quinta-feira, 5 de julho de 2018

Telas, telas e mais telas


Quantas telas existem em sua vida? Já parou para analisar quanto tempo você passa olhando para uma  tela?  É a tela do celular, do laptop, do desktop,  do I-PAD, da televisão, dos exames de saúde ..são tantas que nem no elevador ficamos livres delas. No supermercado, shopping centers e até nas cantinas dos colégios e faculdades , lá estão veiculando notícias ou propaganda.
Com toda esta exposição, é nítido que as pessoas não se olham, pois até quando  conversam pessoalmente o olhar  está aprisionado pelas telas; a boca fala, mas os olhos e o cérebro não acompanham. Acredito que numa nova versão de Branca de Neve, a Rainha deve perguntar: Tela, Tela,minha, há alguém com mais selfies do que eu?
Nesta era tecnológica, a educação precisa voltar-se para ensinar e desenvolver uma habilidade que costumava ser inata: a empatia.  A palavra origina-se do grego com a junção de duas palavras: em ( in= para dentro) e pathos= sentimentos, ou seja compreender o que o outro sente. Para haver empatia, faz-se necessário haver a compreensão da emoção dos outros. Esta compreensão é que impacta o comportamento e provoca uma busca por suprir as necessidades dos outros, abrindo mão de interesses pessoais e buscando a conciliação.
Mas, como desenvolver isso nas escolas? Os alunos precisam ser levados a reconhecer o outro, ou seja desenvolver a alteridade. Uma forma é trabalhar muito com fotos e imagens. Parece controverso, mas é justamente, ensinar a ler as emoções nos rostos das pessoas. Exibir fotos e questionar o que a pessoa está sentindo e como percebem isso. Aprender a olhar para si e para as pessoas que os cercam prestando a atenção aos detalhes e tentando ler o que se passa no íntimo das pessoas.
Aconselho a série de  TV  LIE TO ME e algumas TEDs que abordam o tema com alunos mais velhos. Trabalhar a leitura de livros como A Mala de Hanna, o diário de Anne Frank e outros que descrevem as situações difíceis enfrentadas pelas pessoas e o poder de resiliência também.
Desenvolver esta competência,  é crucial para formarmos uma sociedade mais pró-ativa e empática.

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