Teca, nome fictício, 14 anos, linda, simpática e
inteligente, conheço-a desde a primeira infância, porém fui apanhada de
surpresa com a frase: “Professora, já ouviu falar em cutting? Eu não consigo
parar.”
Fui apanhada sem qualquer preparo e me preocupei muito, por
isso,hoje aproveito para dividir com vocês este drama que está acometendo nossos
adolescentes silenciosamente.
Cutting ou automutilação é uma tentativa do jovem de
amenizar o sofrimento. Ao se cortar, a ansiedade ou os pensamentos recorrentes
parecem diminuir. Várias pessoas famosas ou não, têm admitido cortar-se para
aliviar o sofrimento. A grande maioria foi ou está sendo vítima de bullying,
assédio sexual ou moral ou desamor, mas as razões que levaram ao primeiro corte
são bem diversas.
O importante é que este comportamento está entrando em nossos
lares numa rapidez alarmante. Nem sempre
se cortam, algumas vezes, batem em si mesmos, queimam-se ou socam seus próprios
corpos. Porém, como tudo isso é feito escondido, não há muitos dados, mas, estatísticas
americanas comprovam que mais de três milhões de americanos praticam esta
autoflagelação frequentemente, sendo que a maioria é de pessoas do sexo
feminino. O processo começa com pequenos ferimentos que vão progressivamente aumentando
como um vício.
Segundo alguns médicos, de fato os cortes provocam a liberação
de endorfinas provocando essa sensação de alívio para o sofrimento.Alguns dados
indicam que pessoas que sofrem de distúrbios alimentares, abandono e
baixa-estima lideram os casos.
Bem, o que fazer? Os médicos e psicólogos alertam que os
pais devem observar mudanças no humor, jeito de se vestir( do tipo esconder
ferimentos como mangas longas e calças) e comportamento. A ajuda médica é
essencial e muita colaboração dos pais dedicando tempo e amor, pois estes
jovens normalmente sentem-se não desejados e não amados. Como a personalidade tímida
dificulta a aproximação de amigos e parentes, faz-se necessário ter uma
aproximação gradativa e carinhosa. Fique de olhos bem abertos.
Perfeitas as considerações. Conheço um caso bem de perto, mas parece que tem pais que não se interessam em resolver. Acham que é coisa de adolescente rebelde. As conclusões retratadas nesse texto são as mesmas que cheguei. Um abraço.
ResponderExcluirObrigada! É uma situação delicada que precisa de intervenção imediata, mas tb entendo ser difícil para os pais enxergarem que a princesa deles não é tão feliz assim.Este é o meu obsetivo; fazer um alerta.Mais uma vez obrigada!
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