Às vezes,
pensamos que não estamos preparados para lidar com as diferentes dificuldades
de aprendizagem que surgem em nossas salas de aula; entretanto, o que os alunos precisam é de clareza, consistência, compreensão e uma abordagem com técnicas e estratégias diferentes.
Neste
Congresso, Júlio Furtado compartilhou conosco sua experiência elencando dicas e
os passos de uma aula inclusiva:
1- ajudar o
aluno a construir sentido: não basta teorizar e trazer tudo pronto, o aluno tem
que encontrar um significado naquele
conteúdo. Por exemplo, ao invés de sequenciar o alfabeto, os números ou listas
de verbos, crie uma história que o ajude a
encontrar no cérebro um lugar para arquivar aquele conhecimento;
2-aproveitar
o conhecimento do aluno para que o significado seja adquirido, por exemplo
antes de iniciar a explicação sobre campo magnético, deixar que o aluno
explique o que é campo para ele. Provavelmente, ele mencionará e descreverá um
campo de futebol, daí você começa a construir um novo conhecimento.
3-apresentar
o novo conteúdo permitindo que o aluno construa o conceito;não é recomendável
economizar o cérebro. O professor tende a
poupar o trabalho do aluno apresentando as respostas prontas e
mastigadas. Por exemplo, nosso cérebro tende a categorizar tudo naturalmente,
então apresente os animais e permita que os alunos os classifiquem por
semelhança primeiramente para só depois apresentar os nomes das categorias e
chamar atenção para as exceções;
4-verificar
se houve aprendizagem: há muitas maneiras de verificar aprendizagem sem as
tradicionais provas escritas: jogos, histórias, fotos, figuras, músicas e toda uma gama de
instrumentos tecnológicos que possibilitam essa verificação;
Além disso,
há alguns pontos estratégicos para alcançar todos os alunos:
- seja
claro nas instruções, conciso, dê um exemplo e peça um exemplo;
-use
expressões positivas, ou seja, diga o que eles têm que fazer e não o devem
parar de fazer. Por exemplo, “Olhe para mim” ao invés de “Não olhe para a
porta”;
- use
recursos visuais.
Na verdade,
todos os alunos se beneficiam desta aprendizagem, então, na verdade, o encontro
das diferenças pode produzir belezas inimagináveis, como bem afirmou o palestrante Júlio Furtado.E encarar a
diversidade de alunos é, também, aceitar os alunos falando por
mensagem, what´s up, FB e utilizar esses
instrumentos como meio de construir conhecimento.
Texto baseado em palestra de Júlio Furtado
Pedagogo, Psicólogo, Professor de Geografia. Mestre em Educação pela UFRJ. Diplomado em Psicopedagogia pela Universidade de Havana, Cuba. Doutor em Ciências da Educação pela Universidade de Havana, Cuba. Reitor da UNIABEU-RJ. Autor de vários livros.
Pedagogo, Psicólogo, Professor de Geografia. Mestre em Educação pela UFRJ. Diplomado em Psicopedagogia pela Universidade de Havana, Cuba. Doutor em Ciências da Educação pela Universidade de Havana, Cuba. Reitor da UNIABEU-RJ. Autor de vários livros.
Anninha:
ResponderExcluirÉ inegável que o mundo evolui vertiginosamete a cada dia. Novas técnicas, novos métodos de trabalho, novas máquinas... Tudo novo nos novos tempos. Mas, o nobre ofício de ensinar crianças está além da minha pobre e esquálida imaginação.
Antes, no tempo em que os bichos falavam (Histórnhas do Tio Janjão, da Rdio Nacional), as professoras preparavam suas aulas, vinham para as classes e as aplicavam. Havia o trabalho de casa para ser entregue no dia seguinte, a chamada para a taboada, as redações sobre assuntos diversos, etc...
Hoje, o assunto tem a complexidade similar a de uma construção de usina nuclear.
Qual a melhor maneira de se avaliar a evolução do aprendizado de um aluno se não a aplicação do teste mensal, ou quinzenal?
Por que a reprovação é condenada se o aluno não está capacitado a passar para a fase seguinte? Que crime é esse?
São dúvidas de um leigo.
R.Floyd
Olá! Avaliar não precisa ser necessariamente com provas escritas, pode ser: uma discussão, um trabalho, a releitura de um texto sobre outra ótica, um resumo escrito em 160 caracteres pelo twitter, um email, uma foto e a descrição no Fb, enfim é possível dar asas à imaginação e criar.
ExcluirNa verdade, a avaliação é para o professor auferir o que ele efetivamente conseguiu ensinar e o que precisa ser revisto. A avaliação tem que ser constante.
Quanto ao tipo de avaliação formal a que vc se refere é no final de um ciclo, unidade ou bimestre. Uma não elimina a outra. Considero um crime aprovar quem não tem condições de acompanhar o nível seguinte acarretando mais transtornos e dificuldades.Por outro lado, observe que, como vc mesmo disse, antes os professores preparavam suas aulas, a diferença está que vc não tinha noção da dimensão que isso significava ou o tempo que levava. Meus alunos não imaginam quantas horas de meu tempo livre e fins de semana eu passei selecionando estratégias para atingir determinados objetivos. Acho que pensam que é passe de mágica: abro o livro e vou regendo a aula instantaneamente. Tenho dons mágicos sim, mas até a magia exige dedicação e tempo!
Meus filhos entendem porque veem o que é ser professor e valorizam pois presenciam o trajeto da pré-aula. Enfim, é gratificante, eu não faria nada além disso! Ver a evolução do aprendizado nem credicard compra e olha, eu adoooooorooooo um cartão de crédito!! Boa noite!!
Anninha:
ResponderExcluirNão sei o que é mais perigoso: o cartão de crédito, com suas taxas extorsivas ou o Ministrio da Educação, com seus planos e cotas mirabolantes. Ambos são devastadores.
Aliás, ontem anunciaram mudanças no critério de correção das redações do Enem. Vamos aguardar.
R.Floyd