quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Colcha de retalhos


                        Washington Olivetto afirmou em uma palestra que "Conteúdo é tudo" e que "a ideia tem que ser simples e brilhante". Ainda assistindo à palestra, fiquei confabulando sobre como ter uma boa ideia que permanece e sobrevive ao tempo.Meus pensamentos remeteram-me a um outro grande ícone de nossas tempos com grandes ideias simples e brilhantes: Steve Jobs. Este executivo, por sua vez, defendia que a experiência é o diferencial entre as pessoas pois grandes ideias surgem quando as pessoas juntam os pontos, ou seja, estabelecem relações entre coisas que já viveram em momentos diferentes. 
                        Ensimesmada com o trabalho que o cérebro realiza para alcançar este nível de criação, deparei-me numa revista com a frase  de Aldous Husley: "Experiência não é aquilo que acontece conosco; é o que fazemos com aquilo que acontece conosco."
                         Assim, de ponto em ponto, de iluminado em iluminado constatei que Cultura e Experiência nos levam a ter grandes ideias pois o cérebro vai alinhavando as mensagens e construindo outras. Deste modo, também está meu blog: uma colcha de retalhos com experiências e elucubrações mentais. Ler é importante, mas também sair e explorar a Vida. Invista em você hoje!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

LH CH RR SS X? Alfabetização? Pressão?


LER – parece tão fácil para quem já sabe, porém, é um processo cognitivo que exige habilidades múltiplas porque o aluno precisa conhecer os símbolos, entender a maneira como se relacionam  de modo a gerar a comunicação e interpretá-los. Paralelamente, o aluno aprende a representá-los escrevendo, portanto, o esforço cognitivo atinge uma  complexidade que pode levar mais tempo para algumas crianças.
A pressão dos pais e, muitas vezes, da escola, exercida  sobre a criança gera ansiedade e , consequentemente, um sofrimento  que torna-se visível claramente pelo hábito recém adquirido de roer unhas ou lápis adquirido neste período.
Algumas vezes, em prol de ensinar a ler e escrever, abandonam-se outras formas de linguagem como desenhar, pintar, cantar e dançar.Estas outras formas de expressão são relegadas para segundo plano ou abandonadas favorecendo o tempo destinado à alfabetização. Entretanto, esta atitude, aliada à pressão exercida pelos pais para que a criança leia, acaba dificultando e emperrando todo o processo.
Esta semana, minha filha conquistou o terceiro lugar no Concurso de Contos Stella Carr e foi impossível não lembrar das dificuldades que ela teve para aprender a ler e e escrever. Ler foi um processo demorado – para mim, mãe – acompanhado de muita ansiedade. E, mesmo depois de ter se apropriado do conhecimento básico, enfrentamos juntas  as barreiras impostas pela nossa complicada ortografia e acentuação. Como num filme, vi passar um desfile de dígrafos, ditongos, Z,  SS, Ç, til, acento grave, agudo e circunflexo  pela minha mente.
Meu objetivo hoje é tranqüilizar os pais e pedir que não exerçam cobranças em relação à leitura ou escrita nem tampouco comparem com os  amigos. Sejam companheiros e comemorem as vitórias pois TUDO PASSA e com a certeza da superação, aprenderão a ler cada um no seu tempo, como as sementes que germinam lentamente em seu próprio ritmo ou o milho da pipoca que,embora colocado ao mesmo tempo e no mesmo pacote no microondas, estoura transformando-se em pipoca em momentos diferentes. Aproveitando esta comparação, afirmo que não sobrarão milhos sem estourar, pois todos que têm oportunidade, aprendem a ler. Vc conhece alguém que foi à escola e nunca aprendeu a ler?


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Coisas de mãe e filha

Qual mãe já não passou por esta situação? Enquanto eu me maquiava, as unhas finas de minha filha escalavam minhas pernas tentando equilibrar-se em pé. Muitas de minhas meias foram inutilizadas ainda antes de sair de casa devido aos fios desfiados por aquelas mãozinhas pequenas mas fortes. Porém, o pior ainda estava por vir : tive que dar  adeus  ao meu quase imaculado estojo de maquiagem, pois assim que aquelas perninhas e braços tornaram-se fortes, NUNCA mais pararam de bisbilhotar em minhas gavetas.
Outro dia, uma amiga postou uma foto de um par de sapatos e perguntou se a filha gostou. Não me contive e comentei: “Vai lá e pega no armário da sua mãe!” Rimos muito porque sabemos que bolsas, sapatos, jóias, bijuterias, meias, echarpes e outros itens passaram a ser compartilhados sem dó nem piedade por um movimento bem democrático de socialização de bens.
Uma vez, ousei perguntar se ela não tinha vergonha de usar as coisas de uma mulher tão mais velha, porém a resposta inteligente foi:”Não, porque esta mulher a quem você se refere é muito estilosa.” Depois desta frase inteligentemente proferida com o objetivo de garantir o direito a usar minhas coisas, nada mais pude fazer.
Preciso, entretanto, fazer um alerta: as crianças estão mais espertas a cada nova geração. Minha maquiadora contou-me que havia esquecido o mega blaster estojo profissional de maquiagem no salão, então pediu se a filha  de sete anos poderia emprestar o estojo infantil dela. A menina respondeu que, embora a mãe nunca  empreste a maquiagem para a filha, neste dia ela  concederia este empréstimo para mostrar como era boazinha, ao contrário da mãe.
Aprendemos a nos comportar como seres humanos por imitação. Por isso, senhores Pais observem-se sempre pois nossos filhos estão aprendendo muito mais com nossas atitudes do que com nossas palavras.Segundo Libâneo, a aprendizagem pode ocorrer de forma casual ou sistemática. A aprendizagem casual ocorre de forma espontânea, da interação entre as pessoas no ambiente em que vivem.
De qualquer modo,  é muito bom dividir o espelho, o armário, perfumes, maquiagem. São pequenos prazeres que valem a pena ser vividos pois criam a camaradagem e a cumplicidade. E estes dois ingredientes ajudam a manter a chama do amor e da amizade.         




terça-feira, 21 de agosto de 2012

Lembrou? Parou e pegou!


Certa vez, li um livro para meus filhos que marcou nossa vida até hoje. O livro cujo autor não me recordo, contava a história de um menino que era um ótimo goleiro, porém às vezes, distraía-se e nem via  a bola passar.
Na verdade, enquanto o menino jogava ficava pensando em algo  muito importante  que esquecera de fazer e, preocupado, ficava pensando naquilo, distraindo-se do momento que o cercava. Até que o professor, chamou-o para conversar e então estabeleceram que no momento em que ele estivesse fazendo algo, como jogar bola ou fazer uma prova, era para concentrar-se somente naquele instante com toda a sua alma e corpo.
E, para evitar esquecer as coisas, usaria o axioma; “ Lembrou, parou e fez.” A ideia era não postergar nada, chegar da escola e fazer os deveres escolares, arrumar a mochila, uniforme, escrever os recados. Precisou aprender a vencer a inércia e a preguiça porque, às vezes, estava assistindo televisão ou no meio de um video game quando lembrava que precisava  levar algo para a escola, mas deixava para depois. Este depois prejudicava a escola, a família e até a concentração no jogo.
A partir da leitura deste livro, sempre repetimos em casa: LEMBROU, PAROU, PEGOU.


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Por que as mães falam tanto?


Quando eu fazia ginástica para gestante, minha professora afirmava sempre:  “- Não adianta me enrolar, o dia da prova será  o dia do parto e, neste dia, não haverá meio de enrolar.” Sempre lembro disso quando meus alunos perguntam se  aquela matéria vai cair na prova e respondo se não cair na avaliação da escola, com certeza aparecerá na entrevista de emprego ou na viagem.
Apesar disso, sempre me questiono quanto à educação de meus filhos. Como saber se estou no caminho certo? Estarão aprendendo? O que mais preciso ensinar? Será  que alguma coisa está ficando dentro deles norteando as atitudes e ajudando na solução de problemas? Fico sempre com aquela dúvida: será que na hora que o problema surgir, eles conseguirão desempenhar e resolver com sabedoria? Estarei preparando-os para a vida?
De alguma forma, todos os nossos questionamentos, encontram uma resposta embora nem sempre seja tão simples como um email, um cartão postal ou uma carta. Talvez o Universo  pudesse conspirar sendo mais simples e menos dramático. Afirmo isso, porque recentemente tive resposta para alguns dos meus questionamentos, apenas acho que o Universo poderia pegar mais leve na resposta. Então, aconselho, não perguntem muito, pois o Universo responde mesmo, mas cuidado pois você pode não gostar da resposta ou do meio como ela chega.
Eis que eu estava no trabalho, quando recebo o telefonema de um policial identificando-se e dizendo que estava tudo bem, porém meu filho estava muito nervoso porque havia acontecido um acidente  no caminho para a aula de inglês. Imagine meu coração de mãe nesse momento. Saí em desabalada carreira para ver o que havia acontecido.
Costumo dizer que primeiro resolvemos os problemas que surgem e depois faz-se necessário parar e analisar o que podemos aprender com  aquela situação que não foi meramente obra do acaso.
Nada havia de fato ocorrido com o meu filho adolescente além do susto de ter sido fechado por um carro. Porém, mesmo nesta situação, e sendo ainda um adolescente, ele foi capaz de socorrer um senhor idoso que perdeu o equilíbrio e caiu. Desobedecendo o que todos os presentes diziam, não permitiu que tocassem no senhor, chamou a ambulância e ficou por lá até que tudo estivesse encaminhado. Ao contrário do motorista do carro que deixou para trás o rastro da sua atitude sem sequer ver o que havia ocasionado com a pressa e velocidade, meu filho realmente foi um grande homem, vencendo o choque e prestando socorro.
As testemunhas e os policiais admiraram-se com as atitudes e o discernimento de meu filho especialmente no que se referiu ao cuidado com o senhor ferido e ao relatar o ocorrido. Fiquei orgulhosa.
Fomos ao pronto- socorro visitar o senhor que caíra e fizemos o boletim de ocorrência. Claro que,como mãe, não pude deixar de pontuar que todo mundo tem que saber o número do RG de cor  e andar pelo menos com uma cópia dele. Eu já falara isso trocentas mil vezes, mas era sempre a chata que pegava no pé. De repente, ele “viu a luz” e enxergou que  mamãe tinha razão pois para tudo ele precisava do RG, inclusive para visitar o senhor que ele ajudara a socorrer.
Muitas histórias e muitas lições foram tiradas deste episódio, porém ficarão para outras postagens. Aguardem!

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Lanche escolar saudável


Eu estava completamente irritada porque tinha visto uma mãe colocando coca-cola numa mamadeira e servindo para a filha de dois anos. Na minha concepção, esta atitude é completamente descabida e, portanto desnecessária. Ao me desabafar com uma ex-aluna e amiga querida, Ingrid Seiler Prior,encontrei eco em minha indignação. Por isso, pedi  que ela escrevesse este texto que posto agora:

Hábitos saudáveis devem ser desenvolvidos desde a infância, começando pelo que seu filho leva na lancheira. O lanche escolar saudável é uma grande dificuldade na alimentação infantil, pois é difícil para a mãe unir praticidade com qualidade, e o filho aceitar o que a mãe escolheu.
O lanche escolar é uma refeição intermediária, cuja função é fornecer energia à criança entre duas refeições principais. O ideal é que ele contenha uma porção de carboidratos, para fornecer energia; uma porção de lácteos, que contém proteínas; uma porção de frutas, responsáveis pelas vitaminas, fibras e minerais; e uma bebida, para hidratação.
Porém, é importante que a ingestão da fruta seja facilitada, para evitar que a criança rejeite o alimento pela dificuldade para consumi-lo. Ex: abacaxi e mamão em pedaços, laranja e mexerica descascadas.
O carboidrato pode ser pão ou bisnaguinha integral, barra de cereais, biscoitos integrais ou wrap (novidade aqui no Brasil, mas as crianças adoram). A bebida pode ser suco de fruta natural, iogurte ou água de coco, o achocolatado deve ser evitado. Caso a mãe não possa preparar suco natural ou a escola não o forneça, pode ser levado suco de caixinha. E não esqueça de colocar uma garrafinha de água na mochila, para a criança não esquecer de tomar.
Evitar a oferta de pães brancos, refrigerantes, confeitos, salgadinhos (especialmente os fritos), que desequilibram a balança. Apesar de fornecerem energia, estes alimentos contêm o que chamamos de calorias vazias, ou seja, não possuem vitaminas e minerais, somente gordura saturada e carboidratos simples.
Seu filho quer levar algo não muito nutritivo? De vez em quando, isso não é um problema. Negocie com ele um dia da semana para este lanche, preferencialmente no meio da semana para ficar distante do final de semana que já entram alguns abusos na alimentação. Outra dica é incluir as crianças no processo de compra e preparo do lanche. Vale levá-las ao mercado ou à feira, explicar a eles irão fazer bem a elas.

Seguem algumas recomendações:
·         Evite a monotonia de opções. Procure variar o máximo possível as opções de lanches e as cores para que a criança se sinta atraída pelo alimento;
·         Cuidado com lanches que vão queijos, frios, requeijão ou mesmo evitar levar iogurtes ou produtos que necessitam de refrigeração. São alimentos fáceis de estragar e dificilmente as escolas tem um refrigerador para armazenar o lanche;
·         Sempre pergunte dos lanchinhos dos colegas. Assim ficará mais fácil identificar quando o seu filho comeu algo do amigo. As trocas de lanches escolares são comuns, mas para crianças com obesidade isso pode agravar mais o ganho de peso;
·         As geléias de frutas são boas opções de passar no pão por não precisarem de refrigeração;
·         Quando for biscoitos ou bolachas não deve colocar na lancheira o pacote inteiro. Sempre separa as porções de 4 a 5 biscoitos para não correr o risco da criança passar da quantidade adequada;
·         Orientar a criança quando ela for consumir salgados da cantina, escolher os assados e evitar as massas folhadas.
Contudo, além da qualidade nutricional do lanche, é necessário que ele esteja bem conservado. As lancheiras térmicas garantem conservação de duas a quatro horas, mas mesmo assim, é melhor evitar patês e embutidos que necessitem de refrigeração maior. Uma dica para um resfriamento extra, coloque a caixinha de suco ou a garrafinha de água congelada na lancheira.
Ingrid Seiler Prior
Nutricionista especialista em Fisiologia do Exercício
Pós graduanda em Obesidade e Emagrecimento
CRN - 30.892

Obrigada pela participação, Ingrid! Sinto-me muito  honrada!

domingo, 12 de agosto de 2012

Peixes e avaliação



Nada acontece por acaso, eu estava selecionando alguns testes da Universidade de Cambridge para aplicar em uma das minhas turmas, quando li uma frase postada no Facebook com autoria atribuída a Einstein: “Somos todos geniais, mas se você julgar um peixe por sua capacidade de subir em árvores, ele passará a vida inteira acreditando ser estúpido.”
A mensagem passada é justamente o que tentamos passar para os professores, instrutores e monitores atualmente, a ideia de que cada um deve ser avaliado pelo que conseguiu fazer e não pelo que deixou de fazer. Precisamos olhar para as conquistas, ser capaz de ver os grandes passos dados. Só neste momento, com a auto-estima bem trabalhada, é que conversamos sobre como podemos melhorar pois afinal de contas, sempre podemos melhorar e sempre cometemos erros.
Algumas pessoas ainda mantém aquelas ideias do início do século quando a educação era responsabilidade dos jesuítas e cujo objetivo principal era catequizar os índios tornando-os força de trabalho. Durante muito tempo, a educação teve como princípio formar pessoas para serem dóceis e acatar ordens, portanto, conformistas e obedientes.
Alguns pais questionam porque não se usa mais caneta vermelha para corrigir os erros. Na verdade, a cor da caneta não tem a menor importância, porém ela virou um ícone contra essa filosofia  que refletia as desigualdades sociais na organização da escola, aniquilando a auto-estima daqueles que tinham dificuldade de aprender.
Hoje, procuramos ter os olhares voltados para aquilo que a pessoa consegue fazer de positivo e trabalhamos os pontos que precisam ser melhorados, ou seja, a educação está voltada para desenvolver o senso crítico e a buscar soluções criativas para os problemas. Na verdade,  se formos capazes de olhar para os pontos positivos que nos cercam, seremos pessoas bem mais felizes e agradáveis de conviver.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Como nossas mães nos educaram sem celular

Outro dia, li no Facebook de uma amiga o desabafo;"Graças a Deus! Ela ligou! Como nossas mães nos educaram sem celular?" E, rindo, eu respondi; "Com menos stress!"
Nossas mães davam todas as recomendações usuais como:"Está levando chave, dinheiro e documentos? Tenha juízo!" E, lá íamos nós conscientes do horário de chegada que tinha que ser cumprido.
Hoje, o celular nos passa uma sensação de controle que não existe e gera ansiedade e nervosismo quando não somos atendidos prontamente. Vivemos numa época de imediatismo. Tudo é pra JÁ.
Sexta-feira,eu estava num restaurante e a irmã da minha amiga insistia que ela tinha que ligar para o filho mesmo sabendo onde ele estava.A irmã a classifica como desligada por não telefonar para o celular do filho.
Acredito que seja importante saber onde e com quem nossos filhos estão, mas o voto de confiança neles, e pelo menos pra mim  em Deus também, tem que ser dado até prova em contrário. Ser participativo é acompanhar,conversar, conhecer os amigos e os familiares dos amigos. Por mais difícil que isto possa parecer, é fundamental ir soltando as amarras. Independência com responsabilidade tem que ser treinada.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Cinco sentidos na educação


Nesta época em que a tecnologia impera, alguns fatores simples precisam ser valorizados. Eu estava em Serra Negra e ao sentir um aroma disse: "Nossa! Agora pensei em Nova York!” Nesse momento,meu irmão explicou rindo: "É que estou com o perfume que você  trouxe de lá.”. Compreendi, nesse momento, que a memória olfativa reacendeu as lembranças dos momentos que passei lá.
Por isso, ao dar algumas dicas sobre como dar aula para uma amiga que estava iniciando na área, recomendei:
- O aluno precisa ser conquistado para se entregar à busca do conhecimento porque este caminho  nem sempre é fácil,ao contrário, muitas vezes é árido. O professor no papel de facilitador, precisa   encantar o aluno primeiro. Para tanto, utilize  todos os sentidos: uma boa música, um texto ou recursos audiovisuais, realia ( coisas para manusear), brindes comestíveis e um bom perfume. Pode parecer inexpressível, mas o conjunto desses itens atingirão o cérebro e trarão sempre boas lembranças, pois como dizia Paulo Freire:" Ensinar não  é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria  produção ou construção." Também citando Rubem Alves "A missão do professor é ensinar a pensar, é instigar a curiosidade, pois conteúdo o aluno encontra nos livros e  na internet."
Nesta linha, cito um exemplo que aconteceu em casa. Meu filho me pediu que comprasse  Os sofrimentos do jovem Werther. Achei estranho e quis saber o motivo.Então, ele me explicou que o professor, em classe, mencionou o livro resumindo a história e disse ser  muito difícil para que eles lessem. Bingo!!! Neste momento, o professor causou o espanto a que se refere Rubem Alves, ele provocou e instigou os alunos. Se ele tivesse mandado ler o livro, ele provavelmente não o leria. Conhecer os alunos é essencial para conseguir bons resultados.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Uma casa de móveis ou um lar?


Uma amiga me disse esta semana que os anjos gostam de lugares limpos, organizados e perfumados. Em seguida, outra disparou, então eles não gostam de pobres que não têm  tempo para limpar. Total exagero de minha amiga,uma vez que pobreza, trabalhar muito, organização e limpeza não se excluem nem se completam.
Entendi o que minha amiga queria dizer sobre anjos: é necessário criar uma atmosfera agradável para que os anjos  se sintam acolhidos. Aliás, para que nós mesmos possamos nos sentir bem no local onde estamos. Segundo Feng Shui, a organização e limpeza são aspectos  importantes que colaboram com o fluir de energias prósperas.
Por outro lado, concordo com Carlos Drummond de Andrade em seu poema, Casa Arrumada:
Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia. Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.

Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.


Por isso, aconselho que deixe sua casa perfumada, com flores e arrumada, mas acima de tudo com vida, aproveite o espaço com alegria: dance, cante, pule,enfim, brinde a vida.


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Nova professora??? Nãooooooooo


Fim de ano ou de semestre vem a insegurança: quem será a nossa professora?
Nossa aversão a mudanças, muitas vezes, provoca uma vontade de querer ficar com a mesma professora semestre após semestre.
Entretanto, não só para aprendermos a mudar pois o estado mais permanente da vida é a inconstância,como também, para favorecer a APRENDIZAGEM, faz-se necessário trocar de professor.
O estilo  pessoal de ensinar, as técnicas empregadas  e até mesmo a atmosfera de novidade trazem um estímulo a mais  para o aluno.
Além disso, há um certo momento na trajetória aluno-professora em que o aluno já conhece tão bem a professora que não precisa mais prestar atenção aos comandos e instruções dadas.O aluno lê a entonação e os gestos  sem se ater à linguagem empregada.
Assim, aguarde o novo professor com entusiasmo e de coração aberto para a nova experiência.
Bom recomeço!