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Completamente apanhada de surpresa, vejo meu irmão ( 40
anos) competindo com os filhos ( 8 e 2 anos) para descobrir quem
vai apertar o botão do elevador primeiro. O surpreendente da situação
foi que ele ganhou e comemorou aos pulos enquanto os filhos choravam e
reclamavam com a mãe ( imagine o calvário que minha cunhada enfrenta diuturnamente com uma família tão competitiva!)
Neste momento, lembrei-me quando recebi uma ligação de meu
irmão, alguns anos antes, comunicando-me
que acabava de concluir seu segundo curso superior. O que me surpreendeu foi a
declaração que se sucedeu a esta afirmativa: “Assim, como você, mana, terminei minha segunda faculdade!” Naquele
instante, fiquei pasmada e indaguei se ele competia comigo. Ele nem hesitou, ao
contrário, confirmou sinceramente minha indagação. Limitei-me a sorrir!
Esta semana conversando com alguns amigos empresários, eles
me contavam que algumas semanas antes resolveram participar de uma licitação e
como o tempo era exíguo chamaram dois dos seus
colaboradores mais competitivos e
começaram a explicar o processo. Primeiramente, eles comentaram preocupados que
o tempo era insuficiente para ganhar a tal concorrência. Todavia, assim que
tomaram conhecimento que outra empresa já tinha apresentado uma proposta maravilhosa
e estava anunciando a vitória, a adrenalina assumiu total controle sobre eles.
Os olhos brilharam e eles se
predispuseram a vencer. Pasmem: venceram!
Com estas histórias em minha bagagem, comecei a filosofar
sobre a competitividade. Muitas vezes, categorizada como um sentimento
negativo, começo a pensar em reclassificá-la. Ser competitivo garantiu a existência do ser humano até hoje
propiciando que matasse, fugisse ou se preparasse melhor para os embates. Por
isso, revejo meus conceitos. A competitividade é saudável e nos impulsiona
especialmente em termos profissionais e acadêmicos; entretanto, há que
saber racionalizar e segurar o ímpeto
nas questões mais prosaicas.
Esta semana, por exemplo, testemunhei duas amigas se
digladiando pela atenção de uma terceira e dois funcionários discutindo sobre
qual dos dois é mais pontual.
Acredito que podemos nos poupar mais e não permitir que a
competitividade se torne a tônica de nossa personalidade.
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Anninha:
ResponderExcluirEsse exacerbado espírito de competição que ora nos assola, costuma produzir situações ridículas e pessoas execráveis.
Convenhamos: um homem de 40 anos estabelecer disputa com fedelhos de 8 e 2 anos e se ufanar com a vitória obtida é, no mínimo, ridículo.
Suas amigas competirem por atenção de terceiros é patético.
No campo profissional isso é mais aterrador. O camarada é capaz de esquartejar a própria mãe para ascender e conquistar a supremacia num sórdido e obscuro escritório qualquer.
R.Floyd
R.Floyd,
ResponderExcluirAssim caminha a humanidade. O ser humano sempre foi competitivo e este fato foi capaz de manter a humanidade sobrevivendo até hj.A competição nos eleva e ajuda a melhorar, o problema reside na exacerbação.