segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Questões do Coração

                    Ao ler  Questões do Coração de Emily Giffin,  deparei com uma cena em que mãe e filha conversam sobre um livro  e sobre a vida:

                     "- Seu pai e eu ainda morávamos no Brooklin. Não tínhamos nada naquela época, mas éramos tão felizes, acho que foi a melhor época da minha vida."

                         Às vezes, precisamos realmente fazer uma retrospectiva, analisar nossos atos passados,mas não para entrar em depressão, para analisar e crescer observando tudo pelo qual passamos. Tudo faz parte da nossa jornada e nos leva ao crescimento, tornando-nos pessoas melhores.Essa visão de que éramos felizes porque éramos pobres, precisa ser corrigida. Anos de programação errônea nos fazem carregar essa premissa, perpetuando-se em nosso inconsciente e no de nossos descendentes. As pessoas mudam, caminham  e a prosperidade deve ser vista como um direito, uma escolha.

                        "- Quando foi que você e papai ....pararam de ser felizes?" - perguntei.
                        "-Ah, não sei. Foi aos poucos, e mesmo pouco antes do fim passamos por bons momentos. - Então sorriu o tipo de sorriso que tanto pode anteceder lágrimas quanto uma risada. - Aquele homem, ele conseguia ser tão encantador e espirituoso."

                        É muito difícil constatar quando um relacionamento chega ao fim e qual o verdadeiro motivo. Em alguns casos, nunca houve um união. Uma amiga um dia me confessou que nunca quis casar, foi levada a se casar por força da sociedade e da família. Outros seguiram o que era esperado deles.Alguns, realmente, trilharam um caminho de união, amor,amizade e respeito juntos. Outros casais começaram a trilhar caminhos diferentes quando os filhos nasceram e a rotina de obrigações começou a minar cada momento de interação juntos.Por vezes, a evolução de ambos se dá de  maneira diferente e cada um é um novo ser completamente diferente daquele de anos atrás. Não há culpa, são caminhos diferentes.

                       "Concordei pensando que ele ainda é encantador e espirituoso, e esses são os dois adjetivos que as pessoas sempre usam para descrevê-lo."

                       Muitas vezes, a rotina diária faz com que deixemos de enxergar as qualidades do parceiro ou da parceira e , passemos a ver apenas os defeitos. Isto acontece, não só em casamentos, mas em qualquer relacionamento. Por isso, precisamos treinar todos os dias, observando as qualidades das pessoas que nos cercam e impedindo que a visão turva nos  mostre apenas os defeitos.O amor tem que ser cultivado e regado todos os dias e isso significa não erguer muros nos afastando das pessoas - às vezes os tijolos desse muro são a inveja, mal entendidos, mágoas, segredos ou culpas. 
                         Sempre é tempo pra recomeçar. Escolha ser feliz. Só depende de você.


                        

5 comentários:

  1. Aninha,
    Adorei suas reflexões... Depois de nosso papo na semana passada, muitas coisas legais têm ocorrido. Dentre elas, a mudança de foco, mudança de atitude, muitas mudanças conscientes, conversadas, com foco no novo, no "melhor", e tem dado resultados. Espero que continue assim, mas "just for the time being", I've found myself in peace... :-) Beijão!

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  2. Gostei das colocações e das reflexões, Anna. Uma ocasião uma amiga com quem o convívio é áspero, difícil, revelou-me que estava aprendendo a focar somente nas qualidades das pessoas mesmo que fossem poucas. Achei aquilo sábio e tomei como ensinamento...Está dando certo. Afinal, também passo longe da perfeição...kkkkk Beijo Deti Leal

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