qual cada criança traz um objeto e fala sobre ele para a sua classe. Objetivando desenvolver fluência, comunicabilidade, oratória e confiança para falar em público, o exercício vai expandindo para hobbies, habilidades e talentos. Eu mesma já usei para falar sobre atualidades onde cada aluno escolhia uma notícia e falava sobre ela.
Este ano, entretanto, fui surpreendida. Meus alunos trouxeram todos  um único objeto: o celular. Com o celular em punho descreveram seus animais de estimação, hobbies, talentos, apps favoritos, enfim, o céu foi o limite, aliás acho que o céu não é mais o limite, pois este dependerá do quanto as nuvens conseguirão armazenar.
De qualquer forma, embora com esta nova versão tecnológica, a atividade ainda é muito útil facilitando o desenvolvimento das habilidades acima mencionadas.
Quando o professor pensa que vai surpreender os alunos, na verdade acaba surpreendido. O mundo está muito veloz! Como Mário Sérgio Cortella diz:
 “É preciso ensinar, mas também se aprende muito com quem chega.”

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