sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Vida de MÃETORISTA


                            Certo dia, eu estava sentada na manicure  e ao ser perguntada porque estava com tanto sono, expliquei que tinha ido buscar  minha filha numa festa às 2h da manhã e depois levantado às 6 para levar meu filho para o treino da natação. Neste momento, uma senhora do outro lado do salão disse que os filhos voltam de táxi porque ela não levanta da cama por nada deste mundo.Não respondi. Não debati. Preferi manter-me quieta porque cada um educa  seus filhos e leva  a vida que escolhe, porém sorri comigo mesma, feliz. Foi aquele sorriso silencioso de quem está de bem com seu coração, sua intuição, sua alma. O sorriso de quem tem certeza de que está no caminho certo e pretende continuar nele.
                               Inconformada com meu silêncio, a senhora resolveu tentar-me, ofertando-me o telefone do disk-táxi que ela utiliza. Agradeci com um sorriso e expliquei que eu gosto de ir buscar meus filhos nas baladas pois aproveito para ver o que acontece  na cidade enquanto  as pessoas dormem, além de ver quem são e como pensam os amigos dos meus filhos.
                                Decidida a me convencer, atacou-me dizendo-me que preciso deixar  de superproteger meus filhos e descansar mais.Mais uma vez, sorri e expliquei que meus filhos são super independentes pois ainda adolescentes são capazes de andar  a pé ou de ônibus pela cidade, fazem matrículas em cursos, fazem as próprias malas, cozinham e  fazem compras, organizam suas coisas e  me ajudam no que preciso em casa ou no trabalho. Porém, eu, pessoalmente, acho que após carregá-los em meu ventre por nove meses, dar à luz com parto normal e amamentá-los por seis meses, acordando durante as madrugadas de frio de três em três horas, sair ocasionalmente da cama para ir buscá-los na balada não é um sacrifício, é um prazer. Ademais, fico sabendo de tudo que "rolou" direto da fonte pois eles estão tão animados conversando entre si que nem se tocam que eu estou ouvindo.
                                  Na verdade, é um trabalho em equipe. Eu os ajudo e eles me ajudam. Subitamente, ela parou de me importunar e pude retomar o meu assunto com a minha manicure sobre a cor do esmalte que eu usaria naquele dia. 
                          Acredito que devemos seguir nossa intuição pois não há regras nem manuais. Faça o que a sua consciência mandar.

8 comentários:

  1. Não sou mãetorista pelo simples fato de que não dirijo. Não sei como será quando minha filhota for adolescente, mas acredito que se precisar de um taxi para voltar da balada,provavelmente estarei nele também..rs. Cada um sabe o que é o melhor para si e para os seus. Portanto, devemos respeitar o caminho do outro, sem confundi-lo com o nosso. Beijos.
    Claudia Roberta Angst

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  2. Tenho certeza que vc estará lá, Claudia, afinal vc sempre está nos ensaios, apresentações e outros momentos.Somos two of a kind.Curtimos estar com nossos pequenos até que eles alcem voo solo.E concordo com vc, cada um na sua.Obrigada pela constante participação.

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  3. Eduardo Andrea Sento Se: Gostei demais do texto Maetorista e acho que a Mimi tem esse perfil tb.Ela gosta de pegar a Lele a noite.

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    1. A Mimi vai buscar com prazer e quando ela não aguenta, eu vou,na boa.

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  4. Eu vivo essa loucura diariamente.

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  5. Ja vivi isso a muito tempo.Denize
    quarta às 17:15 ·

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  6. Sorte de seus filhos de terem uma mãe tão parceira!
    Beijos,
    Camila Perazzo

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    1. Obrigada, Camila Perazzo! Hj colho os frutos desse trabalho bem feito.Somos uma equipe!

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Aguardo seus comentários.Eles são muito importantes para mim pois meu objetivo é aprofundar conhecimentos e esclarecer minhas próprias dúvidas.