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segunda-feira, 24 de janeiro de 2022
Como superar a defasagem causada pela Pandemia?
A vida moderna tem causado mudanças drásticas e marcantes na vida e organização das famílias. Trabalhando muito e com pouco tempo para dedicar aos filhos, as pessoas têm vivenciado muitos dilemas onde a culpa impera.
Como educadora, presencio o sofrimento dos pais e das crianças. O ser humano, precisa não só de alguém que supra as necessidades básicas para sobrevivência, mas, também, e principalmente, de incentivo e amor. Cabe aos pais não apenas estabelecer os chamados limites e ensinar os valores da família, mas motivar os filhos em sua jornada nos estudos. Para a criança, o exemplo é fundamental. A criança precisa ver os pais lendo, estudando e falando o quanto o estudo é prazeroso e importante. Alguns comentários impensados que os pais fazem na hora do stress como “Ah não lição de casa de novo? “Ter que ler livro com você..que saco! Lê sozinho!”, ficam impregnados na mente infantil e geram esse sentimento de que escola e estudo são chatos. Faz-se necessário vencer o cansaço e sorrindo colaborar com os deveres de casa. Vale lembrar que colaborar não é fazer, colaborar é estar por perto responder às perguntas fazendo outra pergunta, mas é imprescindível manter a calma e bom humor.
A criança interpreta as reações negativas dos pais como fruto de algo errado que elas fizeram, por isso, também é importante ser extremamente sincero e explicar porque naquele momento o pai ou a mãe estão nervosos. Deixar claro que está tentando resolver um problema do trabalho, mas que depois os dois terão um momento para relaxar juntos e se curtir. Além disso, como educadora, gosto de salientar que os pais podem e devem colaborar com o enriquecimento cultural das crianças propiciando idas ao cinema, ao teatro, participando de oficinas de arte e meio ambiente, chamando a criança para ver algum programa educativo. A televisão também é um meio eficaz de cultura desde que se saiba selecionar os programas.
Em casa, as crianças podem ler em voz alta receitas ou notícias para os pais, responder desafios, pintar, desenhar, escrever cartas ou e-mails. Porém , ressalto que sempre de uma maneira lúdica e sem stress.
A criança respeita muito a opinião dos pais, por isso, os pais devem escolher a escola com muito cuidado e, uma vez feita, a escolha, apoiar o corpo docente da escola. Comentários positivos a respeito da escola e elogios vão fazendo com que a criança goste da escola e valorize o ambiente escolar.
Numa escola bilíngüe, por exemplo, é fundamental que os pais deixem claro para as crianças a importância de falar um segundo idioma para entender um filme, cantar uma música, fazer uma viagem. Os motivos precisam ser reais e próximos à realidade da criança.
O ensino bilíngüe comprovadamente ajuda no desenvolvimento da criança favorecendo as sinapses cerebrais. Quanto mais cedo a criança for exposta a outra língua, melhor será a pronúncia. Uma escola bilíngüe tem características diferenciadas de um curso de inglês pois contam com uma carga horária bem mais significativa e constante além de toda a rotina escolar também ser feita em inglês.
No começo, são palavras e frases simples para interação social ( cumprimentar, agradecer, etc), falar dos brinquedos, comidas, família, higiene pessoal , objetos escolares e de uso diário. Frases fixas e semi- fixas são usadas durante todo o período escolar. A criança se acostuma com o som e o ritmo da linguagem do dia-a-dia usada,inclusive, na hora do lanche e do parque, de uma maneira tranquila e natural. A aquisição da nova língua torna-se um processo espontâneo, inconsciente e feliz.
Porém, mesmo com toda esta exposição, o papel incentivador dos pais é crucial. Voltar a fazer um curso de inglês, ver filmes e ouvir músicas junto com a criança são atitudes que demonstram o valor que a família atribui ao estudo de uma segunda língua. Lembrem-se sempre que os exemplos falam mais que mil palavras pois exemplos são marcantes, enquanto palavras podem ser levadas pelo vento.
Voltando à questão inicial, a educação deve ser uma parceria entre pais e escola.
sábado, 22 de janeiro de 2022
Você está apreensiva em relação ao seu filho indo para a escola?
Início do ano letivo, reunião da escola, entrega de material, compra de uniforme, lancheira e mala. Na cabeça da mãe, passa, como num filme, um milhão de detalhes para resolver. O cenário mental é quase dantesco: a mochila tem que ser com rodinhas – para não prejudicar a coluna, o lanche tem que ser saudável – conforme determina a nutricionista, o material todo etiquetado e encapado, enfim, uma mãe perdida entre tantos papéis com tipos e padronagens diferentes e um medo imenso do que a espera: deixar o filho na escola. Medo e ansiedade ancoram no coração das mães.
Chegada na escola, com a imensa sacola de material no ombro, o coração pesado com saudade antecipada e a curiosidade aguçada. Neste dia, a primeira reunião com a professora, ou melhor com aquela que irá levar seus filhos para um outro lugar, ou melhor dizendo um outro mundo onde a mãe não faz parte, pode até visitar, mas não pode e não deve permanecer. Este fato fere com atrocidade um coração de mãe porque este momento de deixar o filho na escola é um segundo parto, muito mais difícil que o físico, pois laços invisíveis parecem desfazer-se.
Enrijecida com receio de que o filho sofra e, ao mesmo tempo, temendo que o filho se encante demais com aquela que não é TIA, mas é chamada e será amada como tal, a mãe leva o filho pela mão até sua sala. Ao deparar-se com a mulher que, daquele momento em diante será considerada a mais inteligente das mulheres e sem dúvida, emprestando o slogan do comercial de sutiã, a primeira professora a gente nunca esquece,a mãe hesita e torna-se difícil dizer qual sofre mais :aquela mãe cujo filho se despede e se entrega às novas aventuras com galhardia ou aquela cujo filho, sentindo a hesitação da mãe, agarra-se tentando retardar a separação.
Todos nós sofremos perdas e cortes dolorosos, mas, assim como a árvore não morre ao ser podada, ao contrário, brota com mais vigor, o ser humano é capaz de se renovar a cada novo ciclo. As árvores são símbolos do ser humano e do universo em suas vidas cíclicas: queda de folhas, brotos novos, flores, frutos, sementes, nova árvore, novo broto e mais um ciclo de vida com todos os mistérios da vida, morte, alegria e dor que se alternam na existência humana.
Ao sair da escola, de mãos vazias – pois o filho ficou na escola - e livre do peso da sacola com material escolar, observe as árvores do caminho. Elas também têm muito a ensinar!
sexta-feira, 21 de janeiro de 2022
OMG - que escola escolho para meu filho?
Em que escola coloco meu filho?Uma questão que atormenta muito os pais. Há tantas possibilidades e, ao mesmo tempo, é uma escolha tão importante.
Costumo aconselhar aos pais que observem bem seus filhos e respeitem o perfil de cada um. Por exemplo: minha filha desde pequena adorava pintar, dançar e outras formas de expressão artística, por isso escolhi uma escola que tinha um ateliê de artes imenso e efetivamente fazia uso dele. Com o passar do tempo, minha filha demonstrou ter uma facilidade maior para a área de exatas, porém não abandonou o gosto pelas artes e, ao escolher, uma escola para o ensino médio, escolheu uma excelente escola com ênfase para as exatas, mas que tem aulas de arte/música nos três anos do ensino médio. Ela, inclusive participou de um concurso de contos incentivada pela escola e obteve o segundo lugar conquistando inclusive a publicação numa revista.
Por outro lado, meu filho desde pequeno demonstrou uma grande preocupação com as pessoas mais carentes e uma tendência para obter melhores resultados na área de cálculos. Ele foi para uma escola onde a preocupação tanto com inclusão social como com a ajuda aos menos favorecidos seja em comunidades ou instituições tem um papel relevante, e concomitantemente, propicia participação em olimpíadas de astronomia, física, matemática e cursos de games.
Na verdade, meu objetivo é elucidar que cada pessoa tem um perfil e que este precisa ser respeitado na hora de escolher a escola. Nossos filhos não são uma extensão de nós mesmos nem tampouco vieram ao mundo para realizar nossas frustrações ou desejos.
Eu sugiro que visitem as escolas sem as crianças/adolescentes primeiramente para averiguar questões práticas como locomoção, valores e métodos, para só posteriormente levar as crianças até a escola e, nesse momento, observem atentamente seus filhos:
- O que ele gosta de fazer? Desenhar? Pintar? Colorir? Ler?
- Ou é mais voltado para os exercícios físicos e atividades ao ar livre?
- Levanta bem humorado ou precisa dormir até tarde?
- Faz amigos com facilidade? Ou é mais tímido?
- Quais os valores da escola?
-Quando são mais velhos: costumam cumprir com as tarefas escolares, como são as notas, qual a área de preferência? Precisam de supervisão nos estudos?
Todos estes aspectos da personalidade ajudam a traçar um roteiro do ambiente e método que irá ser mais adequado para que seu filho possa se desenvolver intelectualmente e se adaptar à escola. Boa sorte na empreitada!
segunda-feira, 17 de janeiro de 2022
Pandemia e o sono das crianças
Desde crianças, ouvimos falar da importância do sono e vários especialistas estão sempre elucidando e motivando as pessoas a terem qualidade de sono, pois essas horas são essenciais para a saúde. Concomitantemente, discutimos sobre o número de horas que nossos adolescentes passam na internet especialmente durante a noite e os malefícios que essa vigília pode trazer para a saúde; entretanto, pergunto e as crianças e bebês? Quantas horas deveriam dormir por dia? Essa jornada de sono pode ser a qualquer hora?
Como educadora, limito-me a afirmar que o ritmo na vida da criança é essencial para que ela se desenvolva com saúde e segurança, pois a oscilação e falta de parâmetros a confundem. Os pediatras, normalmente, aconselham a manter horários de refeições, vigília e atividades em geral bem distribuídos e constantes.
Embora, não seja da área médica, sei que vários especialistas têm preconizado a importância do sono e os sintomas que a abstenção dele pode provocar. Estes sintomas vão desde dores de cabeça, falta de concentração, mau humor até problemas de pressão e outros mais sérios. O pediatra Moises Chencinski afirmou em entrevista para a ATRevista que a criança que não dorme direito pode ter alterações de humor e apetite, desatenção nas atividades escolares e cotidianas e problemas de crescimento pois é enquanto dorme que ela consolida a memória e fixa o que aprendeu durante o sono. Além disso, segundo o pediatra, o pico do hormônio GH ( do crescimento) é noturno, portanto se não há bom sono a altura esperada pode não ser atingida.
Apesar de tudo isso, esta semana verifiquei um fato preocupante: crianças de um ano num barzinho de madrugada. Abismada com o bebê sentado num cadeirão em frente à minha mesa, comecei a observar à minha volta. Para minha surpresa, o pequeno bebê não era uma exceção, mas era a regra geral. Vários pais com crianças entre 1 a 7 anos, sentados na mesa de um bar, bebendo, conversando alto, música tocando e o mais surpreendente à uma da manhã. Algumas crianças já esfregavam os olhos com sono, outros resmungavam um pouco e outros bem acordados prestando atenção a tudo.
Sinal dos tempos??? Estarei ficando velha??? De fato, hoje em dia, as crianças estão muito mais espertas e, exatamente, por isso precisamos tomar muito cuidado com o que elas veem, que tipo de energia circunda o ambiente ao redor delas e zelar pelo bem estar dos pequenos. Compreendi porque tantos pais reclamam que as crianças não vão dormir cedo e culpam a televisão como se este aparelho tivesse vida própria e ficasse ligado sozinho. Criança tem que ir para a cama todo dia no mesmo horário e cedo, almoçar no mesmo horário e, cá entre nós, quem manda? A televisão que se mantém ligada sozinha?
Difícil compreender, numa era em que se preconiza que querer é poder e podemos ter tudo o que quisermos, que os pais não consigam uma coisa simples como fazer seus filhos dormirem cedo. Conseguem dar conta de jornadas triplas, manter –se plugados,gerir grandes empresas e negócios, resolver uma infinidade de problemas e não conseguem gerir a hora de sono dos seus filhos.
Filho é uma responsabilidade para o resto da vida e zelar pelo bem-estar e saúde também. Talvez, eu esteja ficando velha mesmo....vamos ver daqui a alguns anos o resultado.
Hora de dormir ou hora de acordar?
sábado, 1 de janeiro de 2022
Um novo escritor
Você já enviou uma mensagem e o corretor mudou o que você redigiu? A filha de minha amiga enviou uma foto dela e perguntou o que a mãe achava. A mensagem da mãe foi :- Você está libidinosa. A moça se desesperou porque ia trabalhar assim. Mas, ainda em tempo, a mãe corrigiu e escreveu – Eu quis dizer lindíssima! E, mais uma vez, a culpa é do corretor.
Em um outro momento, escrevi uma mensagem completamente incompreensível para mim e para quem recebeu. O corretor modificou tanto as palavras que nem eu mesma compreendi.
Como leio muito e sou formada em Letras raramente encontro uma expressão desconhecida. Porém, em uma única mensagem, uma amiga me enviou duas expressões que eu totalmente desconhecia. Ainda tentando compreendê-las, minha amiga imediatamente tratou de re-escrever a frase com as palavras corretas sem a intervenção do corretor. Essa minha amiga é a campeã dos neologismos. Se Guimarães Rosa fosse vivo, com certeza se sentiria incomodado com este senhor corretor.
Alguns amigos já eliminaram de seus celulares este Senhor transformador em virtude das confusões que causa. Uma amiga eliminou-o de cara pois na primeira mensagem, já começou a dar o ar da graça sem graça e trocar o que estava sendo escrito por havaianas e abacaxi ao invés de havia um x. Outra pessoas me confessou que ficou em uma situação bem constrangedora porque esse nosso amigo/ inimigo trocou venha por velha. Ate explicar quase que ela é que foi bloqueada da lista de contatos da amiga. O meu corretor tem sérios problemas com idiomas. Só consegue falar português. Quando digito em inglês, ele teima em acentuar palavras ou re-escrevê-las.
E para você? O corretor é amigo ou inimigo?
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