quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

D Leopoldina - uma mulher a frente do seu tempo

O livro D Leopoldina - a história não contada de Paulo Rezzutti relata de uma maneira magnífica e apaixonante a trajetória da Arquiduquesa da Áustria e primeira Imperatriz do Brasil, mãe da Rainha de Portugal D Maria da Glóra e do Imperador do Brasil D Pedro II. Durante quase um século atribuiu-se somente a D Pedro a articulação da Independência do Brasil de Portugal anulando-se toda a participação ímpar de D Leopoldina seguindo uma tendência dominante de menosprezar e aniquilar a liderança feminina. Este livro sério apresenta de forma leve a história da Patrona da Independência – mulher admirável, inteligente, culta, extremamente política, bem relacionada internacionalmente e possuidora de um carisma que conquistava a todos que a conheciam. A Imperatriz era uma mulher cheia de vida, alegria e muito avançada para a época: trabalhava ao lado do marido, montava a cavalo usando calças, preocupava-se com o meio ambiente e entendia muito de minerologia e botânica. Interessante observar que, de forma a diminuí-la e responsabilizá-la pela infidelidade do marido, mencionavam suas roupas " impróprias " e não femininas. Mais um exemplo de como até hoje, muitas vezes, a mulher é responsabilizada pelo que de ruim acontece com base em seus trajes muito masculinos ou muito sensuais. Por isso, a morte da amada Imperatriz causou grande comoção em todos os brasileiros que a viam como uma grande mãe e protetora dos brasileiros. Foi realmente uma soberana no verdadeiro sentido da palavra. Nesta época em que muito se fala em empoderamento feminino, este livro torna-se uma leitura obrigatória e irá motivá-la a ir à luta pelo seu lugar!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Mulan e o papel da mulher

Em julho de 1998 levei minha filha para ver Mulan no cinema. Lembro bem do cinema que era o Indaiá no Gonzaga em Santos. Na época, minha filha tinha completado 3 anos em fevereiro e eu estava prestes a ter meu segundo filho. Ambas foram impactadas por esta experiência, embora de formas bem diferentes. Você pode imaginar o motivo? A mim, foi inesquecível porque era a primeira vez que a levava ao cinema e logo após algumas poucas semanas, meu filho nasceu. Para minha filha, foi a história da moça guerreira que venceu preconceitos, tradições e costumes para proteger seu pai e o imperador. Durante muitos anos, Mulan foi a personagem preferida de minha filha. Lembro-me que aos 15 anos na Disney, deixou todo o grupo para ir encontrar-se com a Mulan do outro lado do parque. Atualmente, assistindo à nova versão da Disney dois momentos chamaram minha atenção. Um é quando o pai da Mulan a aconselha a esconder seus dons porque ela é mulher. Ele diz: “ Mulan, você tem um CHI forte, tem que aprender a escondê-lo”. Entretanto, mais adiante, o comandante do Batalhão acreditando que ela é um homem, questiona exatamente o contrário ou seja afirma que ele não deve esconder seus dons naturais especialmente porque possui um CHI muito poderoso! Dois pontos para refletir em nossas vidas: as mulheres devem esconder seus dons e habilidades para se encaixarem em padrões pré- estabelecidos? Você tem um dom escondido?

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Atividade de Natal

Já ouviu falar em cozinhaterapia? Pratico muito em casa e em minhas aulas. Dizem que alguns homens se expressam melhor lateralmente do que encarando a pessoa de frente principalmente no que se refere a emoções .Por isso, aprecio esses momento juntos. Nas aulas, cozinhar também é significativo pois as informações são enviadas ao cérebro seguindo caminhos diferentes: olfato, aroma, tato e sabor. Neste processo, a aprendizagem é melhor consolidada. Neste ano, com tantas mudanças em nossas vidas e rotinas, este técnica ficou bem prejudicada. Mas, tentei adaptar. Primeiramente, fizemos um Pancake Day. Passei um vídeo e trabalhamos vocabulário , medidas e tradições. Funcionou tão bem que os alunos postaram ou enviaram fotos fazendo as panquecas com a família. Animada com a aprendizagem significativa, propus para a última aula fazermos cinnamon biscuits. Gravei-me fazendo os biscoitos passo a passo e fui explicando. Fiquei muito feliz com o interesse demonstrado perguntando inclusive qual a temperatura do forno e se poderiam usar outros tipos de cortadores. Vê-los enviando e postando as fotos da atividade em família foi muito gratificante. Tenho certeza que o conhecimento construído ficará para sempre na memória dos alunos e da família.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Thanksgiving - Dia de Ação de Graças

A história do Thanksgiving – primeira celebração genuinamente americana - data do início da colonização da América do Norte. Conta a história que foi um momento em que todos - peregrinos e indígenas – uniram-se numa única refeição para agradecer pelo ano que viveram e por tudo que construíram. Incluíram um agradecimento especial por estarem preparados para o inverno que se aproximava. Este ano em especial é para mim um momento de reflexão. Além de agradecer pela saúde de meus familiares e amigos queridos, agradeço também pelo que aprendi ao longo de 2020. Tive a oportunidade única de aproveitar esses meses dentro de minha casa, usufrui de tudo que construí ao longo de minha vida ao lado de meus filhos. Foi um ano de grande aprendizado. Fiz vários cursos, assisti lives e palestras e, principalmente, expandi e aperfeiçoei técnicas de ensino neste novo sistema online- síncrono e assíncrono. Sentir saudades de familiares e amigos, auxiliou-me a descobrir o quanto as características de cada um me completam e me fazem feliz. Assim, este ano, o Thanksgiving tem um sabor especial muito além da abobóra e do peru para uma refeição. Agradeço a Deus pelas oportunidades ímpares que surgiram e já agradeço antecipadamente pelo ano vindouro.

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

A caverna de Platão com tecnologia

Atualizando o mito da caverna de Platão, observamos que o ser humano em sua maioria regrediu durante o confinamento. Vejo os adolescentes vivendo como os prisioneiros da caverna, apesar de toda a informação e todo o conhecimento que têm à disposição. Qual o papel do educador neste momento? Creio que seria o do prisioneiro que fugiu, conhece a grandeza do mundo exterior e retorna para resgatar os outros prisioneiros. Porém, como não ser ignorado com o simples desligar do áudio e da câmera ou simplesmente observar que se desligam da aula envolvidos pelos trilhões de mensagem que os atraem a cada milésimo de segundo? O resgate é simples de propor, talvez não tão simples de executar. Primeiramente, faz-se necessário voltar à caverna e tornar-se novamente um deles falando a mesma linguagem e penetrando no inescrutável mundo teen. Minha estratégia é relativamente simples, descobrir seus gostos e falar deles. Nesta quarentena, mergulhei do mundo do K-pop, no among us, no Gambito da Rainha, no TIk Tok e nos episódios de terror da Mansão Hill. Confesso que até me tornei fã de alguns animes, jogos e séries. Foi muito divertido jogar Among Us e dar aos alunos o gostinho de me ensinar a jogar. Vibrei com o carinho com que eles repetiam minhas próprias palavras me instruindo: - Miss, pay attention! It´s simple! Discutir sobre amor, amizade, liberdade e aventuras usando como ponto inicial uma das séries ou personagens favoritos torna a discussão acalorada e significativa. Movimentar-se com as coregografias postadas no Tik Tok e fazê-los pelo menos saírem daquele estado um tanto letárgico como zumbies pela manhã. Enfim, os adolescentes têm muito a contribuir, cabe a nós darmos o primeiro passo na direção deles. Saindo do seu zoom, tenha certeza que há um link aberto aguardando que você ouse clicar e juntar-se a eles . Pense em formas criativas de permitir que eles participem ativamente da construção do conhecimento. Há ferramentas incríveis à disposição.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

O tempo passa

Por que iniciamos as aulas com a data na lousa e nos cadernos? Marcar o tempo e a passagem do tempo é muito importante. Observamos nos filmes como os presidiários marcam o tempo nas paredes das celas. Os dias se tornam muito iguais e essa marcação ajuda na organização mental e psíquica. Sempre inicio minhas aulas com a típica pergunta: What’s the date today? And what’s the weather like today? Muito além de ensinar vocabulário, vou colaborando com essa organização temporal. Entretanto em tempos de quarentena e aulas online, acabei ignorando esse começo das atividades até que percebi que meus alunos começaram a ficar confusos a ponto de tentar entrar na aula no dia errado. Por isso, hoje faço este alerta. Voltei a iniciar minhas aulas perguntando sobre a data e inclusive sugerindo q vão até a janela para verificar como está o tempo. Desta forma, eles se levantam um pouco, observam o mundo lá fora e consigo até trabalhar mais vocabulário sobre o que observaram: flores, número de carros, pessoas e outras coisas que viram. Eles tiram fotos e até pedi que redigissem um texto descritivo. Creio que é muito importante fazer esse link com a realidade de forma a tornar o conhecimento envolvente e atual. Use o whiteboard ou mesmo um documento em word, mas registre a passagem do tempo!

terça-feira, 8 de setembro de 2020

Produção de texto e inclusão digital

Despertar o interesse dos alunos por escrever nem sempre é uma tarefa fácil. Redigir um texto exige uma preparação em termos de aprofundar o assunto, organizar ideias e sentar para escrever e editar. Como despertar e motivar os alunos? Revendo estratégias anteriores, lembro que usar blogs aqueceu um pouco o interesse dos alunos até para compilar informações e ser uma ferramenta de estudo e revisão de conteúdo. Os vídeos são realmente um atrativo e cumprem seu papel desde que o roteiro tenha sido trabalhado anteriormente, embora a apresentação exija outras habilidades a serem trabalhadas também. Com a pandemia, o melhor caminho que encontrei e compartilho com vocês até esperando que me tragam outras sugestões também, foi a utilização do Padlet. O Padlet é uma plataforma que pode ser usada gratuitamente, mas também oferece muitos outros recursos na versão paga. Primeiramente, trabalho com os alunos em aula AO VIVO, as etapas do processo de criação de formas variadas e adaptadas aos diversos estilos: lemos e discutimos textos, exploramos possibilidade de soluções e proponho discussões em grupo. Através do mind map, tecemos os assuntos a serem tratados no texto. Então, apresento a plataforma, explico o funcionamento exemplificando online, posto alguns modelos de textos e definimos o público alvo daqueles textos. O trabalho tem sido apresentado de forma incrível. Os alunos ficam tão motivados que começam a trabalhar nas postagens tão logo a aula termina. O essencial é caminhar junto com o aluno despertando o prazer de escrever e elogiar tudo o que eles conseguirem produzir. Costumo, comentar e elogiar não apenas nas postagens mas também nos grupos que temos de forma a despertar o interesse dos que ainda não se atreveram a começar. Recomendo muito ao alunos que escrevam sobre suas emoções mantendo um diário e também que tenham um caderno onde registram suas preocupações. Explico para eles que escrever à mão o que sentimos ou o que nos preocupa ajuda o cérebro a processar melhor a situação enfrentada e a reduzir a ansiedade. E vocês? Compartilhem plataformas e ideias, por favor! Um de meus padlets para alunos do curso básico de inglês https://padlet.com/silvamss/9xu2xm0pc6ssruft Tutorial: https://www.youtube.com/watch?v=-5uUe9Tzyyo

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

A igualdade de gênero e a educação


 Este video faz parte do Projeto Posso! do Rotary Santos-Boqueirão. O projeto objetiva trabalhar a Igualdade de Gênero que é a ODS 5 da agenda 2030 da ONU. Vale a pena refletir sobre nosso papel nessa mudança.

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Expectativa dos pais

 

Ao colocar o filho em uma escola bilíngue, os pais  criam expectativas. Entretanto, muitas vezes, se frustram ao ver que o filho não parece falar nada na outra língua. Começam, então, a fazer cobranças pedindo que traduzam palavras, frases ou falem algo na presença de amigos e familiares. Porém esta pressão prejudica todo o processo  de aprendizagem.  O que é importante saber par evitar esta situação?

 

Primeiramente,  não se  deve pedir que traduzam palavras porque no processo de imersão a criança é exposta à nova língua naturalmente como um instrumento de comunicação. Por isso também não faz  o menor sentido  pedir que a criança fale aleatoriamente  sem um sentido ou necessidade.

Temos 5 principais  etapas de aprendizagem e conhecê-las poderá diminuir a ansiedade paterna.  Por isso, é importante respeitar cada etapa do aprendizado:

- Período silencioso:  período  importante para a comunicação. A criança  pode levar semanas e até um ano neste período. Ouve, absorve, mas só responde na língua materna;

- Início da  Produção: a criança começa a se comunicar ainda rudimentarmente na outra língua por meio de monossílabos ou  palavras isoladas mas já dentro do contexto;

- Discurso significativo: as crianças entendem tudo o que o professor fala e já conseguem produzir frases completas;

-Produção intermediária: já compreendem partes de músicas ou filmes e se comunicam com poucos erros. Este é o momento de enriquecer  vocabulário e estruturas;

- Avançado:consegue falar sobre qualquer assunto, usa preposições corretamente. É capaz de escrever e ler  textos mais elaborados como notícias, livros em prosa e poesia.

O aprendizado  de um idioma é construído  lentamente. Respeite o ritmo e controle a ansiedade.


Escola na Alemanha


terça-feira, 21 de julho de 2020

Home office e o lar doce lar

Home sweet home ou lar doce lar transformou-se rapidamente em home office, oh home office! O que antes era um sonho de consumo para muitos, virou realidade em menos de 24 horas.  Após alguns meses nesta nova realidade, a pergunta em busca de resposta é: Veio para ficar?

Após a mudança rápida dos escritórios para casa, os  problemas de segurança começaram a surgir enlouquecendo as equipes de informática  e as empresas.  A simples possibilidade de vazamento de dados já preocupava e o fantasma começou a transformar-se em realidade.  Pesquisas após seis meses  de quarentena já indicavam um aumento assustador de vazamento  e sequestros  de dados.

O dia a dia também trouxe dificuldades que vão desde conseguir tranquilidade e silêncio até a questão de cadeiras ergonômicas. Sem tempo hábil para planejar,  pais e filhos começaram a dividir os mesmos espaços  e, embora desaconselhável , até o mesmo laptop para trabalhar,estudar e se divertir.

Os problemas de saúde causados pela má postura e falta de equipamento apropriado aliados à  extensa jornada de trabalho  começaram a  minar as relações familiares neste confinamento.  Agora, num momento em que a flexibilização  se inicia, paira a dúvida sobre a continuidade do home office. Para alguns setores, o home office funciona bem, para outros nem tanto. 
 Além disso, ficou claro que nem  todos têm perfil para home office, porém chamo atenção também para as instalações. Creio que a pandemia trouxe a tecnologia para as escolas e empresas de uma forma irreversível. Por isso, acredito que  os engenheiros e arquitetos trabalharão bastante modificando as plantas dos imóveis já existentes e planejando as futuras. Certamente  os imóveis sofrerão mudanças pois faz-se necessário um espaço com conectividade e ao mesmo tempo isolado para o trabalho e também para o estudo.  Faço este alerta, pois  vi da minha janela algumas obras sendo feitas e saliento que um profissional deverá ser consultado para o melhor. aproveitamento do espaço com segurança para a família e vizinhos.

Quem poderia imaginar que um  vírus transformaria as escolas, o trabalho e até nossas casas.

Foto: Imagem de Free-Photos por Pixabay 


sexta-feira, 17 de julho de 2020

Coisa de cigana moderna

Preciso confessar que adoro brincos, colares e pulseiras. Talvez, eu tenha sido uma cigana em vidas anteriores ou tenha a síndrome da árvore de Natal, mas enfim adoro.  A quarentena não me fez abandonar este hábito, mas apenas modificá-lo. Fui desenvolvendo algumas técnicas que compartilharei com vocês.
Os colares longos acabavam ficando em cima do teclado e me  atrapalhando pois eram quase capazes de digitar. Na verdade, se eles pudessem me ajudar compartilhando arquivos ou conversando com os alunos ajudaria bastante, porém não conseguiram ser meus assistentes. Mas, eu não abriria mão de meus colares assim tão facilmente. Bastou mudar o estilo. Gargantilhas passaram a ser minhas companheiras inseparáveis. Além de me deixar mais estilosa como diz meu filho, aparecem na câmera do Zoom.
Nessa linha, os brincos atingiram seu  auge, lindos, longos e brilhantes.  Fizeram grande sucesso no vídeo também. Transformaram-se no warm -up do dia!
As pulseiras barulhentas tiveram que entrar em quarentena e o  #ficanacaixadejoias bateu forte. Porém, as mais fininhas  assumiram o posto e um smart watch compôs bem visual de forma que controla minha pulsação, meu stress, batimento cardíaco, horas de sono e ainda me informa as horas. Ah, me ajuda indicando se um aluno enviou msg no whats porque a conexão dele caiu e não consegue entrar  na sala de reunião. Este é um bom assistente.
Mais recentemente, os cachecóis estão fazendo sucesso.  Mudam o  meu visual rapidamente trazendo colorido e alegria.
Ah, esta temporada me obrigou a usar uma peruca rosa que fez grande sucesso também no dia do Crazy hair day e um chapéu de cowboy para as festas juninas online. Fizeram um bom sucesso.
Esta história toda para mostrar que o ser humano tem grande capacidade  de adaptação. Não tema o retorno  à vida offline. Você irá adaptar-se! Você consegue!



segunda-feira, 6 de julho de 2020

TED talks and English classes


TED Talks are usually  very interesting and catch all our attention. People usually feel like watching them over and over. So if we, teachers, find  one whose  topic might be of interest to our students, we can lead them to a lot  of learning concerning not only the content but also grammar, vocabulary and listening skills . However,  you might  raise a question: which one should we choose? Are there any criteria?
It´s importante to evaluate students´ occupation and  free time activities. There is a vast number of TED Talks about several different topics. I usually pick up some related to the topics we´ve been discussing in  our classes  or  which the student might have shown interest.


Due to this period of pandemic and isolation, many people are saying that they are evaluating their lifestyles and needs. Hence, I used The minimalists in many classes. All of them enjoyed it a lot and the TED Talk provided a lot of food for thought.
 There are even some activities ready on the internet exploring vocabulary, grammar and content.
I  don´t usually run the  full video at once. I often stop once and while and ask questions like:
 - What´s the American Dream?
 - What´s your life like nowadays?
 - What´s this vault he talks about? Do you know anybody who feels the same?
 -Would you dare do the same?
 - What do you think happened after this experiment?
Another one which I think is worth  bringing up for discussion is  Amy Cuddy´s Your body language may shape who you are . I´ve used this one many times. Sometimes my goal was to work with some students´ low-steem, others to help them succeed in job interiews  and many times because the theme was being discussed in textbooks.
And last but  not   least,  Rob Greenfield´s How to downsize. To begin I asked my students to focus on the countries mentioned. As soon as they were able to say the countries, I asked them what  Rob decided to do with his passport and why. And bringing this talk  back for their lives I also asked what they can live  without and how they feel about this philosophy. We watched it just up to 3.30 because I didn´t have much time to spare. It´s all interesting, though.
All in all,  I do believe they are a great source of material. I´d like you all to share your experiences and recommend any other ones you have successfully explored in your classes.
Thanks for Reading this post!


sábado, 4 de julho de 2020

Cartas


“ A vida tem sons que pra gente ouvir precisa aprender a começar de novo..”
Assim, dizia  a música e assim caminha o Projeto Uma carta para o senhor ( a).
Pensando nos inúmeros idosos que estão isolados em ILPIs,   propus que os alunos  escrevessem cartas para os idosos internados na ILPI  da Associação São Vicente de Paulo.
Pensando nessa situação de isolamento social e impedidos de fazer uma visita presencial, a opção foi  resgatar o velho hábito de escrever cartas. A questão pedagógica  foi muito além de ensinar  o que é uma carta, como se escreve em termos de estilo  e pensar na audiência. Para alunos em processo de alfabetização foi um desafio, mas ao mesmo tempo uma vontade de fazer a diferença na vida de algum vovô que está solitário. Os pais cooperaram trazendo as cartinhas até a escola que providenciou a entrega das cartinhas. Para quem as recebeu, com certeza, foi um gesto de amor memorável afinal eles são de um tempo em que notícias de  parentes distantes só chegavam por cartas.
Atos simples que ensinam tanto!
Jornal A Tribuna  divulga o Projeto.


quinta-feira, 25 de junho de 2020

Muito além do Bye, bye, see you next class



Já parou para pensar em como você encerra as suas aulas?  Às vezes, acabamos seguindo aquele mesmo padrão  e nem percebemos mais. Creio que o encerramento seja tão importante quanto o início. Vamos conversar sobre isso?

A palavra chave é planejamento! Programe os últimos cinco minutos de aula para um fechamento. Até já escrevi sobre isso anteriormente, quando sugiro que não terminemos nossas aulas com a tarefa de casa. https://considerasobreeducacao.blogspot.com/search?q=li%C3%A7%C3%A3o+de+casa

Esse final  de aula é o momento para trabalhar as emoções. Pode ser desde o simples: como você se sentiu na aula de hoje? Ou com todos em círculo, espalhar cartas com emoções e sugerir que cada aluno apanhe a que  representa o que ele sentiu na aula. Esta atividade é ótima para ouvir dos alunos como se sentem na aula.

Gosto muito de uma atividade muito usada nos círculos restaurativos onde encerramos de mãos dadas e cada um fala uma palavra que resume a aula. No caso de aulas de língua estrangeira, pode ser uma palavra que aprendeu na aula. Esta palavra revelará o que o aluno sentiu na aula.

Às vezes, aproveito para demonstrar que senti a ausência de um aluno e questiono o que os alunos acham que ele gostaria de ter feito na aula. É sempre bom ser lembrado.

Em alguns dias, aproveito para dar um feedback de uma maneira leve e sempre positiva. Sempre é bom lembrar que é melhor reforçar o  esforço  e valores ao invés de características gerais sobre beleza, aparência ou sorte.

Finalmente, digo  If you think this is all over.... I assure you that´s not the end...After all, tomorrow is another day! Depois de algumas aulas, eu falo o começo e eles encerram com o “ amanhã é ouro dia!”




quarta-feira, 17 de junho de 2020

Fadiga Virtual



Reunião do Conselho Diretor Rotary Santos-Boqueirão
Você já teve vontade de gritar quando alguém te chama para uma vídeo chamada por qualquer das plataformas usadas atualmente?  Já se sentiu sem forças após trabalhar online ou sair de uma reunião por videoconferência? Será que uma chamada telefônica é menos cansativa para o cérebro? De um dia para o outro fomos todos atirados para as videoconferências: são aulas  e trabalho online,  reuniões, webinars, lives ou seja palestras e conferências e como se isso não fosse suficiente, a academia de ginástica e até os happy hours.   Será que tudo isso  causa algum efeito no nosso cérebro? 
As pessoas  estão em constante   comunicação mesmo quando estão quietas. Durante uma conversa presencial, o cérebro se concentra parcialmente nas palavras que estão sendo ditas, contudo,  obtém um significado adicional por meio de  dezenas de mensagens não verbais. O cérebro registra  como e se alguém está olhando para você ou se afasta levemente, se  mexe no cabelo enquanto você fala e  se  alguém inala rapidamente, preparando-se para interromper.
Por outro lado, uma vídeo- chamada típica prejudica essas habilidades arraigadas no ser humano e requer atenção constante e intensa às palavras como única forma de comunicação. Se uma pessoa é enquadrada apenas dos ombros para cima, a possibilidade de visualizar gestos com as mãos ou outra linguagem corporal é eliminada. Se a qualidade do vídeo for ruim então, qualquer esperança de recolher algo a partir de pequenas expressões faciais é frustrada.
Segundo Andrew Frankln, professor – assistente de  Cyberpsychology na Universidade Estadual de  Virginia Norfolk , para alguém que é realmente dependente dessas dicas não verbais, pode ser uma grande drenagem de energia não tê-las e exige um esforço muito maior para compor a informação ou mensagem.
Outro ponto que desgasta muito é encarar a  tela com várias pessoas. Professores enfrentam essa questão todos os dias, diversas horas por dia ampliando  e potencializando este problema. A visualização da galeria - onde todos os participantes da reunião aparecem - desafia a visão central do cérebro, forçando-o a decodificar inúmeras pessoas simultaneamente.
Para algumas pessoas, essa divisão prolongada da atenção cria a sensação desconcertante de ser drenada à exaustão sem  conseguir nada.  É como se o celular ficasse rodando indefinidamente em busca de uma conexão. O cérebro fica sobrecarregado por excesso de estímulos desconhecidos ao mesmo tempo em que se concentra na busca de pistas não verbais que não consegue encontrar.
Pelo exposto, a explosão sem precedentes de seu uso em resposta à pandemia lançou um experimento social não oficial, mostrando em escala populacional o que sempre foi verdade: as interações virtuais podem ser extremamente difíceis para o cérebro.  É por isso que,  de acordo com Franklin, um  telefonema tradicional pode ser menos cansativo para o cérebro,  porque cumpre uma pequena promessa: transmitir apenas uma voz.


Artigo da National  Geographic  BY JULIA SKLAR


quinta-feira, 11 de junho de 2020

Techniques to make online classes more active


I´ve searched for ways of making my online classes more active. Here  is a  list  of  some of them. I hope they help you all.


Brain gym – exercises to activate your brain . There are many examples on the internet.

Simon Says – perfect as a break during the class to make students walk a bit.

Wall Dictation -  ask students to put books on the other side of the room.  They have  to look at a sentence, remember it, run and write it in the chat box, on the whiteboard or a word document.

Reading comprehension with T or F - After having read a text. You say a sentence – Students stand up if it’s right, sit down if it’s not. Or a little more complicated: stand up and jump, stand up turn around and sit down again.

After a breakout room: students stand up if they agree / turn their back if they disagree. Teacher can turn on their microphone and they can say what they thought.

If all students are on phones, they can walk for 2-3 minutes from their seats, then switch videos on and comment on where they’ve ended up/describe where they are/display it on the front camera/write about it. This activity could also be used for modals of speculation when you ask other students  to guess where they might be, then turn on the camera and find out whether the guess was correct or not.

Checking wardrobes or the fridge: To review clothes items,  have a competition: Teacher says a piece of clothing and students have to get it and dress it faster. You can do the same about food in the fridge. I was teaching countable and non-coutable, so I asked students to name examples from the fridge. It was  a very funny and memorable activity.


sábado, 6 de junho de 2020

Explorando os paradidáticos ou readers


Era uma vez num mundo não tão distante....

                                             Uma professora que adorava contar histórias.
Mesmo quando a história  não é um conto de fadas,  é necessário provocar o encantamento nos alunos despertando a curiosidade. Costumo seguir um certo ritual, porém creio que cada educador deva estabelecer o seu próprio estilo. Como conseguir esse encantamento? Há palavras mágicas?
Primeiramente, costumo iniciar  levantando uma questão que esteja relacionada à história e discutindo um pouco o tema sem mencionar o livro. Muitas vezes relato algo que aconteceu comigo ou com meus filhos.
 A seguir, exploro a capa levantando hipóteses sobre o  tipo de  história e linguagem que poderá surgir. Esta análise  ajudará  todos a entrarem no clima e será especialmente benéfico para os disléxicos, ajudando-os a manter o foco e o interesse.
 Como atividade preparatória, um brainstorming  estruturado em um  mapa mental (mindmap) ou infográfico é muito benéfico para  alunos com TDAH ou dislexia  porque  permite que  se  familiarizem com a linguagem que será usada facilitando, assim,  a leitura.
 Procuro também desenvolver atividades multisensoriais usando vídeo, música, dança, movimento, massinha, colagem, figuras, cartas, jogos, cores  e aromas colaborando para melhorar a retenção da informação.
 Lembre-se de praticar o predicting: qual será o tema da história?   O que acontecerá depois? Faço isso não apenas para iniciar a leitura da história, mas a cada parada de forma a manter o interesse na leitura e o foco no tema. Pergunte o que fariam ou como sairiam daquela situação. Estas questões provocam reflexão e aprendizado.
Também gosto de trazer  o livro para a realidade: ao longo da história vou fazendo  links com a realidade: Como é na sua casa? Na sua escola? Por exemplo, explorando o livro The Hound of Baskerville surgiu uma carta com uma ameaça. Neste momento, discutimos  os tipos de ameaça como bullying e as diversas formas de chantagem como em redes sociais, jogos eletrônicos, na política, nos relacionamentos abusivos e a maior ameaça do momento que é  o risco de contaminação pelo COVID-19. É sempre importante discutir valores  e, como estamos conversando sobre as  personagens, a discussão flui sem julgamentos deixando todos à vontade para expressar suas opiniões.
E mantenha sempre o elemento surpresa: faça ou proponha ideias diferentes a cada discussão. Por exemplo, na introdução do livro mencionado acima  de Arthur Conan Doyle, usei algumas cenas do filme para que eles compreendessem o que é hound e qual é a lenda. 
Na segunda discussão, eu estava vestida de Sherlock Holmes, ou quase, e explorei o Museu em Londres e as características da personagem. Essa pitada de humor é sempre bem vinda e mantém os alunos bem concentrados.
 A variedade  de  atividades é muito importante, evite ser previsível. Enfoque vocabulário ou gramática se quiser, porém num outro momento para que a sua história não deixe um gosto amargo na boca como na frase que minha mãe costumava usar para encerrar uma história:


E acabou-se o que era doce, o que era amargo ficou.”                                 





quinta-feira, 28 de maio de 2020

Superando o confinamento


A responsabilidade dos educadores  cresce muito num momento como o que estamos vivendo com esta pandemia. As crianças ouvem o que os adultos e os noticiários estão discutindo e, muitas vezes, não compreendem muito bem o que está acontecendo. Este desconhecimento gera mais ansiedade e sofrimento. Vocês  lembram do filme Gremlins? É o que vai acontecendo na cabeça da criança, multiplicando monstros  por falta de informação adequada exponenciando a ansiedade.
Os  alunos precisam de oportunidades para se expressarem  de modo a processarem as dúvidas, medos e anseios.  Gradativamente, perceberão  que eles têm poder para contribuir positivamente.
É assim que se desenvolve a Resiliência:  analisar e entender a situação, observar de que competências ou habilidades podemos  fazer uso, buscar pontos positivos e agir em conexão com outras pessoas.
 A função da escola vai muito além de ensinar conteúdo. Hoje em dia faz-se necessário ensinar valores e emoções.  Como estamos nos sentindo? Por quê?  Isso é bom? É um sentimento ou uma sensação? O que posso fazer com esse sentimento/sensação? Através desses questionamentos aprendemos a escolher entre conversar e brigar, compreender e julgar.
Numa escola bilíngue,  por exemplo, ao trabalhar  a cultura, as diferenças e os relacionamentos, surge a oportunidade de questionar: Por que para o  brasileiro é tão difícil  manter o confinamento? Porque somos muito família e precisamos muito do toque para nos sentirmos amados. E, nesta roda de conversa, muitos rumos vão levando ao conhecimento geral e de si mesmo como ser humano e como parte  da sociedade global. As crianças e jovens precisam sentir que são ouvidos e  que podem fazer escolhas.
Resiliência tem que ser  construída e desenvolvida: sofrer,  adaptar  e recuperar após o processo. Pode parecer fatalista, por isso encerro com a frase de Mandela que diz para não o julgarem  pelo sucesso, mas por todas as vezes em que caiu e retornou:
“ Do not judge me by my success, judge me by how many times I fell down and got back again.” Nelson Madela

domingo, 10 de maio de 2020

Fotos e álbuns


Alguns dos mais de cinquenta álbuns

Fotografar é imortalizar um momento único ao qual não se poderá mais voltar, senão por meio daquele registro. Durante anos fotografei e fiz álbuns de fotos de viagens, aniversários, festas, retiros. Meus filhos foram tão clicados que para eles fazer pose e sorrir já fazia parte da vida. Sem fotos parecia que não tinha acontecido.

Quando minha filha fez 15 anos, tirei fotos de vários álbuns para montar o vídeo dos 15º aniversário e há mais de dez anos, essas fotos aguardavam para voltar ao seu lugar.  Finalmente, a pandemia trouxe esse momento.  Em família rimos e choramos muito. Abrimos e vistoriamos todos os momentos, flashes e histórias. Ouvimos a versão de cada um sobre aquele evento. Descobri que estive em lugares que eu nem lembrava mais. Foram momentos de muita reflexão que se prolongaram por vários dias. Quisemos sorver lentamente cada instante e reviver mais uma vez. Esta viagem ao passado só as fotos propiciam.
Tirei fotos das fotos e enviei para amigos e, assim, formamos uma corrente de recordações. Vivi por dias uma enxurrada de emoções. Realmente, as fotos concretizam uma memória.
Meu aniversário de um ano

Para mim foi libertador.  Pude perceber quanto momentos compartilhei com pessoas que já estão no outro plano. Chorei, mas  de emoção.  Descobri que vivi intensamente cada momento e, foram  muitos, com eles. Aquela imagem triste dos últimos momentos de vida foi ofuscado pelos momentos felizes que compartilhamos. É essa imagem e essas lembranças que ficarão.

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Aquecimento para aulas on line




Num tempo não tão distante,  participei de um  Congresso de professores de língua inglesa e numa das palestras,   Penny Ur  e Andrew Writers,  defenderam a ideia  de que  toda aula deveria iniciar com um pre warm -up. Warm-up é  a expressão usada  para definir o aquecimento que  fazemos antes de começar exercícios físicos. Mas, qual a relação com aulas de Inglês?
O aquecimento de exercícios auxilia a oxigenação dos músculos melhorando o desempenho e evitando lesões. Na aula de inglês, a função do warm-up é “aquecer” o cérebro predispondo o aluno a falar inglês e  entrar no “ modo” aula. O warm-up favorece que o aluno comece a pensar em inglês naturalmente e fique mais concentrado.  As atividades escolhidas devem ser simples, pois a ideia é realmente despertar o cérebro. Devemos evitar desafios ou grande nível de reflexão ou análise.
Normalmente, opto por atividades lúdicas como jogos, músicas, uma conversa informal, um comercial, algumas cartas, alguns exercicíos tipo I-spy ou Simon says. Entretanto,o que é um pre warm-up?
Segundo os autores do livro Five-minute activities, antes de fazernos o warm-up, uma atividade curta deve ser feita. Assim, que os alunos chegam  na classe, a atividade já deve estar escrita na lousa ou  as figuras espalhadas pelo ambiente. É o primeiro contato com o aluno. O livro mencionado acima  elenca várias atividades e recomendo-as muito. É meu companheiro constante. Algumas sugestões são: encontrar a frase que contém erro, elencar adjetivos em ordem alfabética, numerar matérias em ordem de preferência, completar uma árvore genealógica e muitos outros.
Em tempos de aulas online, aconselho  manter os alunos ocupados, preferencialmente já usando o tema ou língua em estudo, enquanto os outros alunos ainda estão acessando a plataforma ou conferindo áudios e vídeos. O objetivo é ir envolvendo os alunos enquanto aguardam que todos já estejam logados. Eu costumo  mandar pelo chat por exemplo alguns riddles tipo:
                I can be long and thin.
 You use me to write words or color pictures
Children take me to school
I can be blue or black or green
What am I?
( a pencil)
Atividades curtas, simples, leves e preferencialmente divertidas  que engajem os alunos são ótimas opções para  o pre warm-up. Tirinhas são também fonte de diversão,  assim como tongue twisters. Enfim, planeje desde os primeiros segundos de aula.

 

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Em qual nível de confinamento você está?

foto tirada em Montevideo

Você sabe quando a quarentena está afetando você seriamente no momento em que   manda  foto  no grupo das amigas super feliz comemorando que  o aspirador de pó acabou de chegar! Nesse momento, minhas amigas responderam que preferiam quando eu comprava sapatos. Sinal de alerta para mim. Coisas sendo alteradas.
A seguir, chega a hora de começar a cozinhar e postar nos stories todos os passos. Ainda nível levíssimo.
Uma  semana depois, você responde para a amiga  que não viu a mensagem porque estava vendo novela. Todo o grupo fica boquiaberto poque há anos que você não assiste novelas. Sinal de que você está realmente afetado pelo efeito quarentena.
O estado vai se agravando quando você se flagra procurando na internet notícias sobre   o BBB20. Estado grave, muito grave, gravíssimo especialmente se começa a  torcer. Então, o estado  é desesperador.
Ato contínuo a esta característica é começar a fazer todos os testes do Facebook e aceitar os desafios: poste fotos de viagens, poste fotos dos animais de estimação, poste fotos onde você não aparece,  recrie fotos antigas, fotos da mãe pedindo que respeitem a quarentena, elogie amigas. Enfim, estado acentuado  de  que está sofrendo os efeitos do confinamento.
Agora o estado quase terminal é quando você fica exultante de felicidade porque encontrou Lysoform spray no supermercado. Quando esta hora chegar, procure um terapeuta urgente ou ligue para o CVV. Seu estado é muito adiantado.
E a pá de cal, é quando você olha para o seu armário todo organizado e lamenta não ter o que arrumar! Tom uma atitude imediata. Comece um curso, faça meditação,  promova um happy hour online, não aguarde apenas o seu  fim  chegar, ops....o fim da quarentena chegar. Mexa-se!

Jogar uma pá de cal. = a expressão popular remete ao costume de se encerrar um sepultamento com Cal, o qual maximiza a decomposição e ajuda a evitar a contaminação do solo, uma vez que absorve o liquido cadavérico. A expressão significa encerrar, finalizar ou dar por acabado.



sábado, 18 de abril de 2020

A quarentena acabou. E agora?



Antes de sair correndo para a rua, melhor lembrar  que há muito tempo você não dá mais que meros passos por dia, por isso melhor ir devagar.
Louco pra tomar sol? Lembre-se de usar protetor e ir devagar para não tostar demais.
Correr para compras? Correr, nem pensar e carregar peso, muito menos.
Abraçar todos os amigos bem apertado?? Cuidado para não esmagá-los!
Provavelmente, você vai fazer tudo isso e muito mais. Porém, não esqueça as lições aprendidas:
- reze várias vezes ao dia;
- leia todos os dias;
- faça exercícios;
- cuide da alimentação;
- mantenha a casa limpa e organizada;
- cozinhe com a família;
- jogue com os familiares;
E, principalmente, mantenha sempre um encontro diário com você mesmo.
Não vamos voltar ao normal. Nossas prioridades mudaram porque começamos a  enxergar a vida com outras lentes. Seremos pessoas diferentes num mundo diferente. Dê a si mesmo o direito de resgatar o olhar das crianças que se detêm em cada detalhe. Preste atenção, admire.
E, enquanto esse dia não chega, aproveite ao máximo estes dias porque no futuro você vai ter vontade de retornar. Então, viva o HOJE. Cada dia tem seu encanto, usufrua deste período.


sexta-feira, 10 de abril de 2020

Dinamismo em aulas online



Para quem gosta de aulas animadas e com muito movimento, as aulas online são um grande desafio. Após alguns cursos e visitas em vários sites, resumirei as ideias que mais  gostei:

Brain Gym – exercicíos para  ativar o cérebro e quebrar a rotina. A internet oferece vários exercícios.
Simon says – clássica atividade  chamada no Brasil de O mestre mandou. jogo infantil para três Um jogador assume o papel de "Mestre" e emite instruções (geralmente ações físicas como "pule no ar" ou "ponha a língua para fora") para os outros jogadores, que devem ser seguidas somente quando precedidas da frase "Mestre mandou" Os jogadores são eliminados do jogo seguindo as instruções que não são imediatamente precedidas pela frase ou deixando de seguir uma instrução que inclui a frase "Mestre mandou". É a capacidade de distinguir entre comandos genuínos e falsos, em vez de habilidades físicas, que geralmente importa no jogo; na maioria dos casos, a ação só precisa ser tentada.
O objetivo do jogador que atua como Mestre é fazer com que todos os outros jogadores saiam o mais rápido possível; o vencedor do jogo é geralmente o último jogador que seguiu com sucesso todos os comandos fornecidos. Ocasionalmente, no entanto, dois ou mais dos últimos jogadores podem ser eliminados ao mesmo tempo, resultando em Mestre ganhando o jogo.
O jogo está bem incorporado à cultura popular, com inúmeras referências em filmes, música e literatura.
Wall Dictation:  peça aos alunos para colocar o livro do outro lado da sala. Eles terão que ler, memorizar e escrever no bate-papo  ou num documento tipo Google docs.
 Verdadeiro ou Falso: após a leitura de um texto os alunos terão que  ficar em pé se a frase que o professor disser for verdadeira ou permanecer sentado se for  falsa.
Caminhada: os alunos podem ir  a outro cômodo ( sem câmera) e responder perguntas de modo que os alunos descubram onde ele está. Também pode ser usado para treinar descrição de cômodos e mobiliário.
I spy: o professor determina o que quer ver e os alunos saem pela casa  para trazer o que foi pedido. Pode ser usado para trabalhar roupas, cores, objetos.


domingo, 5 de abril de 2020

Revolução na Educação




O Vírus  atingiu diretamente as aulas. Como as escolas sobreviverão a esta pandemia?
Há algum tempo discutíamos amplamente sobre a aprovação de homeschooling no Brasil. Neste momento complicado pelo qual o país passa, não cabe entrar na discussão sobre a viabilidade de educação doméstica, todavia, uma reflexão sobre os rumos da educação no Brasil surge de forma imperiosa.
Apesar de todo avanço tecnológico, a educação pouco avançou. Ainda mantemos na maioria das escolas e universidades, as carteiras enfileiradas, aulas expositivas, quadros, provas e avaliações, livros ou apostilas. Poderíamos dizer que há um oceano entre a vida do aluno e a escola. Por mais que os professores e escolas utilizem tecnologia em suas aulas, ainda são em um número muito reduzido. Mais de 80%  do tempo das aulas ainda seguem a linha tradicional. Para comprovar tal afirmação, basta observar como as escolas públicas mesmo em um dos estados mais ricos e modernos da federação têm dificuldade para continuar seu trabalho durante a quarentena.
Por isso, creio que este vírus irá acelerar a mudança que custava a invadir o território das instituições escolares.
Outrora, como na gripe suína e no surto da  H1N1,  as aulas foram suspensas e não houve solução intermediária para dar continuidade aos alunos. Ao contrário desses casos mencionados previamente,  este ano, em poucos dias, as escolas e universidades se organizaram adquirindo equipamento, plataformas  e treinando profissionais para que o processo ensino -aprendizagem não ficasse estagnado.  Várias plataformas diferentes estão sendo utilizadas e os professores estão num trabalho hercúleo adaptando suas aulas para a modalidade online de forma a garantir a aprendizagem e a motivação.
Acredito que este vírus trouxe a oportunidade para a mudança que precisávamos na Educação. O medo foi vencido e as portas das escolas foram abertas ao novo. Saímos da zona de conforto que, na verdade, era bem desconfortável.  Ouso acreditar, como educadora que uma nova era educacional está sendo iniciada.  E é muito bem  vinda!



segunda-feira, 30 de março de 2020

Aulas em tempos de quarentena


João Guimarães Rosa escreveu no Livro Noites no Sertão  Tudo o que muda a vida vem quieto no escuro, sem preparos de avisar” E foi assim, muito rápido que   a  vida dos brasileiros transformou-se sem aviso prévio: as escolas interromperam as aulas, os pais passaram a trabalhar em  home-office e a única opção é ficar em casa.

Em meio a inúmeras questões que estão surgindo, as aulas online passaram a fazer parte do cotidiano dos alunos brasileiros. Nesta modalidade, há alguns cuidados que precisam ser tomados:
  •                              os filhos precisam de ajuda para acionar o áudio e a câmara e lidar com o app ou a plataforma;
  •                           precisam de um monitoramento mais próximo dos pais quando são pequenos, por isso aconselha-se que os pais  aproveitem para compartilhar esse momento  no mesmo ambiente motivando e ajudando o tempo todo;
  •                       adolescentes precisam de uma atenção inicial e um acompanhamento preferencialmente através de uma conversa com os professores que pode ser via agenda on-line, porém necessitam de certa privacidade no período da aula;
  •                         irmãos menores costumam perturbar   a   aula dos mais velhos causando certo constrangimento;
  •                          a   família precisa se policiar, pois com o áudio ativado tudo o que se passa no ambiente é ouvido. Imagine que está com visita em casa;
  •                         vestir-se adequadamente também é importante;
  •                         preparar o material antes de se conectar como livros, cadernos, lápis, borracha e canetas;
  •              usar fones de ouvido. Ajuda na  concentração  e na qualidade do áudio.

As mesmas recomendações para manter a motivação e demonstrar interesse pelos estudos no mundo offline são pertinentes neste período também. Pergunte amigavelmente o que seu filho aprendeu, conte suas experiências escolares ou no home-office e compartilhe dificuldades.
Estamos construindo uma nova era com novas relações. Mantenha o sorriso no rosto!

terça-feira, 24 de março de 2020

Uruguay: uma viagem, um resgate


Viajar é sempre um bálsamo para  feridas.  Normalmente, o aprendizado e o encontro com o novo  renovam a energia, a saúde e o humor. Porém, uma viagem em particular me trouxe benefícios diferentes porque não foi o lugar, mas as pessoas que me trouxeram este renascimento.
O Uruguay é um país maravilhoso. Amei a capital – Montevideo – Punta  de Leste e Colônia do Sacramento. Cada uma me conquistou de um forma e voltaria   muitas vezes a cada uma delas; entretanto, devo às pessoas que  conheci ,nesta viagem, o toque mágico.
Ainda no Brasil, as afinidades já começaram com as compras no Duty Free. Uma oferta na Michael Kors já gerou a   primeira foto e o murmurinho entre as mulheres. Como na música dos Titãs :“ O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído” . E tão distraídas estávamos que nem nos importamos pelo atraso do voo. Bem,  na verdade,  três horas num aeroporto é muito tempo. Só a companhia agradabilíssima dessas mulheres que eu acabara de conhecer foi capaz de fazer o tempo voar. E, durante essa espera,  iniciamos uma viagem por nossas histórias desde a procura pelo restaurante indicado  pela companhia aérea para o almoço..
Imaginem a confusão quando todos os passageiros tiveram que almoçar no mesmo pequeno restaurante. Naqueles momentos, revezando quem tomava conta da bagagem de mão e das comprinhas já feitas, a escolha do que almoçar e como dividir as sobras, os assuntos foram sendo tecidos. Nada como um café  para aquecer  uma conversa e quem sabe até um chocolate para adoçar a conversa. 
E, assim,  em muitos almoços, jantares, cafés e caminhadas ou  entre uma foto, uma comprinha básica  e uma olhada no celular, havia sempre alguém para abrir o coração, compartilhar uma história e me fazer lembrar da parábola de Buda:
Uma mulher vai até Buda com o filho morto nos braços e suplica que o faça reviver. Buda diz a ela que vá a uma casa e consiga alguns grãos de mostarda. Mas, para trazer de volta a vida do menino, esses grãos devem ser de uma casa onde nunca morreu ninguém. A mãe vai de casa em casa, mas não encontra nenhuma livre da perda.
A parábola budista explora a lição mais óbvia e mais difícil da vida: A MORTE É COMUM A TODOS. Todos têm uma experiência próxima de morte ou na família ou de amigos ou de amigo de algum amigo.  Como aliviar o luto então?

Eu precisava muito desse tempo e dessas conversas. Ouvir os momentos difíceis das outras pessoas e como superaram  seus lutos ( falecimentos,  doenças, problemas no trabalho, dificuldades financeiras, pais idosos, filhos  mudando), bem como falar de minhas próprias dores, ajudou-me a cicatrizar feridas e a entender que Tudo acontece por um  propósito maior.
Retornando à música dos Titãs: “Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração”
Não faltaram as  comprinhas para a família, promoções no shopping  e, antes de juntar as moedinhas para torrar todos os pesos uruguaios que nos restavam, uma passadinha na Victoria Secrets.

Quase esqueci de contar. Quer saber se perdemos muito no  Cassino?  Ao contrário, ganhamos! Um milhão de risadas e algumas fotos!